Capítulo 50

4.1K 180 21
                                    


Suri já havia sido colocada na cama. Chord e Rosalie dormiam. Chord pronunciara sua primeira tentativa hoje, um "mamá" engraçado, olhando pra Anahí. A algazarra depois disso durou horas. Rosalie não entendeu porque, mas adorou. Cresciam fortes, felizes, seguros, mais amados a cada dia. Suri ficou com Rose até tarde, brincando com as bonecas. Bom, Suri brincava, e Rosalie ficava sentada, os olhinhos observadores, olhando. Ria com freqüência. Eram bebês felizes. Agora ambos dormiam, seguros, tranqüilos. Alfonso sorria, sentado na cama. A vida fora doce com ele, pensou, enquanto observava. 


Anahí dançava. 


Na opinião dele, nunca estivera tão fascinante. Era a primeira vez que ela dançava pra ele depois do fim da guerra, e isso já fazia vários meses, quase um ano. Parecia que a alegria que agora emanava nela a deixara mais sexy ainda, se era possível. Os olhos azuis gelo não deixavam os dele, e ela ofegava pelo movimento. Ela sorriu pra ele e rebolou dando a volta, inclinando a cabeça pra trás. As moedinhas de sua saia iam e vinham, frenéticas. Ela abriu os braços, jogando a cabeça pra um lado, os cabelos ricocheteando no ar, rebolando devagar, então subitamente se virou pra ele, subindo na cama. Alfonso sorriu, batendo palmas. Ela se ajoelhou em frente a ele, deixando a cabeça cair pra trás, a barriga reta oscilando, e ele só sabia sorrir. Ela ergueu o rosto, e aproximou o busto dele, se balançando, deixando os seios na altura do marido. Sabia que ele adorava quando ela dançava pra ele.



Alfonso: Sabe... Se alguém um dia soubesse do teu dom. – Começou, mas parou quando ela deixou os cachos passarem pelo rosto dele, aspirando o perfume – Tu ficarias conhecida na eternidade como a rainha que enfeitiçava com o corpo. – Anahí riu – Não que eu pretenda dividir isso com alguém, é claro. – Dispensou.


Anahí: Dividir? – Perguntou, atrevida. Ela, que estava ajoelhada, deixou o corpo cair pra trás, deitando as costas na cama, os lábios entreabertos, os cabelos em um redemoinho a sua volta, e oscilou o ventre em direção a ele, logo recolhendo-o de volta. Alfonso deixou a mão pairar no ventre dela, caindo pesadamente ali. Anahí parou de se mover, ofegando, olhando pra cima.



Alfonso: Ninguém nunca vai saber. É só meu. – Disse, possessivo. Ele passou pra cima dela, que riu, desdobrando as pernas de debaixo dele. – Tu te sai atrevida demais. Me lembro bem de como eras quando chegou aqui. – Anahí franziu o cenho, ainda ofegando – "Mais alguma coisa, alteza?" – Repetiu, e Anahí arregalou os olhos.



Anahí: Posso ajudar, alteza? – Repetiu, o tom inocente tingindo seus olhos. Alfonso ergueu as sobrancelhas – Sim, senhor. Com licença, majestade. – Ela fez bico, empurrando-o de cima de si, mas ele a puxou de novo, fazendo-a cair. Ela ria gostosamente enquanto ele a mordia. Alfonso tinha o peito nu, e usava uma calça preta.


Alfonso: Descarada. – Acusou, segurando o rosto dela, afundando os beijos em seu pescoço. Anahí tremeu sentindo a língua dele na pele sensível, suspirando.



Anahí: Se lembra da primeira vez em que estive aqui? – Perguntou, em tom baixo, enlaçando as mãos nos cabelos dele.



Alfonso: Estava com medo de mim. – Lembrou, descendo a boca pelo decote dos seios dela – Apavorada. Pensava que eu ia te matar.



Anahí: Nunca imaginei que pudesse chegar a ser tão feliz. – Disse, e ele ergueu o rosto para encará-la. Os olhos de ambos estavam dilatados – Sou tão feliz que parece não caber em mim. Se alguém me dissesse que terminaria aqui, como tua mulher, eu riria. O que tu, rei, ia ver em mim? – Perguntou, mordendo o queixo dele em seguida.



Alfonso: O que eu, homem, podia não querer em ti? – Sussurrou os lábios dele.



Anahí: No final das contas, você me matou. – Alfonso ergueu os olhos, encarando-a – Me mata. Todas as noites. As vezes durante o dia. – Um sorriso delicioso se abriu no rosto dele – Nas minhas provas de roupa. Durante o meu banho. Até quando estou dormindo. O tempo inteiro. – Disse, atrevida, com um biquinho.



Alfonso: Quem vê até acredita que tu gostas de morrer. – Murmurou, mordiscando os lábios dela e puxando-os, repetidamente.


Anahí: E eu gosto. Cada dia mais. – Disse, libertina. As mãos dele apanharam os quadris dela, puxando-a direito para debaixo de si.



Alfonso: Então permita-me, - Começou, descendo a boca pelo rosto dela, até que pairou perto de seu ouvido – Pois bem agora eu me ponho louco de vontade de fazê-la morrer. – Anahí suspirou de antecipação. Então veio um sussurro. – Eu amo você. – Ele ergueu o rosto, vendo-a sorrir pra ele, e ela disse um "eu te amo", sem emitir som nenhum. Ele sorriu, se abaixando, tomando os lábios dela em um beijo apaixonado. Nem o primeiro nem o ultimo, apenas mais um dos infinitos que eles ainda trocariam.



E exatamente como em um conto de fadas, eles viveram felizes para sempre.



ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ FIM

Just One More About LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora