Anahí entrou no castelo apressada, fazendo pouco caso de Alfonso que ria dela. Ela estava composta, ao contrário dele, que tinha a roupa toda amassada, a camisa com botões estourados, o colete em frangalhos, o cabelo espetado. Ela deu língua a ele, ignorando-o, e correu quando viu ele partir atrás dela. O caso é que havia se atrasado pra dar de mamar aos bebês; a essa altura Chord já deveria estar fazendo um escândalo. Ela dispensou a criada que cuidava dos bebês na torre e apanhou o filho no colo. Rosalie estava irritadinha, com fome, mas Chord era birrento. Ele passou pro banho enquanto ela alimentava o menino. Se vestiu com um sorriso no rosto, observando-a. Ela acariciava o cabelo do menino de leve, enquanto ele mamava, mimando-o.
Alfonso: Vais descer? – Perguntou, fechando o punho da camisa. Tinha o cabelo molhado, já penteado.
Anahí: Não, estou cansada. Ainda vou amamentar Rose, e preciso de um banho. – Respondeu – Se importa se eu jantar aqui em cima hoje?
Alfonso: Claro que não. Mando trazerem aqui. – Ele se aproximou dela, beijando-lhe a testa – Sabe que só vou porque vão questionar minha ausência.
Anahí: Então sugiro que vá antes que Ian apareça a porta. – Alfonso fez uma careta, e ela sorriu. Ele lhe beijou a testa novamente e saiu.
Anahí olhou Chord. O menino adormecera. Ela se levantou, pondo-o no berço, e apanhou Rosalie. A menina se pôs a mamar satisfeita, os olhinhos claros vagando. A verdade é que Anahí queria ficar sozinha. Estava triste. Era o único que Suri tinha, e falhara. Caíra, perdera, depois de tudo. No fundo ela sempre soube que ia perder, mas a cada dia que conseguia resistir, pensava que podia ser o ultimo: Ele não ia agüentar. Agora tudo tinha se perdido. Ela não tinha mais arma nenhuma. Não fazia sentido recomeçar; Ele não cedera nem após meses de abstinência, começar do zero seria inútil. Rosalie dormiu mais depressa que o irmão, então Anahí foi pro banho. Cada marca em seu corpo (em especial a marca exata da arcada dentária de Alfonso em vermelho escuro na curvatura de sua cintura) era como um lembrete de que ela fora fraca. Ela se vestiu, e quando voltou pro quarto já havia uma bandeja farta nos pés da cama, que tinha os lençóis feitos. Faminta que estava, jantou, desprezando a bandeja em seguida. Apagou os candelabros do quarto, deixando apenas a lareira, e foi pra debaixo dos lençóis. Se sentia quase depressiva, de tão triste. Não por ter transado com Alfonso, ela era mulher dele, isso era seu direito e dever, mas por não poder mais ajudar Suri. Estava em um misto de sono e tristeza quando ele entrou no quarto. Alfonso não disse nada ao ver as luzes apagadas. Se aprontou para dormir, entrando debaixo das cobertas em seguida.
Alfonso: Ei. – Disse, em tom baixo, se virando pra ela. Anahí o olhou. Ele tocou o rosto dela, acariciando carinhosamente – Porque tão triste, meu anjo? – Ela sorriu de canto.
Anahí: Não é nada. – Disse, beijando a mão dele. Alfonso a observou por minutos, acariciando o rosto dela ternamente, e ela não disse nada, apenas manteve o olhar dele. Deus, o amava em cada pedaço!
Então ele abaixou os olhos, e ela sentiu a mão dele abrindo a sua, em seguida depositando a chave de metal fria na palma, e fechando os dedos dela em cima.
Anahí: Está fazendo isso porque venceu? – Perguntou, observando-o.
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Just One More About Love
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