Há quatro semanas nos descobrimos, há três nos reconhecemos, há duas nos afastamos e hoje voltamos a ser dois desconhecidos. Seguimos a estrada errada ou insistimos num destino que nunca existiu?
O que faço agora com aqueles nossos planos?
A fazenda no sul, os cavalos, a plantação de uvas, as conversas de fim do dia? Jogo para o alto na esperança de que se percam ou jogo na lixeira na esperança de me encontrar?Quando foi que perdi sua atenção?
Foi nas vezes em que quis te prender a mim? Ou nas vezes que te deixei livre sem perceber que você poderia achar nos braços de qualquer outro a prisão que te atraia?Como faço pra te trazer de volta?
Imploro por sua atenção e boicoto minha autoestima? Te levo flores vermelhas ou te encanto com minhas rimas? Te deixo pouco a pouco ou tento te fazer perceber que eu ainda estou aqui e ainda te espero como no primeiro dia?Sinceramente estou perdido porque ao sair, você não disse que voltaria, nem sequer disse que saía e eu, ainda inebriado de esperança, não ousei trancar a porta. Se não for voltar, deixe a porta aberta para que outro alguém chegue. Se for ficar, bata a porta com força para eu saber que amanhã de manhã estará de volta.
Só não deixe a porta entreaberta porque eu já cansei de amores pela metade.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Palavras de amor que vão para o lixo
PoetryMorreu por tomar para si uma dor que não lhe pertencia, por se entregar à fantasia, por amar em demasia, por vontade de morrer. Uma coletânea de poesias e crônicas sobre amores vãos que foram feitos apenas para existirem e não para acontecerem. ESTA...