Capitulo 8

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Hermione e Ron dançavam e riam, ambos se sentiam bem.

- Hermione, eu... - Mas Hermione distraiu-se ao reparar que Draco tinha entrado na pista de dança. - Hermione!

- Desculpa, o que estavas a dizer? - Ela sorriu para tentar disfarçar.

Draco conversava com Blaise, que dançava com Pansy. Só reparou em Astoria quando ela lhe tocou no braço.

- Draco? Queres dançar comigo? - Draco sorriu maldosamente, ele sabia que ela estava envergonhada.

- Claro. - E sem pensar em mais nada, Draco agarrou nela e dançaram juntos.

Todos estavam animados mas a música mudou, dando lugar a uma valsa que todos tinham aprendido a dançar quando houvera o Yule Ball. Hermione e Ron sorriram desajeitadamente.

- Parece que sempre tiveste coragem para me convidar para vir contigo a um baile. - Disse Hermione, mas logo se arrependeu quando ouviu as palavras de Ron.

- Tecnicamente eu não te convidei.

Hermione sorriu forçosamente para disfarçar o seu mau estar. Do outro lado da pista, Draco reparou no olhar abatido de Hermione. Sentiu uma ponta de raiva percorrê-lo.
O que terá dito agora o Weasley?
Tinha chegado o momento de mudarem de parceiros na dança e sem saber como, Draco segurava agora em Hermione. Ambos pareciam desconsertados.

- Granger... - Os olhos de Hermione fixaram-se nos seus e ele sorriu. - Estás linda.

- Não gozes comigo Malfoy! - Draco deu uma breve gargalhada e depois imitou-a, o que só a fez ficar vermelha de raiva.

Draco apertou levemente a cintura de Hermione, que para retribuir, enfiou as suas unhas na pele das mãos dele e no seu ombro.

- Deves achar que magoas assim, Granger. - Draco sorriu para ela e viu que as suas bochechas tinham corado um bocado. - Bem gostaria de saber porque fugiste de mim...

Hermione já sabia que surgiria aquela pergunta desde o momento em que o vira olhar para ela ao jantar. Ela desviou o olhar para o fixar nos seus pés.

- Eu...

- Que milagre, Hermione Granger sem palavras... - Draco tirou a sua mão da cintura de Hermione e ergueu o queixo dela, de forma a puderem olharem-se nos olhos. - Acho que esperei a minha vida toda por este momento.

Hermione não percebia o porquê de Draco estar a ser assim carinhoso com ela.

- Eu fui embora, não fugi... - Hermione quase teve vontade de rir com a expressão perplexa de Draco. - Eu não sabia o que te dizer.

- Bem... Podias ter dito alguma coisa! Nem que fosse: Não adianta, nunca de vou perdoar! - Draco imitou a voz de Hermione, o que a fez dar uma gargalhada.

Os dois sorriram um para o outro.

- Sabes, gostava de saber o porquê de estares a ser assim comigo. - O sorriso sincero de Draco desapareceu, dando lugar ao seu ar superior habitual.

- Granger, estás a sucumbir ao meu charme? - Perguntou Draco, erguendo uma sobrancelha.

- Isso querias tu, Malfoy! - Hermione estava pronta para o afastar mas felizmente a música tinha terminado.

Ela afastou-se dele rapidamente. Mas conseguia ouvir que Draco a chamava. Hermione saiu do Salão Nobre e preparava-se para começar a subir as escadas quando sentiu o seu braço a ser puxado.

- Granger! - A voz de Draco era ríspida. - Odeio profundamente que me ignorem.

- Mas é o que tu mereces Malfoy! Que te ignorem! - Hermione tentou não berrar, estava furiosa com ele, sem saber muito bem porquê.

Sem se aperceber, Hermione estava encostada à parede e Draco estava muito próximo dela, demasiado próximo.

- Sabes, Granger... - Draco começou a aproximar-se até só precisar de sussurrar. - Eu precisei de muita mas mesmo muita coragem para te dizer tudo aquilo, e tu apenas foste embora! Não pensaste sequer nos meus sentimentos? - As palavras de Draco eram reprovadoras, o tom era de quase ameaça.

- Tu não tens sentimentos. - Hermione tinha dito cada palavra pausadamente, para causar mais efeito.

- Eu não tenho sentimentos? - Draco riu secamente, o que fez Hermione arrepiar-se.

Draco tinha se aproximado tanto que agora, os rostos deles estavam a meros centímetros de distância. Hermione sentia o seu cheiro a menta e conseguia sentir a sua respiração na cara. Draco olhava para Hermione de uma forma que ela não conseguia decifrar. Talvez raiva? Ameaça? Incompreensão? Ela que normalmente sabia tudo, tinha deixado de saber.

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