The Magnificent Clarke's Circus [EM PAUSA]

Prologo

Foi durante a noite o momento em que a minha vida mudou.

O circo tinha chegado à cidade fazia um tempo e meus pais, depois de eu implorar um monte para irmos, concordaram em me levar. Meu pai nunca foi um bom homem, sempre que eu fazia qualquer coisa que ele não aprovava eu apanhava, e uma criança de 5 anos não tem como se defender, a minha mãe também não gostava muito de mim então ela não dava muita importância.

Foi uma tarde relativamente boa, apesar de meus pais estarem bravos comigo pois tinha derrubado meu algodão doce sem querer.

Nós já tínhamos visto praticamente todas as atrações do circo e naquele momento estavamos vendo o show principal, onde os trapezistas, malabaristas e todos do circo se apresentavam. A moça dos cavalos, uma loira de uns 20 anos muito linda, tinha acabado de fazer seu número, esse tinha sido sem dúvida o meu favorito.

Ela dava comando as cavalos e fazia vários truques, foi maravilhoso, me fez pensar em como seria legal fazer aquilo. Logo após a moça, que foi apresentada como "Katherine Clarke, a encantadora de cavalos", sair, eu sem querer derrubei suco no meu pai, que levantou super bravo então eu soube que iria apanhar.

Ele me puxou com força pelo braço até o lado de fora e foi até a parte de trás da tenda do circo e começou a me bater, eu tentava escapar mas ele era muito forte e tudo que eu conseguia fazer era chorar.

Até que depois de um tempo eu consegui fugir dele. Eu corri em uma direção aleatória, minha visão estava turva por causa das lagrimas então eu não conseguia ver muita coisa mas mesmo assim eu olhava várias vezes pra trás pra ver se meu pai estava me seguindo.

Até que eu senti meu corpo parando bruscamente e eu percebi que havia a batido em algo, ou melhor em alguém.

Eu olho pra frente e percebo que havia batido na moça dos cavalos, ela era mais linda frente a frente, mas eu não pude reparar muito pois quando eu olho pra trás novamente eu vejo meu pai.

Não penso duas vezes eu só vou pra atrás da moça e tento, falhamente, me esconder. A moça vê que eu estou correndo do meu pai e de primeira não entende o porque, até que ela olha pra mim e percebe os meus machucados.

Meu pai chega perto dela e começa a brigar falando que eu sou filha dele e que eu deveria ser castigada e diz muitas outras coisas ruins sobre mim que eu prefiro nem lembrar.

Ela fica muito brava com ele chama por dois caras e pede pra tirarem meu pai dali, então ela me leva o pra um quarto que eu acho ser seu. Ela cuida dos meus machucados e me acalmar ate eu parar de chorar, depois ela pergunta se eu tinha outro lugar pra ficar. Mas eu não tinha.

Meu avós já haviam morrido e os meus pais eram filhos único, ou seja, eu não tinha nenhum parente vivo.

A última coisa que eu me lembro desse dia é dela me dizendo pra eu não me preocupar que a minha vida ia mudar pra melhor a partir de agora.