O conhecimento esotérico é reservado aos iniciados, uns poucos privilegiados que são introduzidos num universo paralelo ao nosso, onde as coisas fluem de uma forma distinta, segundo leis e regras estabelecidas desde o princípio dos tempos. Essas leis e regras são passadas de mestre a discípulo, de geração a geração, perpetuando o conhecimento e mantendo-o, ao mesmo tempo, afastado dos leigos, não preparados para lidar com forças além de sua imaginação e de seu controle.
Com o tempo, no entanto, dissidências, indiscrições e descobertas foram acontecendo e parte desse conhecimento vazou para o mundo das pessoas normais. Foram sendo compilados e divulgados, de uma forma mais velada no início, abertamente depois, principalmente com o surgimento da imprensa. Muitas vezes, esse conhecimento não era completo e, para realizar certos encantos ou ações, foram necessários anos de tentativas e erros, até que fórmulas antigas fossem resgatadas.
Não é uma ciência que deva ser exercitada abertamente, sem critérios ou cuidados maiores. Sintetizada em inúmeros rituais, os Rituais Mágicos Esotéricos, a prática exige discernimento e reflexão, antes que forças incomuns sejam liberadas. Por isso alguns conselhos e cuidados são necessários.
As instruções devem ser seguidas à risca, conforme apresentadas. Se o ritual exige uma pedra de correnteza, por exemplo, trabalhada pela força da água num processo natural, ao longo do tempo, será uma temeridade usar um pedregulho comum, tirado de uma pedreira à força de explosões, depois quebrado nos dentes de uma máquina de aço.
Esse pedregulho passou por um processo terrível que ficou gravado nele, da mesma forma que ficaram gravadas na pedra de correnteza todo o caminho percorrido através de curvas, encruzilhadas, pontes, cidades e florestas. Além disso, ela enriqueceu suas recordações no contato com outras pedras e até com pessoas, acumulando uma história de evolução que a tirou de uma pedra lascada e aplainou suas arestas depois de muito rolar. As duas pedras, portanto, têm significados e empregos completamente diferentes, pois uma traduz medo, terror, esmagamento, enquanto que a outra simboliza evolução.
O mesmo ocorre com as palavras a serem pronunciadas durante um ritual. Muitas delas, inclusive, têm sua origem em vocabulários mágicos antigos e devem ser respeitadas, pois acrescentam força ou orientação.
A pessoa que realiza o ritual também tem um importante papel no resultado. Sua determinação e sua fé são essenciais para o sucesso. Só que essa determinação e essa fé não são medidas pela simples decisão de realizá-la, mas pela crença no sucesso. Afirmar, por exemplo, "eu vou fazer para ver se dá certo" é diferente de "eu vou fazer porque vai dar certo". Fazer para "ver se dá certo" é perder tempo e condenar a experiência ao fracasso, a menos que se esteja lidando com rituais onde elementos dos planos inferiores estejam envolvidos. Muitos desses não perdem a menor oportunidade para agir e fazer suas maldades, envolvendo os incautos em suas redes.
Quando decidir fazer um ritual, é preciso estarconvencido totalmente do sucesso final e visualizar o resultado. Em momentoalgum deve passar pela mente a ideia do fracasso. Desejar o resultado, comtodas as forças positivas do pensamento, é garantir as energias necessáriaspara obter o sucesso esperado.
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RITUAIS MÁGICOS ESOTÉRICOS
EspiritualAs Simpatias Populares e todos os rituais nelas envolvidos podem ser consideradas fenômenos culturais e sociológicos da máxima importância ou meras crendices e superstições, dependendo do ângulo de visão de cada um. De nossa parte, limitamo-nos a di...