Entre cetim e sedas

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Que viagem cansativa foi essa, me deixou cansado e quem dizia que espírito não cansa? Talvez tenha sido um pequeno desgaste.

Chegamos a um vilarejo em Portugal, que lindo era, muito movimentado por sinal, de pessoas vivas e espíritos, até por alguns segundos desacreditei que estava em uma missão, parecia que estava apenas me "divertindo".

Dama da noite parou sorriu e disse

- Chegou o meu momento favorito!

Eu ja sabia que ela iria trocar a roupa, elas pareciam saber para onde iriamos, então aquela maravilhosa transformação começou, a roupa de Dama de noite se tornou um corpete preto cheio de franjas de brilhante pendurado em volta do seu peito, e a saia se tornou uma linda saia de cetim prata sem roda e toda cheia de brilhos pratas, seu cabelo se prendeu em um grande coque em cima da cabeça, seus brincos eram enormes e das mesmas franjas de brilhantes que estavam em seu corpete, seus batom era de uma cor vermelha viva. Ahh mas aquele mulher estava "sexy" olhei para trás e reparei em Padilha que também estava linda, toda vestida em um vestido tomara que caia de uma cor verde esmeralda, que linda ela estava, e suas joias eram de esmeraldas, e seu cabelo estava preso. Mulambo como sempre aquele seu jeito desleixado, sorrindo olhou para todos e disse

- Eu vou assim mesmo e ta é muito bom, goste quem gostar!.

Eu sorri e completei

- Então vamos minha velha, por que nem eu irei mudar de roupa!

Todos demos uma risada por um tempo e então Zé que nos acompanhava de um modo brincalhão disse

- E vamos que já é por ali!

Demos apenas algum passo até avistarmos uma grande mansão, que por sinal parecia sem grande, bem maior do que era a minha quando eu estava em vida, na visão de vida ela estava abandonada, Zé que ja estava na frente parou deu uma forte risada e disse

- As pessoas vivas temem tanto chegar aqui perto, por isso não destruiram essas ruínas ainda!

Padilha sorriu e também disse

- Eu ja previa que viriamos para cá, quem seria que visitariamos se não fosse ela? Passei boa parte da minha vida nesse cabaré!

Eu parei por alguns segundos e pensei comigo comigo mesmo "cabaré, como assim um cabaré, viemos atrás de uma velha bruxa no cabaré?" porém preferi não falar nada, até porque eu era o que menos sabia ou conhecia qualquer coisa por ali. Então caminhamos até mais próximo daquele lugar, e então foi que eu comecei a enxergar ali com a visão de um espírito, como se tornou lindo, os portões daquele lugar eram dourados, haviam rosas vermelhas cercando toda a entrada e quando entramos o jardim era lindo, ainda de fora podíamos ouvir uma música e fortes risadas que vinham de la de dentro. Quando nos aproximamos da porta de entrada, Dama da Noite tomou a nossa frente, e deu alguns toques na porta de entrada até que alguem pudesse notar que estávamos por ali, foi então que abrirão a porta, era uma mulher quase nua, baixei a cabeça para não olhar para o corpo dela, não podia me desconcentrar da missão, Dama da Noite sorriu e com sua gentileza perguntou para aquela garota

- Boa noite minha cara, ela esta por ai?

- Esta no seus aposentos, hoje ela não desceu a festa, nos disse que receberia visita, ela já previa vocês, podem subir! Respondeu a garota

Assim que entramos não pude deixar de notar o quando aquele cabaré era rico em beleza e financeiramente, havia mais garotas por ali, que estavam com homens de grande porte, dava para perceber no modo deles. Tudo ali era de cores vivas cono dourado, rosa, e vermelho. Eram muitos cetins e sedas.

Subimos as escadarias, Dama da Noite parecia saber para onde estavamos indo. Assim que chegamos ao andar de cima andamos até o final de um corredor, onde havia uma grande porta dourada, Padilha tomou a frente e deu dois toques na porta, e então la de dentro deu para ouvir uma voz dizer

- Entre, a porta esta apenas encostada!

Assim que entramos me deparei com um quarto lindo, todo preto, a cama era enorme e os lençóis e cortinas que pareciam seda eram todos pretos, mas o que chamou a atenção era uma mulher que estava sentada em uma poltrona que parecia um trono, com um gato no colo, ela acariciava ele com um sorriso no rosto olhando para nós, e então Padilha disse

- Pensei que eu nunca mais iria revê-la Maria, ou rosa Rosa Negra como é conhecida.

Histórias de um Cabaré (2• Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora