Kwon Mo, salvadora dos ídolos

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*Ainda não revisado*
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Fui dormir desejando que não tivesse sido um sonho. Mais um, na verdade. Costumo sonhar com BamBam regularmente. Nele, eu estou numa cabine na roda gigante no Seuland, com o braço de BamBam ao redor dos meus ombros, algodão doce e um copo de coca-cola. Ele sorria pra mim, não como um idol sorrir para uma fã, mas como um garoto que sorrir para uma garota e tem sentimentos por ela.

E aí, eu acordo. Triste, bem triste.

BamBam nunca olharia para mim como no sonho, é o que eu penso, mas ontem... Ontem, no noraebang, alguma coisa aconteceu. Eu posso estar louca, louquinha de pedra, mas o tailandês cujo nome é estranho, engraçado e complicado olhou pra mim. Olhou como se estivesse analisando minha alma ou sei lá o quê.

— Bom dia, pequeno lírio. — Esse é o meu pai.

Seu nome é Kwon Dak Ho, significa profundo e talvez ele seja mesmo quando não está rindo ou vivendo espontaneamente. Meu pai é do tipo que prefere bermuda e camisas estampadas do que um bom e velho terno e gravata; sorrir do que chorar e acordar todos os dias com muita disposição. "Mais um dia para ser feliz, vamos aproveitar", é o seu lema.

— Ainda não acordou? Vamos, levante essa bunda dessa cama, ainda é terça-feira — ele puxa o cobertor de cima de mim e então chocalha as minhas pernas.

Somos só eu e ele há quase quatro anos. Meus pais se separaram amigavelmente depois de colocarem sobre a mesa seus sentimentos reprimidos — meu pai traiu a mamãe e a mamãe percebeu que poderia ter uma vida longe da gente. Embora eles ainda sejam amigos, não sinto que somos uma família feliz por completo, mas essa é uma outra longa história.

— Não precisa me lembrar desse detalhe, appa. — rolo para fora da cama e levanto num pulo, fico nos dedinhos do pé para alcançar seu rosto — Bom dia, appa.

Quando saio para a sala de estar, a música fica mais clara. Penso em Kim Min Jae novamente e no qual próximos nossos rostos estavam ontem à noite, penso na sua expressão de desapontamento e... Aish, porque ele tinha que ser assim, huh?

Tomo banho — ao som de "Fire", do BTS — e quando termino, pego o primeiro conjunto de roupa em que meus olhos batem ao abrir o guarda-roupa; uma calça jeans e a camisa listrada de botões, calço meus tênis e puxo minha bolsa para o ombro. Enrolo o cabelo em um coque alto e firme. Sua bonita, eu digo para o espelho, seja gentil e agradável hoje.

No meu processo de auto-amor minha mãe me ensinou esse mantra, se eu quisesse passar pelo dia sem crises de baixa estima, eu deveria arranjar uma forma de me lembrar o quão incrível eu era.

— Você é a pessoa mais linda e mais amada do mundo. É o maior presente que eu e o seu pai poderíamos ter ganhado. 

— Coma primeiro, não quero que a faculdade me ligue avisando que você foi parar no hospital por desnutrição. Imagina se eu fosse preso por causa disso? — meu appa diz assim que entro na cozinha.

Eu não contenho uma risada. Meu pai é uma comédia.
   
    Os cômodos da nossa casa são relativamente pequenos, mas aconchegantes por si só. Não dou nem três passos para alcançar a pia e lavar as mãos. Depois disso, eu sento com ele à mesa e começamos a comer o arroz, os frangos e a sopa. Papai sabe cozinhar como ninguém. Isso explica a movimentação sempre frequente no nosso restaurante de sopa.

    — Chegou tarde ontem. — ele comenta.
 
    Aigoo. Ontem. Aquela noite vai ficar marcada mesmo.
  
    — Prometo não demorar chegar em casa hoje, certo?

Daebak! ~ BAMBAM Onde histórias criam vida. Descubra agora