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O céu com um azul e rosa pastel, vibrante e leve, uma verdadeira pintura. Além das montanhas, o verde se estende e contorce. Logo atrás, os últimos raios solares do dia beijam com delicadeza a linda cidade de Londres.

— Dean, vamos querido, não podemos perder o vôo, segure minha mão.

Aquela cena era comum nas grandes cidades, pais apressados, indo contra o relógio, correndo para não chegarem atrasados em seus compromissos importantes.

— John, as malas ainda estão no porta-malas do táxi, pegue-as que vou na frente com Sam e Dean.


— Papai, me deixe ajudar.

Com esforço, o garotinho pegou duas malas. Eram tão grandes que encobriam seus olhos, fazendo-o se guiar apenas pelo tato. Não vendo a mulher a sua frente, foi ao chão junto as malas.

— Perdão, você está bem? Me deixe lhe ajudar.


Seus olhos verdes se encheram de água devido ao tombo, mas segurou as lágrimas e deu a mão para a mulher que o derrubara.

— Por que tanta pressa? As malas são pesadas, poderia se machucar.

— Não podemos perder o vôo, o papai disse que é compromisso importante.

— Entendo. Qual seu nome garotinho?


— Meu nome é Dean.

— Certo, Dean. Então vamos fazer assim, eu te ajudo com as malas e você me perdoa por ter lhe derrubado, pode ser?


Os lábios da moça se dobraram num sorriso assim que Dean concordou com a ideia. Seu cabelo negro estava preso num coque perfeito com alguns fios sobre a testa, assim que se abaixou para pegar as malas, uma mecha caiu sobre seus olhos azuis, era como se um pedaço do céu estivesse ali.

— Dean, onde estava querido? E quem é essa?

— Eu cai no chão quando bati nela sem querer, então ela me ajudou com as malas.

— Agradeça ela, Dean.

Logo atrás, John chegava com o resto das malas. Mary o explicou a situação, e, como forma de agradecimento, a convidaram para um café.

— Não posso aceitar o convite, tenho que cumprir minha missão. Mesmo assim agradeço, foi muito gentil de sua parte.

— É uma pena. Novamente, peço que

nos perdoe...

— Castiel, meu nome é Castiel.

O casal estranhou o nome peculiar, mas apertaram a mão de Castiel e se despediram.

— Fico feliz que aceitou minhas desculpas, Dean. — abaixou-se para ficar na altura do garoto. — Espero que nos encontremos novamente, agora tenho que voar.

A família seguiu em frente. Dean virou-se novamente para dar um último adeus, mas como Castiel avia dito, ele tinha que voar.

E realmente voou.

Antes Que Termine o DiaOnde histórias criam vida. Descubra agora