Eu nunca fui uma moça bem-comportada. Afinal, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem beijos quentes ou pro amor mal resolvido sem soluços. Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que as vezes me cansa. Por isso...
Sophiaaaa! Seu namorado tá aqui fora. --- Disse meu irmão correndo para dentro junto com sua raquete.
- Tá bom, já tô indo. --- Peguei a chave, mas a porta já estava aberta.
Oi amor, como você tá?
Melhor agora, e você?
Também, depois que você saiu aquilo se tornou um inferno.
Por que? Aconteceu alguma coisa?
Uma longa historia...
Vem, vamos subir. --- Eu disse puxando-o pela porta. --- Crianças, eu vou ficar lá em cima, é para deixarem a porta fechada, e não sair!
Eu nem lembrava se eu tinha arrumado meu quarto, só sei que aquele momento com ele, seira mais do que um quarto arrumado, impossível descrever essa sensação de quando estou com ele.
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Eu só queria que esse momento não acabasse, que a gente fosse eternos, que nosso amor nunca chegasse ao fim, porque com ele, eu sinto coisas inexplicáveis, o amor dele é o meu abrigo. Eu só queria que alguém tivesse me dito, que tudo tem um preço.
Quando estávamos deitados, um barulho de sirene insuportável começou a ficar alto, como se tivesse chegando mais perto, deixamos o barulho de lado e focamos no momento eu estávamos tendo, no amor que sentíamos, no medo de tudo isso acabar. Lembramos de vários momentos que passaram, e várias risadas foram surgindo, até que...
Ding Dooong.
Está esperando alguém, Sophia?
Acho que não. --- Olhei para a cara dele. --- Alguém atende essa porta!
Ding Dooong,
Esses meninos não me obedecem mesmo, vou descer, já volto.
Vou beber água. --- Disse o Edward descendo junto a mim nas escadas.
Meninos? Edward, os meninos não estão aqui! --- Falei abrindo as portas.
Sophia, corre, você precisa ver isso. --- Disse minha vizinha em estado de pânico.
O que tá acontecendo?? --- Eu já congelei.
Sophia, tá tudo bem?? --- Disse o Edward quando me viu paralisada.
Corremos atrás da minha vizinha, no meio da multidão com carros e ambulâncias. Quando vejo o corpo de um dos meus irmãos no chão. Eu não acredito que isso aconteceu, como isso aconteceu?
Gente! O que aconteceu??? --- Corri para o corpo, ele estava sangrando.
Ele estava jogando com as crianças da rua quando um carro o atropelou!
Martin, eu não te disse para ficar em casa? Se acalma, tá tudo bem, só preciso levar você para o hospital.
Sophia, fica calma, vou pegar as coisas. --- Disse o Edward correndo até em casa para pegar os documentos.
Entramos no carro quando meu irmão entrou na ambulância, meu irmão não estava bem, eu vi na cara dele, eu só não queria ver a cara da minha mãe. Eu estava tremendo, então deixei o Edward dirigir, enquanto meu outro irmão estava no banco de trás tentando telefonar para os meus pais.
Nesse momento ficou passando todas as consequências que isso me daria, se por um momento que deixei o valor do amor sobressair por cima de mim ter e por isso ter causado esse momento.
