Capítulo 3

26 3 3
                                    

Acordo com minha irmã me chamando. Me levanto, e vou ao pequeno banheiro que tem naquela casa e me olho no espelho que tem a cima da pia.

-Meu Deus, eu to horrível.- digo passando a mão no meu rosto.

Tiro minha blusa e com a água que tinha dentro do tanque do vaso sanitário, molho a mesma e passo no meu rosto onde está sujo de sangue. Volto pro quarto e arrumo o lençol.

-Cindy? Onde você esta?

-To aqui em baixo! Vem, nós vamos embora.-Cindy me responde.

Desço as escadas e me encontro com Cindy. Fico me perguntando pra onde vamos. Cindy é muito responsável pra sua pouca idade. Me orgulho da minha irmã, espero não perde-la.

*FLASHBACK*

-Mãe! Não!- fico imóvel vendo minha mãe ser devorada por meu pai. Não tive coragem de mata-lo, fui covarde. Tive que ver ele matar minha mãe.-Mãe...- Digo chorando. Ouço um tiro ser disparado, olho para tras assustada e vejo Cindy com lágrimas nos olhos e a arma do papai na sua mão. Ela tinha atirado nele. Corro em direção a minha mãe e ela me fala no ouvido "Eu te amo, faça o possível para sobreviver." e parou de respirar.

Começo a chorar mais.

-Mãe? Mãe? Eu te amo!- digo e com minha faca cravo em sua cabeça para que não se transforme.

*AGORA*

Íamos saindo e damos de cara com Jéssica, acho que ela tinha ido pegar água, pois estava com três garrafas cheias.

-Onde vão?- Pergunta ela.

-Olha Jéssica, somos muito gratas por ter nos ajudado e tudo mais, mas nós temos que ir embora Cindy fala com autoridade como se fosse a líder do nosso "grupo".

-Como assim? Não podem ir embora! Me fizeram demolir a unica coisa que me mantia a salvo nessa cabana, não vou sobreviver sozinha.- Falou Jéssica chorando- Por favor, me levem com vocês.

-Okay, mas por favor não nos atrapalhe.- Falou Cindy.-A poucos quilômetros daqui deve ter uma cidade, vamos para o leste.

Seguimos caminho ao leste, e como já era de se esperar fomos atacadas por andarilhos, um bando de mais ou menos vinte, tentamos correr, mas eles conseguiram nos encurralar, então o jeito foi pegar nossas armas de fogo.

Peguei minha pistola calibre 380 e comecei a atirar, sempre mirando na cabeça, minha irmã pegou a sua calibre 22 e Jéssica sua colt 45. Mas com o som das armas atirando atraímos mais deles e consequentemente nossas balas acabaram.

-Que merda!- exclamei.- A porra das balas acabaram.- Concluo pegando minha besta e continuo atirando até minhas flechas acabarem.

-As minhas também- Falou Jéssica pegando sua faca.

-Droga! As minhas também.- Pouco tempo depois minha irmã se manifesta, também pegando seu machado.

-Socorro! Alguém nos ajude! Pelo amor de Deus!- Eu gritava com o intuito de alguém que estivesse passando por la ouvisse.-Socorro!

Então ouso a voz de um homem, vindo em nossa direção. Ele começa a atirar nos andarilhos fazendo assim o bando se separar indo boa parte atrás dele.

Conseguimos correr para dentro da floresta e logo em seguida o homem vem também.

-Tudo bem com vocês?- ele pergunta e respondemos que sim com a cabeça.- Meu nome é Glenn Rhee e vocês?

-Eu sou Brooke Valentini, minha irmã Cindy e essa é a Jéssica.- Digo nos apresentando para ele.

-Glenn! Ouço a voz de um homem chamando o asiático.- Cara você ta louco?-Falou um cara que também tinha uma besta, cabelos longos e barba.- Quem são elas?- Perguntou se referindo a gente.

-Brooke Valentini, Cindy e Jéssica. Foi por isso que eu corri, ouvi elas pedindo ajuda.- Falou o asiático para o homem que eu ainda não sei o nome.

