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" Na embarcação

Do seu olhar

Desancorei

Fiquei no ar

Pisei o céu

Cruzei o mar

Atravessei

Não sei voltar. "

Tempo de se amar – 5 à seco

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Já haviam passado nove dias desde o meu jantar com Diogo e ele não tinha mais aparecido, por fim eu já tinha entendido que realmente a nossa aparição na vida um com o outro seria rápida apesar de sempre em algum momento do dia me pegar pensando nele.

Minha vida estava voltando aos eixos, estava de volta a minha rotina de ir para faculdade de manhã e o começo das tardes livres, nas quais eu sempre aproveitava para ir até a praia ou andar pela cidade fazendo o que eu amava que era tirar fotos, estava emprenhada a reconstruir meus álbuns e a minha parede de lembranças as três da tarde eu ia para o meu emprego no estúdio e saia de lá as oito horas da noite para ir de volta para casa.

Babi havia conseguido me arrastar para a balada duas noites, e eu tinha me divertido, tinha conhecido pessoas e até beijei alguns carinhas, estava feliz em estar finalmente curtindo minha solteirice, mas a vida de balada era cansativa, e era por isso que eu estava agora tentando evitar uma terceira noite que seria mais tarde. Minha cabeça havia parado de doer também, estava decidida a cessar com os analgésicos por conta própria e tinha voltado a tomar o único medicamento que Doutor Ciro havia me receitado em nossa última consulta.

Citando meu médico, ele também tinha mais uma vez entrado em contato nesta semana, mas eu não o respondi, não me sentia preparada para dizer para ele e para ninguém que eu não estava disposta a tentar. Eu só estava seguindo a vida como se o maldito tumor não existisse.

Eduardo não me deixava espaço, depois de me ligar quatro vezes nos últimos dois dias e ter sido ignorado, tinha resolvido me mandar mensagens nas redes sociais, as quais não hesitei nem por um segundo em bloqueá-lo. Parecia me sufocar pensar que ele tinha tomado a decisão que no início me chateou tanto agora me chateava o fato dele parecer ter se arrependido. A única coisa que eu lamentava não estar com Eduardo estava ligada ao sexo.

Eu precisava transar. Isso estava me deixando louca. Eu nunca consegui ser a liberal e manter sexo casual com estranhos, até tinha pensado em tentar na semana passada com o cara que eu beijei na boate, mas simplesmente travei. A minha única experiência sexual tinha sido com Eduardo e eu não tinha o que reclamar, me sentia satisfeita e sempre pensei que não tinha como ser melhor que aquilo, quando estávamos juntos apesar dos anos de relacionamentos éramos muito ativos, costumávamos transar todos os dias e ter cessado com aquilo estava me deixando muito mal-humorada.

E esse era o motivo por eu estar saindo do shopping agora, tinha saído do estúdio e entrado no shopping que ficava bem perto, andei até o sex shop que eu era cliente frequente comprando coisas inovadoras para quando eu tinha um namorado, a dona era uma senhora chinesa simpática que já me era uma velha conhecida ficou um pouco surpresa quando ignorei os apetrechos de se usar a dois e escolhi um vibrador de última geração. Eu estava decidida a gozar nem que fosse por meios próprios, já que não pretendia arrumar um namorado e tinha vetado também a opção de transar com qualquer um.

FIQUE COMIGO (DEGUSTAÇÃO) DISPONÍVEL AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora