Capítulo 2- A Perda da Inocência

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Dias se passaram desde o incidente, conseguindo sobreviver até este dia apenas à base de comida enlantada e doces que haviam pela casa, quando chega uma carrinha branca de mercadoria, que pára à porta da casa e começa a fazer muito barulho, eu como criança inocente que era fui ver o que se passava quando derrepente oiço uma voz.
Essa voz.... Aquela era a voz pertencia aquela pessoa.... Aquela que impediu o homem mau de me magoar, eu como criança inocentemente responsável que era fui até lá e finalmente vi a cara da pessoa, era uma mulher já com alguma idade de chapéu e óculos escuros, esta ofereceu-se para me ajudar dando me comida de jeito e pedindo gentilmente que eu entrasse na carrinha e eu obviamente aceitei a oferta.

A mulher tirou da mala um pão com chouriço, deu-me para eu o comer e começou a conduzir.
Claro que há excepções mas uma coisa que se devia ensinar às crianças é que não se deve consumir comida oferecida por estranhos, comecei a sentir-me estranho, o mundo começou a andar à volta, perdi o sentido de audição momentos depois a visão escureceu acabando assim por desmaiar.
Acordei já de noite à beira de uma estrada deserta com o corpo todo dorido, levantei me olhei para todos os lados não vendo um unico sinal de vida humana, quando comecei a andar reparei num peso anormal no meu bolso de trás meti a mão no bolso para tentar perceber oque é era e para minha surpresa era uma carteira com cerca de 50 euros, eu na altura apenas uma criança de seis anos acabados de fazer, sem família, sem amigos, sem saber onde me encontrava e naquele exato momento eu tive uma ideia fantástica, a melhor ideia que qualquer criança de seis anos alguma vez poderia ter em toda a sua vida, olhei para a lua e naquele momento gritei bem alto "eu não sei onde estou" e comecei a chorar, cai na beira da estrada a chorar e a repetir as palavras "apenas quero ir para casa.... apenas quero ir para casa".

Derrepente oiço um som constante que vai ficando mais e mais alto, olho para o fundo da estrada e vejo uma luz forte que vai ficando cada vez maior e mais intensa quando derrepente para e o som desaparece, ficando um silêncio descomunal.

Era um autocarro vazio que continha apenas o condutor, este parou e com uma atitude muito simpática saiu do autocarro e perguntou se eu necessitava de ajuda e eu já num estado de desespero e panico aceitei a ajuda vinda deste homem desconhecido, sem saber ou conseguir imaginar o que me poderia esperar.

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