-Ah, tá. Vamo levar elas pra Alexandria. Parecem perdidas. E a propósito meu nome é Daryl Dixon.- Falou o homem da besta.

Eles nos levou para um carro e mandaram a gente entrar. Dentro de uma hora chegamos um um local com muros altos e um portão enorme. O portão se abre e o carro entra, era uma cidade, uma cidade como as que existiam antes de tudo. Olho para minha irmã e ela para mim e então sorrimos.

Saimos do carro, como sempre eu de cara fechada, olhando para todos os lados, então foi ai que eu o vi. Um menino muito bonito, usava um chapéu de xerife só que sem o distintivo. Ele estava acompanhado de uma menina. Espera.

-Enid?- pergunto e vejo minha irmã olhar para mim.

-Que?-Minha irmã fala sem entender.

-Meu Deus! Enid!-Falo indo em direção a ela.

Ela olha pra mim e vem em minha direção.

-Brooke! Meu Deus achei que você estava morta.- Enid fala me abraçando.

-E eu achei que você estava morta! Como conseguiu sair de lá? Mais alguém se salvou? Seus pais estão bem? Estão aqui?- Pergunto eufórica.

-Eu corri, assim como vocês, não que eu saiba, eles foram atacados...- Enid fala e seu semblante muda, fica triste.

-Ai meu Deus.- falo e uma lágrima escorre pelo meu rosto, rapidamente eu a seco.

Minha irmã e Jéssica vem ao nosso encontro. Cindy abraça Enid e começam a conversar. Olho pro menino do chapéu e vou em direção a ele.

-Oi.

-Oi.- ele responde.

-Qual é o seu nome?

-Carl Grimes, e o seu?

-Brooke Valentini. Carl, você pode me mostrar um lugar pra eu tomar um banho? E me arranjar umas roupas... Só enquanto eu lavo essas que eu to usando.- Eu peso pro garoto.

-Okay, venha comigo.- Fala o menino.

Ele me leva até uma casa, suponho ser a dele, entro e ele me mostra onde é o banheiro.

-Vou pegar umas roupas da Maggie, deve servir.- Ele entra em um quarto e sai com roupa limpas e uma toalha.

Tomo um banho, como é bom sentir a agua do chuveiro escorrendo por cada parte do meu corpo, não sentia essa sensação faz muito tempo. Saio do banho, me seco com a toalha que Carl me deu e me visto. Após isso me olho no espelho, eu estava limpa, sem sangue nenhum no rosto, sem nenhuma marca. Esse banho tinha me purificado.

Saio do banheiro com a toalha no ombro e a deixo impendurada na janela para que seque. Desço as escadas e vejo Carl sentado num sofá.

-Obrigada!- Eu falo me referindo ao banho.

Ele me encara com uma expressão que eu não consigo decifrar.

-Não foi nada.- Me responde- Fica aqui, daqui a pouco meu pai chega. Ele vai decidir onde vocês vão ficar.

-Okay... Espera, cadê a minha irmã?

-Eu estou aqui, doida.- Ouço a voz de Cindy e me viro para trás e vejo ela descendo as escadas.

-Não me mata do coração assim, demônia!- digo eu e ouço uma risada vindo de Carl. Sorrio envergonhada e me sento no chão, e logo depois minha irmã também.

-Quando meu pai chegar eu peso para ele deixar vocês aqui.- Fala Carl.

***

Pessoal esse foi o cap, esperamos do fundo do nosso coraçãozinho que vocês tenham gostado. DEMOROU MAS VOLTAMOS BEBE!!!!

***

AVISO

Não sejam leitores fantasma, deixem a opinião de vocês, é muito importante sabemos o que vocês pensam sobre a fic. Votem também é muito importante pra motivar a gente a escrever mais capítulos pra vocês.

Beijinhos de luz.

Auanny e Mayra

Não viva, sobreviva!Onde histórias criam vida. Descubra agora