Emoções : O Concurso

Capítulo - 15 Natação

Estava bem desanimada naquele dia, pois era um dia importante para ela, porém seus pais não poderiam estar presentes novamente em uma competição. Sua irmã e fiel escudeira só de olhar entendia exatamente o que passava pela sua mente.

− Mana! Olha para mim! – Ela levanta a cabeça e tanta sorrir – Não fica assim, você sabe que eles estariam aqui se pudessem. Foi um imprevisto.

− Imprevistos que só acontecem quando é um dia para ser só meu. −Disse com voz de choro

−Seu treinador está te chamando para aquecer! – Ela vai em direção a ele −Onde pensa que vai sem me dar um abraço? – Para e recebe um abraço muito apertado – Te amo o ouro é seu!

Olhou para irmã e foi em direção ao seu treinador que a pediu para ir aquecendo. Enquanto aquecia observava pela última vez a piscina da sua escola. Iria sentir saudades de quando começou as suas primeiras aulas e assim que criaram um time de natação fez a seletiva e consegui se classificar e se a escolhida para representar a escola no nado Crawl e borboleta. Poderia ter fico em todos, mas preferiu focar em dois para sempre conseguir a medalha de ouro e foi o que aconteceu durante todo os anos que participou. Nunca perdeu uma competição, mas infelizmente sua próxima série não tinha na escola.

−Vou sentir sua falta. A minha melhor atleta. – O treinador diz e a faz sair de suas lembranças

−Também vou sentir falta dos treinos, da bagunça com a equipe, dos passeios – o treinador foi franzindo a testa e ela se divertindo – das medalhas, da animação de ter a torcida gritando seu nome e – colocou a mão no queixo como se estivesse pensando – de você treinador.

Foi em sua direção e o abraçou, pois ele a ajudou nos momentos em que não acreditava que seria capaz de vencer. Nunca duvidou da capacidade dela.

−Já pensou em ser uma atleta profissional? – Perguntou para ela

−Sim! Ainda não faço ideia do que quero ser, mas sinto que não é ser nadadora. Preciso encontrar algo que me faça nadar na vida. Espero nessa nova escola eu descobri – Responde com um sorriso

− Tem toda razão, mas se descobrir que viver na piscina é para você, não deixe de me procurar, mesmo não sendo mais seu professor.

−Pode deixar! – Ouve o anuncio da próximo bateria e precisa se aprontar para nadar− Muito obrigada por tudo e se eu não vencer hoje. – É interrompida pela gargalhada do treinador

−Você realmente quer que eu acredite em papai noel? Nunca perdeu uma. Não vai ser na sua última que isso vai acontecer! Confio em você. – Levantou o rosto dela e falou com um sorriso− Sei que gostaria da presença dos seus pais e está triste com isso, entretanto talvez tenha uma bela surpresa.

−O que está aprontando? – Ela questiona

−É a sua vez de nadar, vai acabar se atrasando. – Fala firme

Percebeu que não ouviria a resposta desejada. Se encaminhou para a sua raia, se posicionou. Queria fazer seus movimentos habituais ao se posicionar, mas teria que olhar para a arquibancada e perceber que os pais não estavam presentes iria doer. Somente fechou os olhos e aguardou ouvir o sinal para começar.

Pulou na água e seusmovimentos eram sincronizados, pois enquanto as pernas alternavam chutes com leves flexões dos joelhos, os braçosexecutavam as fases submersas e aéreas. Embaixo da água, o movimento dos braçosparecia uma letra S e eles estavam sempre perto do corpo. Já fora da água, oscotovelos flexionavam-se a sair um pouco antes das mãos. Usava a técnica de respiraçãoque mais se adaptou a 3x1, dava três braçadas e respirava. Chegou ao final da piscinae voltou e jogou toda sua raiva, tristeza, frustação, incentivo nas últimasbraçadas e quando bateu a mão na borda da piscina. Sentiu que deu o seu melhor equando olhou para arquibancada as lágrimas rolaram, pois, seus pais estavam aolado da sua irmã vibrando e aplaudindo. Não sabia explicar o que sentia nomomento, mas estava surpresa ao ter atenção deles só para ela.