VI

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Enquanto tentava refazer o caminho tortuoso pelo qual Elias o guiou, Johan se viu em frente a uma confeitaria, simples, mais chamativa, seus olhos avistaram uma linda torta de maçã com açucar espalho por cima, ele caminhou em direção a porta, adentrando o pequeno lugar, um sino tocou ao passo da entrada do rapaz, um homem velho que estava por trás da bancada ergue-o os olhos cansados para ele, Johan sorriu e lhe apontou a torta da frente sem nada dizer, o homem caminhou até o objeto e o pegou, trazendo-o ate o menino. Johan não se demorou ali, pegou sua torta e se encaminhou para casa, havia dito a Helena que voltaria ao anoitecer para lhe fazer uma surpresa, de fato ele faria, embora não soubesse bem o porque estava se dando ao trabalho, mas sentia que uma pessoa como Helena deveria ver algo além das grades de uma prisão em seu 19º aniversario.

Elias havia o arrastado para os lados mais estranhos da cidade, e de algum jeito Johan conseguira sair de lá, as pessoas já haviam começado a movimentar as ruas, o que atraia olhares, não que ele não atraísse olhares sempre, por ser um rapaz bonito no ápice de sua idade e solteiro, não por falta de opção, mas por falta de paixão. Nada naquela cidade lhe agradava, quase como se nada tivesse muita graça. As mulheres eram se não muito fáceis, muito interesseiras. Enquanto caminhava em direção a sua casa, que ficava quase na parte externa do reino, ele viu o panico nos olhos de algumas pessoas, elas olhavam sobre seus ombros preocupadas, não havia nada que ninguém podia fazer por elas, Juliet era incapacitada pelo irmão que era um completo idiota que seguiria no reino, a não ser que um descendente perdido do rei fosse encontrado. Ele poderia ajuda-la pensou, mais não queria se envolver em nada que não fosse relevante ao caso de sua mãe...

Quando finalmente se viu longe das casas e adentrou por um caminho de pedras na floresta pode ver ao fundo sua casa, uma especie de mansão de pedra com um portão negro erguendo-se na frente, dois guardas parados como estatuas Rodrigues e Hooke, trabalhavam ali a tanto tempo que Johan achava que eles já haviam morrido e se tornado pedra, quase ninguém se aproximava da case do Chefe da Guarda, até porque ele nunca estava em casa. Após a apreensão da mulher ele se dissolveu em trabalho, recusando passar muito tempo em seu próprio teto, quando Johan alcançou a visão dos guardas, ambos se curvaram e puseram-se a abrir o portão, Johan os cumprimentou com um aceno de cabeça e caminhou pelo longo jardim com macieiras pelos lados, arvores que sua mãe amava cultivar. Assim que passou pela enorme porta de madeira, dando espaço para uma sala ampla em "U" com uma escada ao centro, um quadro enorme de seu bisa avo estava sobreposto no topo da escada, imponente com a mesma farda que o pai de Johan usava, na parte esquerda, um par de poltronas escuras em torno de uma lareira, acima da lareira quadros com fotos de Johan pequeno, ao lado da mãe, do pai, do rei, dos príncipes ambos muito novos para se lembrarem, e entre outras. aos pés das poltronas uma mesa de mogno tinha um livro aberto sobre ela, Johan caminhou na direção, um livro grosso e empoeirado estava aberto em uma pagina de feitiços, onde o titulo dizia "Ilusão do Olhar" Johan franziu o cenho e se aproximou

- Johan... Demorou - Adélia, sua governanta, abriu a porta que levava ao salão com um baque, que fez o menino virar-se rapidamente. Ela sorriu e então caminhou em direção ao mesmo dando-lhe um abraço apertado e então o direcionando ao salão - Não fique ai parado como um bobo, preparei seu remédio como sempre, não acha que está na hora de tomar e deitar-se? - Perguntou ele - E o que é isso? - Perguntou notando a torta nas mãos do menino - Oh, deixe-me tomar conta disso, ainda procura por uma igual a dela não é? - Disse ela se referindo as tortas da mãe de Johan, Adélia era sempre de falar muito, uma vantagem porque ela sempre adivinhava o que você ia dizer e dizia por você, assim você ficava calado a maior parte do tempo. - Garoto adorável, totalmente adorável... Venha.

Ele foi guidado pela porta aberta, passando pelo enorme salão que ali ficava, com uma mesa enorme de madeira bétula clássica, com detalhes em ouro nas partes de baixo e nas cadeiras, sobre ela uma enorme toalha branca com detalhes vermelhos cobrindo toda a mesa, no topo um vaso de rosas vermelhas recém colhidas, a mesa tinha lugar para 100 pessoas, o salão era muitas vez preenchido com mais pequenas mesas ao redor ou somente decorado para festas, onde as pessoas dançavam ao redor da mesa, no fundo uma porta de madeira branca também decorada com ouro no centro o encontrava-se o brasão da família, um escudo, com uma especie de quadrado com um "X" passado por ele, no topo um capacete e ao redor do brasão flores. Adélia o guiou naquela direção, onde ambos saíram na cozinha, um comodo enorme com pias e um balcão no centro com banquinhos ao redor no topo do balcão estava a tigela habitual de Johan com o remédio, ele caminhou lentamente e então sentou-se enquanto Adélia guardava sua torta em uma das prateleiras. Johan bebeu o remédio em um gole só e então encarou a mulher .

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