The Omega Revolution

Ao Avesso

A manhã chega com músculos rígidos e um estômago enjoado.

Jimin rola para fora da cama com um grunhido, palma massageando a região debaixo de seu umbigo. Ele muda de roupa com os olhos semiabertos, mente lentamente registrando o novo dia. O banheiro está vazio quando Jimin entra e ele vai direto para uma das cabines. Quando fica claro que o motivo de seu estômago inchado não está nada relacionado com algo que Jimin comeu, ele puxa a descarga, saindo da cabine com uma careta. O ômega não é estúpido, ele já percebeu que tudo que ele está sentindo ultimamente não é mais por causa dos vegetais.

Talvez nunca fora.

Na pia, Jimin joga água fria em seu rosto, sentindo calafrios pelos seus braços. Ele leva um momento para olhar para seu rosto, sua mão direita inconscientemente indo de volta para sua barriga. Há um grande espelho bem no fundo do banheiro e Jimin caminha para lá. Ele morde seu lábio inferior, debatendo consigo mesmo antes de finalmente levantar sua camisa. De frente, tudo parece normal e Jimin relaxa um pouco. Lentamente, ele vira de lado. É aí que seu coração para.

O inchaço debaixo de seu umbigo é pequeno, apenas uma leve curva. Ninguém iria notar que estava lá a não ser que eles estivessem encarando. Como Jimin está fazendo agora. Ele engole a seco, percorrendo um dedo para baixo até chegar na bainha de suas calças, a abaixando até o fim de sua cintura. O ômega encosta algumas vezes, coração aquecendo enquanto sua mente começa a viajar, imaginando cenários que terminam com um pequeno filhote em seus braços.

Será que ele ficaria bonito com uma barriga grande como a de Hoseok? Será que seu alfa percorreria suas mãos sobre isso, apreciando o quão bem o ômega havia usado seu sêmen?

Seu alfa... Que porra?

Com raiva de seu próprio corpo, Jimin pressiona sua palma contra o inchaço, tentando fazer voltar ao normal. Isso manda um choque de dor direto para seu tronco, fazendo o ômega choramingar em protesto. Lágrimas surgem nos olhos do ômega quando, não importa o quanto ele empurre, o inchaço não sai. Praguejando, Jimin solta sua camisa, o tecido efetivamente escondendo seu corpo. Ele caminha para as fileiras de pias, palmas se inclinando sobre uma delas enquanto ele respira profundamente, engolindo suas lágrimas.

Ele está frustrado com suas próprias reações, frustrado com esse lado dele que quer e quer.

"Jimin?" Jungkook entra no banheiro naquele exato momento, toalha jogada sobre seus ombros. As sobrancelhas do alfa franzem ao ver a angústia evidente no rosto do ômega. "Você está bem?"

Jimin está prestes a dizer que sim, dar de ombros, mas a preocupação genuína no rosto de Jungkook não o permite fazer isso. De algum jeito, ela prende as palavras em sua boca.

"Podemos deixar o treinamento para outro dia?" Jimin pergunta, desviando o olhar de Jungkook.

O alfa abre sua boca para perguntar o porquê, para exigir uma resposta apropriada, mas ele se segura. Não é seu lugar, se Jimin quisesse compartilhar suas preocupações com ele, ele iria. Pressionando seus lábios, Jungkook assente.

"Obrigado," murmura Jimin, passando pelo alfa numa pressa.

Jungkook exala, pendendo sua cabeça para baixo em derrota.

Hoseok respira.

Ele respira profundamente, se apoiando contra a parede para suporte, antes de voltar a caminhar. Ele tenta não grunhir, ele tenta ser o pai doce que todos esperam ele ser desde que descobriram que ele estava grávido. Ele tenta atender as expectativas. Entretanto, quando você tem um filhote usando seus órgãos como saco de pancada, ser doce é algo raro. Então Hoseok se dá por vencido, murmurando profanidades dirigidas para Namjoon, amaldiçoando o dia em que ele abriu suas pernas. Um verdadeiro momento de fraqueza.