A Floresta Assustadora

Parte 4

~ Enquanto isso:

Após distanciar-se dos outros, andou sem parar pela floresta.

Pensou que talvez esteja a toa aqui, não queres morrer mais não encontra a saída.

Ainda acredita que seu namorado esteja vivo, se ela se importa com Maria? nem um pouco, acha-a um estorvo para si, desde que nasceu.

Lágrimas temem a cair, encontro-se completamente sozinha, se sente abandonada e exposta a todo tipo de perigo.

Ao longe pode ouvir vozes, treme só de pensar que essa podes ser sua última respiração.

Maria: És você, Alicia? - perguntou levando alguns fios de cabelo atrás da orelha.

Ao reconhecer a irmã, Maria abraça fortemente a outra, depositando toda saudade sentida durante as horas que passaram separadas.

Alicia: Aonde estás o João? - perguntou afastando a irmã e limpando disfarçadamente os braços.

Maria: Ele foi capturado, está na casa com os assassinos, não sei se está vivo. - responde abaixando a cabeça tristemente.

Alicia: Porque está assim já que o namorado é meu?

Maria: Apenas gosto dele, desculpas.

Alicia: Não acredito, você sempre quer ser o centro das atenções e roubar tudo o que me pertence, primeiro o papai agora o meu namorado? - questionou olhando-a com desprezo.

Maria: Mas... você sempre recebeu a atenção da mamãe, eu não queria roubar nada de você, mas me apaixonei sem motivos ou explicações, apenas aconteceu... - disse com dificuldade por conta das lágrimas.

Sem mais palavras as irmãs caminharam em silêncio procurando a mesma caverna em que habitaram mais cedo.

Alicia buscou por madeira acendendo uma fogueira, enquanto Maria colhia algumas frutas das árvores.

Após jantarem se acolheram em espaços afastados uma da outra, dormindo em poucos minutos.

~ Dia seguinte:

Alicia havia acordado mais cedo e portanto foi procurar mais frutas pela mata, quando voltou coincidentemente encontrou dois homens perto da caverna próximos a sua irmã, sem opções escondeu-se atrás da árvore observando o que iria acontecer.

Xx: Parece que encontramos a fujona. - sorriu pegando-a nos braços e levando-a a força até a casa.

Alicia seguia-os vagarosamente tomando o devido cuidado para não ser pega, e se escondeu atrás do armário, escutando tudo o que falavam.

Xx: Lúcia, venha aqui, encontramos a garota.

Maria: Quem é Lúcia? - perguntou, logo em seguida a mulher apareceu. -- O que queres comigo?

Lúcia: se acalma querida, primeiramente quero que conheça meu aliado, futuramente meu amor. - proferiu observando as feições da jovem ao avistar João aparecer.

Vendo Maria em sua frente, o garoto ficou inacreditado querendo correr para abraça-la, mas foi interrompido quando a mulher o empurrou.

Lúcia: Então querido, conte-na o que fez durante o dia de ontem. - sugestou com o semblante divertido.

João: Não, por favor, eu lhe imploro. - olhou suplicante em direção a ela.

Lúcia: Ele matou uma pessoa sem dó e ainda lambeu a faca, acredita? - provocou.

Maria: Como você pode. - olhou sem palavras para João. -- Pensei que eras diferentes.

João: Por favor, Maria, não sou um assassino, apenas cumpri o que Lúcia disse para sobreviver. - explicou ajoelhando-se na frente da mesma.

Lúcia: Ai, isso ficou patético. - revirou os olhos. -- Levanta João, chegou o grande momento, assistirá de camarote sua amada morrer.

Derrepente se escuta algumas caixas caindo.

Alicia: Então... mal momento, já estou indo. - disse sem graça correndo para fora da casa.

Xx | Xx2: Vamos busca-lá. - disseram em uníssono.

Aos poucos Lúcia se aproximou de Maria lhe esbofeteando várias vezes seguidas.

Não satisfeita buscou pela faca entregando-a a João.

João: Para que isso? - perguntou sem entender.

Lúcia: Quero que mate-a.

João: Não vou fazer isso. - respondeu com convicção.

Lúcia: É você ou ela, escolha logo. - disse sem paciência.

João: Tudo bem, desculpas Maria. - a mulher entregou-o a faca e o mesmo se aproximou da garota que estava em prantos.

Lúcia: Vamos, está demorando demais. - reclamou.

João: Calma, sabe... nunca mataria a Maria. - rapidamente o garoto enfiou a faca no peito de Lúcia fazendo-a cair no chão.