Pela manhã, depois de uma corrida, encontro Sara, e Andrew a minha espera na suposta base do Matt, desço as escadas com a minha mochila de couro preta nas costas, suspensa por um única alça, desço com a calça moletom preta machucando minha cintura em função da costura, meu top de academia estava levemente úmido pela brisa fria da manhã, e um pouco de suor também, entro na salinha mágica vendo Sara sentada em frente a alguns arquivos com as pernas cruzadas, realmente a cabeleireira fez milagres, estávamos gêmeas diria, a maior diferença era sem dúvida a personalidade e as roupas que ela usava, literalmente, não combinavamos, ela batucava a bota marrom cano curto, no chão, e o salto fazia um som irritante, Andrew representava um nerd, não me trazia curiosidade as calças sociais justas e as camisetas engomadas, pelo menos ele tinha corpo, 'muito corpo' para um nerd
-pare de bater essa merda-mando pondo minha mochila na mesa e Sara me encara com semblante irritado, pelo jeito ela não gostava de ser mandada
-Grossa-acusa
-Obrigada-falo indo até Andrew-Oque você tem para mim?
-certo, sobre o Malik, oque não consta nos arquivos...-analisa- ele frequenta uma boate da cidade, quase todos os dias, normalmente numa faixa de 15, a 20 minutos,passa uma hora fora e entra novamente, no começo eu pensei, talvez ele trafique, mas isso não é a área dele...então eu continuei pesquisando, ele está sempre acompanhado de uma mulher, que nos meus arquivos é indentificada como Isabella Courgette-me joga alguns papéis, abro vendo as fotos da menina retirada de câmeras
-Isabella, 23 anos, sem antecedentes criminais, formada em psicologia na Harvard, não compreendo, oque uma mulher assim faria acompanhando o Malik?
-Bom, ai entra minha teoria, eu acho que ela é conselheira dele-fala arrumando o óculos-pelo que tem nos arquivos da C.I.A, ela perdeu a família inteira aos quatorze anos, e isso inclui pais, irmãos e tios, as causas dadas pelo legista foi parada cardíaca, para todos...
- improvável que a família toda iria ter um pire paque na mesma hora... isso foi assassinato
-Exato, e ela foi adotada por um homem, nos arquivos do orfanato, estão apenas como L.Troy, não tem mais nada além disso, mas ninguém com esse sobrenome associado ao Malik...
-Curioso isso-sento-e no final de tudo isso, oque de realmente necessário você descobriu sobre ele?
Ele suspira pesadamente
-eu tenho uma suspeita... nessa mesma boate, na qual ele frequenta, costuma ter stripers no horário que ele está lá
-até ai nada que um homem hetero não faça-comunico
-me deixa falar!-bufa- Nas câmeras o Malik entra com a srta Courgette...e sai acompanhado de uma mulher, na maior parte do tempo mais velhas
-perverso, ele gosta da bricadeira a três -fala Sara se aproximando
-Ela é psicóloga-ele acusa-não faz brincadeiras a três-Bufa e prossegue-É... e bem curioso, tendo em mente que o Malik gosta de mulheres mais novas,e ja deixou isso claro em outras gravações de áudio, eu acho que pelo padrão entre as mulheres-faz uma pausa digitando e abrindo várias fotos de câmeras exibindo as mulheres com olhar submisso o seguindo logo atrás, seu olhar superior me enojava so pelas gravações-Eu creio que ele só as contrate
-Uma mulher por noite...é, não é nada mal-Dou de ombros analisando as fotos nas telas do computador de Andrew
-Vocês não estão entendendo-fala virando a cadeira e nos encara-não é uma garota por dia, são quatro, ou cinco que ele consegue em boates e bares, uma diferente da outra todos os dias, no horário em que quiser, em hoteis de luxos espalhados pela cidade
-Talvez ele não transe, tenha algo a mais...-Sara pensa-Drogas?
- Bingo
-ok Andrew, seu trabalho é admirável, depois de tudo, a única coisa que tem para me ajudar a chegar nele é que ele sai com cinco mulheres por dia?-arqueio a sobrancelha
Ele revira os olhos.
-O codenome do Malim no tráfico de drogas é Nympho
-Oque é isso?-pede Sara
-É tipo um distúrbio..-falo-uma pessoa viciada em sexo-faço cara de nojo-acha que o cara é ninfomaníaco?
