👑 Capítulo 2👑

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Eu fecho o meu armário e me assusto quando eu olho para o lado e do de cara com quem eu menos quero ver. Perfeito, não é como se meu dia estivesse sendo um arco-íris mesmo.

—Laninha baby. —Matt diz fazendo com que meus ouvidos sangre com esse apelido ridículo.

— O que você quer ? — pergunto de uma vez.
Matt vem me perseguindo desde que eu descobri que era alvo de uma aposta no primeiro ano e eu disse que nunca sairia com ele com ou sem aposta, porém o tiro saiu pela culatra e ele levou isso como uma desafio.
Coitado seu pobre ego de menino popular está ferido. Como eu me atrevo a não me jogar em seus pés.

— Que vá ao baile comigo. —ele se escora no armário ao lado me dando o que provavelmente é o seu melhor sorriso, o que é um ótimo sorriso. Não vou mentir ele é lindo, cabelos castanhos claros, olhos verdes e um corpo magro bem definido de um Quartback, o tipico garoto da casa ao lado, mas não há beleza no mundo que anule a falta de caráter, ele é um babaca egocêntrico e que aliás, namorou com a Barbie cristã e se isso não é uma placa neon para ficar bem longe dele, eu não sei o que é.

—Não. — digo e simplesmente me viro e começo andar, ele vem atrás e para na minha frente fazendo com que eu tenho uma parada brusca.

— Qual foi Laninha, essa é a última semana de aula é você não vai me dar uma chance? Você sabe que eu lambo o chão que você pisa.

— Acho que você esqueceu um pedacinho ali. — ponto pro chão e passo por ele. Ele corre e para na minha frente novamente, dou um bufo irritada.

— A reposta ainda é não.— As pessoas passam por nós algumas nos esbarrando como se não estivéssemos aqui e outas nos encarando como se não tivessem coisa melhor pra fazer.

—Vou ter dar só três opções e o não, não é uma opção. Você pode vim ao baile comigo, eu posso ir com você ao baile ou nós vamos juntos ao baile. E ae o que me diz?
Eu estava preste a dizer não novamente quando meu olhos se encontram com o da Barbie cristã do outro lado corredor e se olhares pudessem matar eu estaria estirada no chão com três tiros de bala.
E eu me lembro o que ela aprontou hoje de manhã e lanço um sorriso malicioso para ela e olho para o idiota na minha frente que ainda estava falando.

—Tudo bem.

—Você não pode dizer não.. espera aí , você disse que sim ?— ele me olha chocado.

— Me busca as sete, você conhece o endereço.— passo por ele novamente e ele não me segue dessa vez.
Pisco para Melanie quando passo por ela e vou para minha próxima aula. Sei que isso vai dá merda e que provavelmente vou me arrepender...
quem eu estou querendo enganar, eu me arrependi no memento em que disse sim.
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— Fiz merda. — digo assustando minha amiga Nick com o barulho da minha bandeja batendo na mesa do refeitório com toda força do meu arrependimento, me sento e coloco rosto entre as mãos.

— E quando é que você não faz ? — ela diz enquanto abre em um pequeno espelho de mão e ajeita seu laço azul, no seu lindo cabelo rosa.
Nicoletti é o que podemos chamar de excêntrica, pra dizer o mínimo. Ela muda a cor do cabelo toda semana, tem um dos braços fechado de tatuagens, e se veste como uma pin-up dos anos 50.

Na minha opinião ela é linda, mas não se encaixa nos padrões e rótulos da sociedade, assim como eu, o que a fez ser perfeita para mim, duas desajustadas de maeniras diferente mas que de alguma forma se completa. Ela me disse uma vez que rótulos foram feitos para produtos e não para pessoas, ela era livre de mais pra se colocar em uma prateleira. E foi assim que eu ganhei a minha única e melhor amiga.

A Rainha PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora