-Kansas, 1991-
— Dessa vez vai dar certo, Sammy. Pode confiar.
— Da última vez você também disse isso, e terminamos de castigo.
— Se você não abrir a boca já ajuda, mané. Agora faça silêncio, ninguém pode saber que estamos aqui.
— Acho melhor não arriscar, Dean. Você perde seu vídeo-game, mas eu perco meus livros, você tem noção do que é isso?
— No dia em que um livro seu se tornar mais interessante que meu vídeo-game, eu digo a todos que você é o irmão mais bonito.
— Idiota. Dessa vez não vou entrar nessa, você vai se dar mal, e eu não quero estar na sua pele quando o papai descobrir que invadiu o armazém secreto dele.
❖
-Presente-— Ainda continuo sendo o irmão mais bonito, Sammy.
— Dean, eu só não entro nessa competição de beleza para não te humilhar.
— Você não entra porquê sabe que não tem chances contra o irmão mais velho aqui.
— Pare de mudar de assunto, Dean, esse não é o foco.
— Ainda sobre esse dia, Sam? Eu já contei tudo o que tinha pra contar. Papai descobriu que tínhamos pego a arma, nos demos mal e você já sabe o resto.
— Não mesmo, dessa vez eu me lembro bem. VOCÊ se deu mal, não eu. E não enrola, Dean, você sabe do que estou falando.
— Não vamos entrar nesse assunto, fim de papo.
— Você vai desistir assim tão fácil? Não vai nem tentar?
— Mesmo se eu tentasse, eu não saberia por onde começar. Não tem como explicar as explosões.
— Não foi só isso e você sabe, tinha alguém lá. Alguém ferido.
Dean suspirou e passou a mão nos cabelos, já irritado pela insistência do irmão.
— Olha, eu já contei tudo sobre aquele dia, se não acredita o problema é seu.
— Eu estava lá, Dean, eu vi, e você sabe quem era, só não quer me contar.
❖
— Como... como sabe meu nome?
Tremendo, Dean apontava a arma para o homem.
— Em que ano — gemeu ao sentir as algemas ferir seus braços quando tentou se mexer — em que ano estamos? E por quê estou algemado?
— Responda minha pergunta ou eu atiro. Como sabe meu nome? De onde você surgiu?
— Você é Dean Winchester? Acho que pousei no ano errado. Preciso sair... — tentou se levantar, mas os ferimentos logo o impediram. — Droga, Uriel.
— Pousou? Do que você está falando?
— Preciso sair daqui, tire essas algemas.
— Eu não faço ideia de quem você é, de onde surgiu e de como sabe meu nome, então é melhor parar de falar coisas sem sentido e responder minhas perguntas ou eu atiro em você.
— Eu não vou lhe fazer mal, Dean. Meu nome é Castiel, já nos conhecemos. Em que ano estamos?
— Eu nunca vi você em toda minha vida. E quer parar de perguntar em que ano estamos? É 1991, isso não importa, agora fale logo. — atirou na parede ao lado de Castiel — Como sabe o meu nome?
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Antes Que Termine o Dia
أدب الهواة❝ - Os humanos podem te surpreender as vezes, Ezequiel. - disse com um sorriso no rosto. Sua paixão pela criação era grande.❞ Levado pela sua admiração pela humanidade, Castiel viaja pelo tempo em busca do homem que o fez se rebelar contra seus supe...