Parte 1

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Narradora:

O dia do passeio finalmente chega para os alunos do Colégio Adams.

Após a diretora dar as instruções, os participantes que irão ao acampamento adentram vagarosamente o veículo.

Ao ritmo das antigas músicas tradicionalmente divertidas, eles cantavam e dançavam.

Minutos depois o barulho estridente do pneu furando na estrada ecoou, despertando alguns do sono intenso e calmo.

Alicia: O que aconteceu? - perguntou sonolenta.

José: O pneu furou, demorará um pouco para colocar outro. - explicou, o responsável por eles.

Angelina: Mais logo agora que estou apertada para ir ao banheiro. - reclamou.

José: Calma, podes ir a floresta ao lado, tome cuidado e volte logo. - sugestou.

~ Horas depois ~

José: Pronto, todos a bordo? - brincou levando as mãos a cabeça.

Maria: Falta a Angelina, ela foi na floresta urinar e até agora não voltou. - disse com o tom preocupado.

José: Estranho. - pareceu pensar. -- Quem se candidata a procurar a colega de vocês?

Após formarem o grupo que irá e outro que ficará, os alunos adentram o matagal.

-- Angel, Angelina. - gritaram em uníssono.

~ × ~

Fernando: Acho melhor voltarmos, está ficando tarde. - proferiu.

Maria: Está bem, mais não estou vendo a saída. - rolou os olhos por toda extensão encontrando apenas árvores e matas.

Fabrício: Estamos perdidos. - gritou escandalosamente fazendo o seu drama diário.

~ Enquanto isso:

João: Estou começando a me preocupar. - diz movimentando as pernas impaciente.

José: Melhor procurarmos todos dentro da floresta e depois partir. - juntou-se ao garoto.

Alicia: Não irei entrar. - diz firmemente.

João: Mais sua irmã está lá. - protestou.

Alicia: Não me importa. - alterou a voz.

José: Não vou partir sem quatro alunos, serei despedido se souberem. - desesperou-se.

João: Vamos entrar, se não quiser vim pode ficar aí, se tiver sorte talvez um tigre não te ataque. - soou ironicamente direcionando o olhar a garota.

Alicia: affs, vamos. - bufou demoradamente redendo-se.

~ Do outro lado:

Horas depois eles se encontravam cansados de tanto andar, que por sorte ou não, avistaram uma casa à dois metros a frente.

Maria: Se tiver moradores podemos pedir informações para voltarmos a estrada. - sugestou.

Fernando: irei lá ver. - diz corajoso aproximando-se da casa.

Fabrício: esperaremos aqui. - levou os braços aos ombros da garota com medo.

Segundos depois o silêncio reinou no local, até o grito estridente de Fernando ecoar.

Sem pensar duas vezes os dois que esperavam no lado de fora entraram na casa, fitando os olhos de Fernando esbugalhados olhando para o outro corpo jogado e sangrento no chão.

Fabrício: Quem será? - perguntou ainda não se desgrudando da jovem.

Maria: Oh, meu deus, é a Angelina. - abriu os lábios em perfeito "o" não acreditando.

Fabrício: Vamos embora, deve ter algum assassino, estrupador ou maníaco solto por aí.

Maria: Não exagere. - diz soando frio, o desespero habitou em seu peito.

Fabrício: O que fazeremos agora?

Maria: Vamos procurar um lugar para descansar,  já está anoitecendo. - suspirou pesadamente.

Fabrício: Está maluca? não ficarei em um lugar que dois amigos foram mortos, é perigoso.

Maria: É o que podemos fazer no momento, amanhã tentamos procurar a saída novamente. - diz saindo da casa demoradamente olhando pela última vez os corpos.

~ Enquanto isso:

João: Estou imaginando ou vocês também ouviram o grito? - perguntou.

José: Também ouvi, eles devem estar correndo perigo. - acelerou os passos.

Passos a frente encontraram um homem alto com a aparência lá pros trinta e pouco.

Alicia: Olhem, ele pode ajudar. - levou as mãos a cabeça tirando os galhos.

José: Irei falar com o homem, aguardam aqui. - ordenou se aproximando. -- Pode nos ajudar? procuramos quatro jovens perdidos.

O homem deu um breve sorriso malicioso levantando as mãos e enfiando sem piedade a faca guardada no coração do motorista.

Assustados o "casal" aceleram os passos correndo o máximo que pudera, pela a coincidência do destino acabam esbarrando em Fabrício e Maria.

João: Até que enfim encontramos vocês. - proferiu aliviado ganhando um abraço inesperado de Maria.

A Floresta AssustadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora