Minha cabeça dói, meus olhos custam a querer abrir e eu sei que essa é a melhor escolha. Estou sozinho aqui mais uma vez, sempre foi assim e sempre vai ser, não sei porque eu ainda espero algo diferente.
Eu já deveria ter aceitado que você vem, bagunça tudo e vai embora, me traz uma sensação de paz e depois me joga num poço sem fundo, me faz dependente de você.
Só me resta a rebordosa, mas eu sou um idiota e vou te aceitar de novo quando voltar, eu sempre aceito. E isso dói. Corta. Mas ainda assim eu desejo você todos os dias e clamo por sua volta.
Estive estudando filosofia, psicologia, neurociência ou qualquer outra coisa que explique o amor, a saudade, a dor do que ficou. Todos os estudos foram em vão, pelo menos para mim.
Não consegui!
Quem é que explica esta porra?
Quem é capaz de mostrar que viver isso é bom?
Quem tem o remédio para curar a saudade e todas essas outras merdas que ficam em nossas lembranças?
Quem foi que inventou tudo isso?
Eu queria ter o poder de arrancar meu coração pela raiz e não deixar que nada ali voltasse a florescer, queria apagar minhas memórias, queria poder esquecer tudo que já vivi, as coisas boas e as ruins e a principal: você.
Queria poder sair dessa rebordosa sem vontade de me entregar a ela novamente, mas não consigo achar qualquer motivo que me afaste daqui. Meu motivo tem nome, endereço, telefone, olhos lindos e todo o amor que eu posso sentir.
Mas acabou
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Palavras de amor que vão para o lixo
PoetryMorreu por tomar para si uma dor que não lhe pertencia, por se entregar à fantasia, por amar em demasia, por vontade de morrer. Uma coletânea de poesias e crônicas sobre amores vãos que foram feitos apenas para existirem e não para acontecerem. ESTA...