Heart Of Flowers. terminado.

Centáurea

  Centáurea: Significa sensibilidade. Sentimentos podem ser apenas um modo de nos auto destruirmos ou um modo de reconstrução   

2 Anos Atrás // Killua

Killua estava enlouquecendo. Suas tosses frequentes vinham agora com pétalas, muitas vezes com jacintos. Sua falta de ar era a todo momento. Sentia sempre algo preso em sua garganta. A sensação era horrível. As coisas pioravam quando ficava muito tempo longe de flores ou até mesmo do sol.

Ele tinha dúvida se poderia contar a família. Se contassem qual seria a reação? Simplesmente dizer que andara ingerindo flores e de modo repentino se viciando, tão como começara a expelir flores? Não. Tinha que descobrir sozinho o que estava ocorrendo.

Passará a procurar nos sites comuns. Como de doenças e médicos especialistas. Nada. Qualquer coisa similar eram ingerir flores venenosas, mas os sintomas eram totalmente opostos. Pensará em ligar para Leorio, mas se fosse uma simples doença Alluka poderia curar. Mesmo assim o impasse de contar o que andara ocorrendo era absurdo.

Ignorara a chance de pedir ajuda e voltou a procurar. Em nenhum site nem nos restritos haviam quaisquer informações sobre a doença. Killua tentava manter a calma, mal conseguira. Odiava se por dentro toda vez que tinha que ingerir uma flor para se sentir melhor, mesmo a sensação fosse maravilhosa, sabia que tinha que parar.

Deixara o computador frustrado. Pensara em ir a biblioteca de sua casa. Um local esquecido pela própria família. A única parte ruim, era que o local se dava no subterrâneo da casa, longe do sol e do campo. Respirou fundo e ainda se sentindo mal pela dependência, pegou algumas flores e colocou em uma sacola. Desceu as escadas sentindo seu peito pesar pela falta de ar. Não queria ingerir o alimento ainda, tentou ao máximo controlar a respiração.

Quando finalmente chegou lá depois de uma longa descida, sentiu seu peito contrair e as tosses começar. Não apenas pelo pó no local, mas pela falta de flores. Ficou cinco minutos tossindo sem uma pausa. Quando parou se sentiu um pouco tonto e cansado. Sem reclamar com sigo mesmo mentalmente, ingeriu uma flor. Não podia negar que aquilo fazia muito bem para si mesmo. Quando a tontura passou percebeu que em todo ao seu redor, por causa da tossi, jaziam milhares de pétalas de diversas cores ao seu redor. Notará que a maioria eram cores escuras, azul e roxo. Entendera porquê. Achou por um instante bonito o contraste daquelas cores escuras com as pétalas amarelas da tulipa e rosa. Sacudiu a cabeça e começou a procurar.

Não sabia quanto tempo passará lá embaixo, apenas que estava preste a desmaiar com aquele lugar fechado. Lerá todos os livros de doenças que encontrara e nada. Começara a se sentir extremamente mal e confuso. Engoliu em seco e caminhou até a saída. Olhou para trás vendo a imensa biblioteca. Deveria ter algo ali. Suspirou e caminhou até uma estante de literatura. Puxou um livro com uma capa de flores em volta de uma mão, na qual o indicador estava machucado. Sabia que não iria adiantar nada já que era apenas literatura, mas mesmo assim levou consigo.

Depois de pensar, concluiu que seria melhor pedir ajuda, mesmo não querendo envolver ninguém em seus problemas. Dá última vez, não dera tão certo.

No começo Alluka, dera um mini sermão sobre disser o que está acontecendo e que se preocupava muito com Killua e que não deveria ser tão irresponsável. O outro apenas permaneceu quieto conforme a irmã falava. Depois de um tempo conversando sobre o estado do irmão, Alluka pediu para que ele se deitasse. Um momento de tenso se pairou por eles no momento que Alluka fez o pedido do irmão e o mesmo começara a tossir flores. Ela entrara em pânico enquanto Killua tentara ao máximo acalma-la.

Alluka permaneceu em desespero enquanto via o irmão cansado sair da sala. Killua gostaria de um momento sozinho. Ele tentara não a envolver por medo que ela entrasse em pânico, mas agora lá estava ela. Mas não podia mentir para si mesmo que estava com medo. Tinha medo da doença. Tinha medo do que ocorreria com ele. Tinha medo que não conseguisse acalmar Alluka. Estava com medo.

Agora eu estou aqui. Me recusei a aceitar. Me recusei a chamar. Me recusei a pedir ajuda. Agora estou aqui. Perdido na escuridão que eu mesmo criei por medo. Um medo idiota. Um medo presente.