Parte 6

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Durante longos minutos sendo perseguidos, João encontrou um atalho perigoso conseguindo desviar dos assassinos.

Maria: Olha, tens um motel logo a frente, vamos parar para descansar. - sugeriu.

Adentrando o local, se encontra a recepção, os dois caminham em direção a mesma observando a decoração rústica.

João: O quarto mais barato, por favor.

Patrícia: Aqui está a chave.

Maria: Não temos dinheiro. - sussurou apenas para que o garoto ouvisse.

João: Tinha um pouco dentro do caminhão. - explicou. -- Enquanto acerto as contas vai subindo.

Quando Maria se distanciou, Patrícia ajeitou o decote dando uma visão privilegiada de seus seios, João simplesmente entregou-a o dinheiro, mas antes a mulher segurou em suas mãos.

João: Algum problema? - questionou sem entender o ato da mesma.

Patrícia: Não, gato, passe mais tarde em meu quarto. - piscou olhando-o maliciosa.

João: Está louca?

Patrícia: Apenas por seu charme. - rapidamente beijou os lábios instigantes do garoto.

Maria: O que está acontecendo aqui? - sentiu seu coração despedaçar em mil pedaços.

João: Não é o que está pensando, essa louca que me atacou, acredita em mim. - pediu.

Maria: Não consigo. - saiu disparada indo para o quarto novamente.

Empurrando levemente a mulher, João caminhou até o quarto encontrando a amada próxima a janela.

João: Deve está com raiva de mim. - começou. -- Dessa vez não tive culpa, mas mesmo assim quero te pedir desculpas.

Maria: Passei anos vendo você pegar determinadas garotas, não somos nada, você és livre. - tentou não se abalar mais. -- Fora que o que tivemos foi apenas uma distração para ti.

João: Não... como podes dizer isso? gosto de você como nunca gostei de ninguém, Maria. - abraçou-a.

Maria: Desculpas... é que minha mãe nunca gostou de mim, depois de tudo estou assustada e desconfiada, é capaz de minha mãe expulsar-me ao saber que Alicia faleceu.

João: Estou aqui, te protegerei. - tentou acalma-lá.

Alguns minutos conversando conseguiram deitar na cama e descansar, acreditando que amanhã será um dia melhor.

Assim que o sol nasceu batidas na porta foram distribuídas, despertando-os do sono profundo.

João: Quem será? - questionou limpando os olhos ainda sonolento.

Maria descobriu-se do lençol, caminhando em passos lentos até a porta, abrindo-a.

Xx: Supresa. - diz segurando a garota pelo pescoço ferindo-a com a faça no braço.

Maria: Socorro. - gritou desesperada.

Xx2: Até chegarem estão mortos. - declarou sorrindo macabramente. -- Viemos vingar a morte de nossa irmã.

João: Desgraçados, estragaram com nosso passeio e a vida de nossos amigos, e irão se arrepender. - grunhiu levantando-se, onde pegou a faca do primeiro assassino atacando-o várias vezes na região do coração.

Xx2: Como pode matar o meu irmão? - arregalou os olhos.

João: Serás o próximo. - tombou a cabeça para o lado mirando em seu imponente, em segundos visualizou o corpo do mesmo sendo jogado janela a baixo.

Cautelosamente buscou Maria nos braços caminhando até o andar de baixo, encontrando Patrícia.

João: Liga para uma ambulância, ela está ferida. - pediu desesperado.

Minutos depois se ouviu o barulho estridente do veículo se aproximar, os homens pegaram Maria colocando-a na maca.

Enfermeiro: Não podes ir, apenas em outro transporte. - diz impedindo sua passagem.

Patrícia: Vamos no meu carro. - sugeriu, observando o garoto concordar.

João: Tomare que ela aguente e sobreviva, não suportaria perder-lá. - sussurou em meio aos pensamentos.

Patrícia: Acho que a garota irá morrer, perdeu tanto sangue, coitadinha. - ironia era evidente em sua voz.

~ × ~

Minuto depois o médico aproximou-se do garoto.

João: Então... ela está viva? - perguntou com os olhos lacrimejando, a esperança ainda habitava em seu peito.

Médico: Sim, ainda está um pouco fraca, mais em alguns dias receberá alta.

Patrícia: Que raiva. - sussurou.

João: Que bom, é a melhor notícia que poderia receber, posso vê-la?

Médica: Pode, mas a paciente está descansando tente evitar ao máximo que ela se esforce.

Abrindo a porta do quarto, o garoto se aproxima encontrando-a sobre os tubos conectados em aparelhos, acaricia levemente suas bochechas, fazendo-a abrir os olhos.

João: Sabia que você não irias me deixar. - proferiu dando um leve selinho na mesma. -- Te amo, pequena.

~ Dias depois:

Maria conseguiu alta do hospital, seu mais novo namorado - João - buscou-a, seria a primeira vez depois do ocorrido que iria encontrar com seus pais.

Maria: Contou o que aconteceu na floresta?

João: Não, apenas para polícia que foram fazer a perícia e levar os corpos para o cemitério.

Maria: Tomara que entendam tudo o que aconteceu. - diz apreensiva.

João: Não se preocupe tanto, meu amor. - beijou sua bochecha entrelaçando suas mãos.

~ Anos depois:

Os dois se formaram em sua antiga escola, seguindo as profissões desejadas, com a renda compraram uma casa mediana, e decidiram se casar no civil meses depois.

Se encontram em uma luxuosa pousada, onde pretendem descansar e aproveitar cada momento da lua de mel.

Sentada na cama, pensando em tudo que aconteceu durantes esses anos, Maria é interrompida com mãos passando sobre seu rosto e fazendo uma leve massagem em seus cabelos, tranzendo-a de volta a realidade.

Maria: Sabe... mesmo passando anos, o que passou naquela floresta nunca se apagará de meus pensamentos, cada momento e segundo de desespero ficará guardado. - confessou.

João: Temos que tentar esquecer, e começar uma nova vida. - beijou-a deitando na cama.

Maria: Calma... estou sentindo algo debaixo dos lençóis. - estranhou retirando um papel amassado.

João: O que diz? - perguntou curioso.

Maria: "Ainda não morri, e voltarei para vingar a morte de meus irmãos." - terminou de ler sentindo um arrepio se apossar de seu corpo, novamente o desespero lhe atingiu.

Agora era definitivo, sempre que encontram uma saída para esquecerem o passado, ele volta mais forte e tenebroso, a paz nunca reinaria para os dois jovens fugitivos.
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Fim, espero que tenham gostado❤

A Floresta AssustadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora