Proteger...

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Fui retirado de cima dele por Drogo e Peter, olho ao redor e vejo que algumas pessoas curiosas me olham. Algumas parecem assustadas, outras sussurram entre si.
-Tudo bem gente! Não tem mais o que olhar aqui, foi só uma briga, um mal entendido! – Sarah tenta acalmar a todos.
-Nicolae! Você esta bem? - Anna se aproxima de mim, sua voz está calma e baixa.
- Me desculpa, Anna. Eu me descontrolei eu só queria te defender. - Digo ainda atordoado pela raiva que me consumia.
-Tudo bem, eu estou legal. E você como estava? - Ela toca meu rosto, eu me encolho com seu toque.
-Estou bem! - Respondo para ela ao mesmo tempo que confirmo a afirmação para os meus irmãos, fazendo um discreto sinal com a Cabeça. Eles entendem e se retiram.
-Tem certeza? O cara bateu em  seu rosto com força.
- Tudo bem, mal parece que ele me atingiu. E você ele te machucou?
-Não se faça de durão, ele te atingiu em  cheio eu vi! Venha, vamos colocar um pouco de gelo na sua boca, ela vai inchar daqui a pouco. - Ela me puxa pela mão.
-Não  precisa. - Puxo minha mão ,mas Anna não a solta, com a força de meu gesto seu corpo acaba sendo puxado e ela fica frente a frente  comigo, nossos lábios quase se encostam.
-Ni...Nicolae , você acabou de me ajudar, por favor deixa eu pelo menos fazer alguma coisa por você. - Ela me encara nos olhos.
- Ele chegou a te machucar? Chegou a  fazer alguma coisa com você? – Pergunto mais uma vez a ela, enquanto me deixo ser emergido pelo encanto dos seus olhos.
- Não, eu só passei por ele no corredor e pedi licença, quando eu vi que o banheiro estava ocupado eu resolvi esperar na varanda para tomar um ar. Daí esse cara veio igual um maluco atrás de mim.
- Estás bem mesmo?
- Tem caras que não sabem o que quer dizer não. -Ela sorri triste.
- Idiota. - Falo querendo matar aquele escroto.
- Tudo bem.  Ainda existem no mundo caras como você. Obrigada de verdade, por ter me defendido. Não precisava se machucar  por minha causa.
- Só fiz a coisa certa. - Nossos rostos estavam a poucos centímetros um do outro, nossas respirações se mesclavam, eu sentia o toque quente dos dedos dela entrelaçados  aos meus.
- Fico feliz por saber que eu tenho um super-herói. - Ela fala baixo quase sussurrando.
- Anna, não sou um super-herói , só não acho que um cara  deve ser tão invasivo a ponto de forçar alguém a ter alguma coisa com ele. A conquista é o que dá emoção em uma ralação, o prazer de se conquistar e ser conquistado é algo sublime e único. - Anna e eu ficamos nos olhando e nossos lábios quase se tocam, porém Sarah nos interrompe.
- Vocês estão bem? - Sarah questiona e percebe que atrapalhou algo, eu me afasto rápido de Anna.
- Er... Estamos sim Sarah. Obrigada por ter vindo me defender.  - Anna responde e percebo suas têmporas vermelhas.
- O Carlos é assim mesmo, um completo babaca. Não é a primeira vez que ele apronta uma dessas, mas ainda bem que você teve o Nicolae aqui para te defender. - Sarah diz isso, e em seguida me olha com um olhar sarcástico.
- Não é mesmo? Tenho o meu próprio anjo da guarda. - Anna diz sorrindo, eu apenas retribuo o sorriso para ela,  eu não era nem perto um anjo, muito pelo contrário eu era muito mais perigoso ,pior que um pesadelo! O tal do Carlos não era nem de longe comparável a mim. Anna me segura pela mão novamente e me leva até a cozinha, chegando lá ela pega um pouco de gelo na bacia e enrola em um pequeno pano de prato.
-Anna, realmente não é necessário. - Tento argumentar mas é em vão.
- Vem, vamos colocar antes que seus lábios inchem, porque isso ai vai ficar horrível! - Aquela afirmação me causou graça, não ficaria roxo, nem dor eu sentia, o ferimento  já estava praticamente curado, mas já que eu estava naquele teatro todo eu teria que agir como um ator e seguir o roteiro, roteiro muito perigoso mas que se tornou necessário.
Coloco o gelo no meu rosto, e fico encarando Anna. Ela é muito familiar para mim, mas ao mesmo tempo era uma estranha, uma incógnita. O brilho que ela possuía nos olhos, o som da sua risada me lembravam realmente daquela passagem da minha vida, me recordava  a mulher que eu tanto amei, porém Anna tinha alguma coisa que era só dela, algo que a tornava única, e que me fazia muito bem. Ela coloca uma mecha do cabelo atrás da orelha e me olha sorrindo.
- Então Nicolae Bartholy, me fale de você. - Aquilo me causa uma certa estranheza, não era muito normal as pessoas se comunicarem tanto comigo, eu era fechado não gostava muito de conversas mesmo andando em grupos, eu evitava não ter o foco em mim. Eu era só mais alguém ali no meio participando de uma roda de pessoas, eu evitava ser notado.
- Quer falar sobre mim?
- Sim, quero saber quem é você. - Ela apoia o rosto na mão.
- Não  tenho muito que dizer, sou só um cara que gosta de economia.
- E que não gosta de beber, que não sabe dançar, e que de acordo com seu irmão não gosta de festas.
-  Sim eu confesso, não gosto muito de festas na verdade eu sou um cara mais reservado, prefiro ficar no quarto estudando.
- Te compreendo. Eu também preferiria estar no quarto estudando, não que não esteja boa a sua companhia, é claro que esta sendo muito agradável. Só  que eu não tenho histórico muito bom com festas.- Ela sorri e se inclina chegando próxima a mim.
- Sério, você não gosta de festas?
-  Digamos que eu já gostei muito no passado, hoje em dia eu prefiro me concentrar nos estudos.
- Então você é uma ex festeira?
- Digamos que festas me remetem um passado que eu quero esquecer, coisas que não valem a pena . E você além de estudar, curte fazer o quê  com sua namorada? - Anna parece ficar nervosa ao fazer aquela pergunta, ela coloca uma mecha do cabelo atrás da orelha.
- Eu não namoro já tem um bom tempo, e você gosta de fazer o que com o seu namorado?
-Eu terminei tem um tempo, foi um relacionamento um tanto quanto dramático, nosso término foi bem conturbado.
- O que aconteceu?
- Vamos falar disso outro dia, mas me diga aquele outro rapaz que ajudou o Drogo é o seu irmão também?
- Aquele é o Peter.
- Você é o mais velho?
- Sim, eu sou mais velho, tem mais uma menina a Lorie  que vive com meu pai, em seguida vem o Drogo, o  Peter , e eu que sou o mais velho.
- Vocês são bem diferentes .
- Um pouco, temos os gênios bem diferentes.
- Também percebi o bom humor do seu irmão o Drogo, e percebi o quanto você é sério, um cavaleiro na verdade.- Ela fala aquilo sorrindo, ela parece confortável quando está ao meu lado.
- Cavaleiro? – Digo achando graça daquela afirmação.
-  Não é todo dia que um cara briga por você numa festa sem nem te conhecer direito.
-Só fiz aquilo que eu achei que era certo, e não deixaria ninguém machucar você. – Vejo o olhar dela se iluminar, e ela sorri.
-Eu acho que a festa já deu. –Ela diz isso se levantando.
- Quer ir embora?
- Sim, acho que não temos mais clima para festa.
- Claro, vamos.
Me levanto e a  acompanho até a porta, ela pega o capacete que a ofereço e em seguida sobe na moto, ela se aproxima bem do meu corpo. Eu consigo sentir o calor que emana dela,  quando chegamos na porta do dormitório eu desço e ajudo a descer da moto, ela me entrega o capacete e sorri.
- Queria te pedir desculpa pela noite catastrófica que tivemos hoje, não era a primeira impressão de uma festa que eu queria te passar. –Digo frustrado.
- Foi perfeita em todos os detalhes, quer dizer em quase todos, mas eu gostei bastante sua presença é muito agradável.
-Digo o mesmo da sua Anna, você é uma menina bem carismática e legal.
-  Quer dizer então que gostou da minha companhia? Então essa noite não foi um completo e desastre.
-Eu gostei.- Respondo colocando os capacetes na moto.
-Gostou? Te fiz ir em  uma festa obrigado, por que você mesmo disse que não iria, só foi porque o seu irmão me convidou, em seguida chegamos lá e te chamei para dançar sendo que você também não sabe e ficou super sem  jeito ,e se não bastasse isso, em seguida você brigou e se machucou por mim. Foi uma noite trágica, imagino a primeira impressão horrível que teve de mim. -Me aproximo dela.
- Foi uma noite muito agradável, eu não me divertia assim já tinha um tempo, na verdade eu procuro não sair muito, mas eu gostei bastante de cada segundo que passei ao seu lado.
- Obrigada por me fazer me sentir um pouco melhor, fiquei um pouco preocupada de você achar que sou um desastre ambulante.
-Não pensei isso nem por um momento.
- Te juro que eu sou uma garota que evito ao máximo problemas, mas  eles  parecem me perseguir. – Ela sorri sem graça.
- Anna, quero que você saiba que eu não sou como aquele cara, não quero que se sinta intimada ou obrigada a fazer qualquer coisa, mas nesse momento eu quero  realmente te beijar. Desesperadamente.
  Ela me olha e se aproxima, apenas coloca suas mãos em volta do meu pescoço, e me encara nos olhos.
- Sei que não é como ele, por isso eu te digo que eu também quero te beijar desesperadamente, desde o segundo em que os meus olhos cruzaram com os seus na faculdade. - Aquela afirmação fez minha cabeça girar.
- Desde aquele dia na sala?
- Vai achar que eu sou um pouco estranha, mas desde muito antes disso, eu já te reparava pelos corredores .
Não tenho tempo de responder, Anna puxa levemente a minha cabeça em sua direção, e nossas bocas se chocam, os lábios dela são quentes e macios, eu me entrego aquele momento. Minha língua pede passagem para explorar cada centímetro da  boca de Anna, nos entregamos a um beijo urgente, eu coloco minha mão por debaixo de sua blusa encostando em sua pele nua, ela dá uma pequena contraída ao sentir o toque gelado de minhas mãos em suas costas, o beijo se torna mais intenso porém carinhoso. É a primeira vez em muitos anos que senti que eu estava realmente entregue,   ela leva as suas mãos até o meu cabelo e aquele toque me deixa completamente inebriado, eu consigo sentir o seu perfume, e aquele momento começa a ficar gravado no meu pensamento. Era tudo que eu queria desde o momento em que eu cruzei meu olhar com o dela, e ele realmente estava acontecendo, e o melhor eu agora sabia que era exatamente o que ela queria também.


(Olá minhas gatas,gatissimas fic do nosso vampiro postada!
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Is It Love? Nicolae Sombras do passado...Onde histórias criam vida. Descubra agora