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Estava frio, a neve cobria meus joelhos e cabelo, meus braços tremiam e eu não ousei deixar-me ir, eu não podia. Bati na porta pela sétima vez naquele minuto, prendendo-me aos últimos resquícios de força, até escutar o movimento em minha direção, talvez eu estivesse a delirar. 

Mas Will com suas pequenas mãos, abriu a porta e me segurou carregando-me para dentro, eu estava a delirar e por Deus, que ninguém ousasse me tirar de tal delírio. 

Eu sorri segurando sua mão quente nas minhas, ele suspirou olhando nos meus olhos. Ele estava quebrado e era culpa minha, desculpe-me, desculpe-me. 

Eu te amo.  Murmurei antes de deixar com que o sono me perseguisse como a tempos não perseguiu. 

 Eu te amo. Tornei a dizer no momento em que senti o calor de seu corpo contra o meu. 

— Me perdoe. Foi meu último sussurro sentindo seus pequenos dedos em meus fios de cabelo. 

Eu voltei a sentir-me completo, e estava sendo egoísta, naquele momento eu não me importei. Perdoe-me por isso, mas eu precisava.  

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