-Não. Acho que o apelido vem por causa da qualidade das drogas. Vicia tanto que torna insaciável. Por isso chamam ele dessa forma. Apenas mudaram o contexto
-Uou, o cara é doente-Sara olha surpresa
-E rico, oque faz ele poder produzir oque quiser com quem quiser, acho que sei porque Matt quer ele morto-digo-Matthew odeia qualquer um que tenha poder para o retrucar
-Pois é... e como você quer se aproximar de um cara com mais seguranças do que roupas?-pede Sara
-Vou ir à boate, dar um jeito de chamar a atenção dele e depois disso começar a criar uma relação
-porque não o mata agora?-pede Andrew
-Não...quero saber mais sobre o Malik, é curioso, quero saber o poder dele antes de só entregar para o Matt
-Bom, faça oque quiser, só não se complique mais tarde-Diz ele e eu o encaro
-Faça o seu trabalho e deixe que eu cuido do meu-minhas palavras saem calmas e eu tiro o resto da minha manhã treinando, treino minha defesa pessoal horas, só paro quando me vejo exausta, e analiso Andrew saindo
-Vou almoçar-avisa e eu assinto vendo que Sara já foi também, bebo um pouco de água no silêncio do ambiente e vou para o vestiário carregando minha mochila, me encaro no espelho, meu cabelo se encontrava bagunçado, umido pelo suor e com uma trancinha embutida no lado para o cabelo não cair no rosto, analiso minhas unhas curtas pensativa e tomo um banho rápido, me seco e saio pondo um short jeans qualquer e uma regata cinza com capuz, o qual que nunca entendi a função, mas era oque eu tinha na mochila, saio com a mochila nas costas caminhando pela rua, o ar nova iorquino era diferente de todos, o cheiro de fumaça, e açúcar queimado da indústria abandonada perto do nosso espaço era algo único, não era um cheiro ruim, só não era comum, caminho mexendo escutando musica até uma lanchonete em frente a praia Rockaway beach, no Queens, era uma praia bem frequentada por surfistas, boa para aproveitar o sol, a areia, e correr no final da tarde, paro em frente ao balcão da lanchonete
-Um suco de abacaxi e Hortelã para levar, por favor-falo calma sem distribuir sorrisos para o garçom que provavelmente se achava divino, pelos flertes em que dedicava
-aqui princesa, por conta da casa-O loiro seguia o estilo Miami, bronzeado, cabelo loiro escuro, forte e estilo surfistas, ele entrega o copo de plastico tapado e o canudo junto
-Dispenso-falo jogando uma nota na mesa-Fica com o troco-Digo me virando com meu suco dando de cara com um homem moreno de cabelos longos e olhos verdes
-Boa atitude-fala sorrindo de lado, o estilo dele era muito diferente para estar nesse lado da cidade, oque me faz suspeitar, calças skinny e camisa social estampada, aberta até meio peito, o sotaque britânico revela sua nacionalidade, e eu o analiso-aceita uma bebida?
-Não, obrigada-falo com sotaque Nova Iorquino, que por sinal não me pertencia, eu possuia um muito parecido com o dele
-Sou Harry-fala
-Ammy-minto
-Prazer...-Sorri
-desculpe, meu namorado está surfando, preciso ir
-Tatuagem bacana!-fala alto enquanto me saio, diz sobre minha tatuagem na costela com uma cruz que se transformava em pássaros
-Valeu-falo saindo e ele me encara confuso mas se vira dando de ombros, vou para casa e tomo outro banho;
Mais tarde, depois de dormir a tarde toda, levanto e preparo um sanduíche para mim, o novo apartamento de Matt estava me servindo bem, e estava decorado de um jeito semelhante ao de "Kate" a história da vida dessa menina que Matt criou era bem clichê, mas convincente, foi largada em um orfanato, adotada por uma senhora nova iorquina, que morreu de leucemia e deixou um pouco de dinheiro, seco meus cabelos desfazendo a trancinha na lateral dele que ainda estava ali, o barulho do secador, por vários instantes me fazia querer o jogar na privada, mas eu respirava fundo, como chamar a atenção de um ninfomaníaco com um longo histórico de crimes? Isso se ele for realmente um ninfomaníaco, a pergunta pairava sobre mim, analiso as roupas e termino por escolher uma saia e uma blusa, a saia preta justa, e a blusa soltinha, nunca em vida seria algo parecido comigo, ponho um salto alto, aliso os cabelos e ponho unhas postiças, pego meu celular novo saindo, e descendo as escadas me deparo com meu novo carro, um honda civic, carro de estudante, literalmente, sorrio com o pensamento de Matt, um carro de estudante e bem potente caso precisasse fugir.
Entro e sigo dirigindo até a boate que Andrew falou, era um lugar chamativo, quase impossivel não notar as luzes vermelhas em neon, dentro não era diferente, mas principalmente luzes coloridas e fumaça de gelo seco que dificultavam meu trabalho de achar o Malik, vou ao bar pegar bebida e procuro discreta por ele, não tenho sucesso, acabo por pegar um drink qualquer de frutas analisando o ambiente sentada, sinto presença masculina por perto, e sorrio de lado tendo quase certeza que era a presença masculina que eu desejava, termino meu drink
-E oque uma estudante faz numa boate de stripers?-escuto a voz que em breve iria ser familiar, e viro o rosto encarando os olhos castanhos, dele, a pele tatuada estava coberta por um casaco de couro o cabelo dele se encontrava levemente bagunçado e a barba por fazer, não confudam com algo feio, era uma beleza sombria, perigoso, era quase como olhar para o fogo
-Tem uma primeira vez para tudo-rio deixando meu sotaque britânico transparecer, o mais fofa possível-tem bastante adolescentes que vem aqui para se divertir, as stripers são parte-Explico- e qual a graça do aniversário de dezoito anos se eu não encher a cara?-falo mentindo sobre ser mais nova, oque faz ele morder o lábio
-Porque não aproveita a noite comigo ao invés de encher a cara?-Pede mostrando o camarote e eu sorrio pondo minha taça em cima da mesa-Sou Zayn
-Desculpa Zayn...mas eu não durmo com estranhos-levanto tentando ser o mais inocente possível, pego um guardanapo e escrevo meu número nele junto ao meu "Nome"-mas a gente se vê...-Mordo o lábio e pisco para ele saindo
-Isso!-Comemoro baixinho
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SIDES
FanfictionVocê jogaria um jogo pelo qual sentenciaria o fim da própria vida? O subúrbio de Nova York estava dividido. Zayn Malik era o chefe, mandava, e obtinha respeito. Lutando contra demônios do passado. Katherine treinada e movida pela raiv...