welcome Camila

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Pov Dinah

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Pov Dinah

Eu já estava impaciente, ansiosa pra ver logo minha amiga, apesar dela ter ido embora sem explicações, deixou saudades, foi então quando vi o avião pousar, logo me animei, segurei uma plaquinha de ''seja bem vinda Camila'' que fiz pra ela e fiquei de olho nas pessoas que ia saindo do avião, foi então quando avistei ela com as malas, duas malas não muito grande, fui caminhando até ela e quando finalmente ficamos frente a frente a abracei forte.

– que saudade Chee

– eu também estava morrendo de saudades

– eu preciso que fique com minhas malas, tenho que voltar rapidinho pro avião

– pra quê?

– eu te disse que ia trazer alguém

Fiquei sem entender nada, mas assenti com a cabeça e então ela voltou ao avião, peguei suas malas e voltei pra onde eu estava parada antes, fiquei um pouco distraída vendo as pessoas reencontrando seus parentes e nem me dei conta quando Camila já tinha voltado, quando me virei dei de cara com ela e uma menina, bem pequena ainda, mais ou menos 1 ano ou 2, não sei ao certo, ela dormia nos braços dela.

– o que.. quem é.. ai meu Deus, esse rostinho me é bastante familiar

– eu sei, eu vou te explicar tudo

– você vai mesmo! Não importa o quanto eu esteja morrendo de sono e o quanto seja tarde, nem que a gente fique conversando até o dia amanhecer você vai me explicar

– tudo bem, agora vamos

Caminhamos até meu carro, eu levei as malas dela já que ela segurava a menina, mesmo dormindo seus traços me lembrava alguém... não Dinah, para de colocar abobrinhas na cabeça. Depois que coloquei suas malas no carro ela entrou, não falamos mais nada, fomos pra casa em silêncio, o percurso não foi tão longo. Depois que chegamos, abri a porta, acendi a luz e voltei até o carro para pegar as malas, levei ao quarto que ela ficaria, ela me acompanhou e deitou a criança na cama cobrindo logo em seguida, ela era linda. Puxei então ela até a sala.

– não pode ser de manhã? É uma das 3 da madrugada, estou cansada da viajem

– não mesmo, eu quero saber e entender tudo agora

– ok.. bom, a menina que veio comigo, ela é minha filha

– o que? meu Deus! você casou? Teve um namorado lá?

– não, claro que não, você não está enxergando o óbvio?

– qual óbvio?

– a Karen é filha da Lauren e minha, por isso ela te lembra alguém

– espera, eu preciso tomar uma água

Me levantei rapidamente e fui pegar um copo de água, como assim filha da Lauren? Eu nem sabia que o pinto da Lauren funcionava, quer dizer... que ela era fértil. Sentei ao lado dela e terminei de tomar a água, ela parecia estar bem tranquila.

– está mesmo falando sério?

– sim Dinah, ela é nossa filha, porém a Lauren não sabe. Eu vou te explicar, tudo estava bem entre a gente, estávamos namorando, nossa amizade subiu o nível para algo a mais, nos apaixonamos

– isso todo mundo sabia

– tivemos a nossa primeira vez, éramos muito jovens, nos desfrutamos do momento, das boas sensações de uma primeira vez, foi o melhor dia da minha vida, ela foi tão incrível, nos descobrimos juntas, mas fomos irresponsáveis em relação ao preservativo, não usamos, mas também achamos que talvez ela nem fosse fértil

– e se enganou

– exatamente

– depois de duas semanas eu comecei a me sentir enjoada, tonta, estava atrasada, minha mãe notou e então me disse que eu estava grávida, eu não queria acreditar, fiquei apavorada, quando tivemos a certeza ela começou a arrumar as malas, eu e a lolo tínhamos combinado de fugir juntas no dia seguinte ao que ela começou a arrumar as nossas coisas, ela me jogou contra a parede, disse que eu fizesse uma escolha, ou minha família ou a Lauren, se coloca no meu lugar, você com 16 anos, seu primeiro amor, você fica grávida na sua primeira vez e tem que fazer essa escolha, e se eu tivesse escolhido ficar? Eu viveria de favor na casa dos pais da lolo? Ela teria que desistir da faculdade dos sonhos dela, não ia cursar administração porque teria que cuidar de um bebê comigo, foi difícil criar a Karen sozinha, trabalhar, fazer curso, mas eu consegui.. eu não queria arruinar os planos de Lauren

– e não teve coragem de arriscar

– sim, e se ela me deixasse quando eu começasse a ficar com o corpo diferente.. barriguda

– porra Camila, você foi uma puta de uma egoísta! a escolha não era sua, você não tinha o direito de tomar a decisão por ela, ela é mãe também, droga! E ela nem sabe!

– eu sei

– você foi uma completa imbecil! Por mais que sua mãe tenha te feito ficar entre a família e o amor, Lauren ia estar ao seu lado

– eu sei.. o caso não é esse, e os planos dela?

– foda-se os planos, tenho certeza que ela não se importaria de largar seja lá o que for por você Camila, ela te amava

– tudo bem, eu sei que errei e é por isso que voltei, quero contar tudo pra ela, me desculpar, mesmo que ela m odeie, eu preciso fazer isso, e claro... contar sobre a nossa filha

– eu não quero nem ver, meu Deus, ela vai cair pra trás e desmaiar

– me conta como ela está

– boa de vida, conseguiu se formar no que queria, tem uma empresa e ajuda o pai na nele, eles são sócios

– isso acho que já me disse, eu quero saber se ela tem alguém

– está tarde né? melhor irmos dormir

-– Dinah, por favor... eu vou descobrir de qualquer jeito

– exatamente, vai mesmo, então eu vou dormir, se quiser comer alguma coisa pode abrir a geladeira

– me fala isso primeiro

– está bem, ela tem alguém, uma namorada

– oh, claro.. foram 4 anos, lógico que ela não ficaria me esperando, justo uma pessoa que a deixou

– é.. você não pode culpa-la

– nome?

– o que?

– nome da garota?

– Lucy Vives

– uma modelo?

– você conhece?

– eu já ouvi falar, já vi foto em uma revista, ela é linda, droga... zerou as minhas chances

– você ainda pretendia tentar algo?

– eu vim por ela Dinah, pra contar tudo e.. esquece, eu vou dormir, descansar

– eu vou providenciar uma outra cama pra sua filha

– não se preocupe, ela dorme comigo, não tem problema algum, eu só preciso que consiga um encontro meu com a Lauren

– está bem, a gente vê isso depois, agora vamos dormir. Estou feliz que tenha voltado

– eu também estou feliz, obrigada por tudo, senti sua falta

– bem que poderia ter ligado né?

Dei um tapa no braço dela.

– ai! Eu sei, fui idiota, mas.. eu voltei

– é, pelo menos isso

Sai do quarto e fui para o meu, me joguei na cama, estava exausta, precisava dormir e digerir todas as informações que ouvi, pelo que bem conheço a Lauren, essa conversa das duas não vai ser nada boa.

Right to be a motherOnde histórias criam vida. Descubra agora