Narciso

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  Narciso: A flor do egoísmo. A certa diversidade nessa palavra. Tão como uma pessoa querer tudo apenas para si ou alguém cuja os problemas estão a o corroer, mas pelo seu egoísmo prefere deixar a dor apenas para si.   


1 ano atrás // Killua

O desespero havia tomado conta da casa Zoldyck. A aura de todos estava pesada e possivelmente estressada. Depois que Alluka passara a mensagem do estado do irmão, todos literalmente pararam. Não aceitavam mais trabalhos, agora o foco total era do estado de Killua e de achar um modo de ajuda-lo.

Como pensado pela pequena forçou Killua a ligar para Leorio. Explicara cada detalhe da sua atual situação. Sonhos confusos, tosses de pétalas e sangue, sua atual alimentação e sua principal falta de ar. O outro como esperado, não teve reação, apenas respondeu que tentaria ajudar procurando uma maneira. Alluka se decepcionara de primeira enquanto Killua tentava permanecer indiferente.

A família preocupada com ele, fizera um local no jardim para que o próprio pudesse ficar. Começara a dormi do lado de fora. Todos estavam meio preocupados com o emocional dele. Claro, mesmo dizendo que assassinos não tinham sentimentos, todos notaram que aquilo estava de tão forma conectado com o emocional do pequeno.

Os Zoldyck, mais precisamente Kalluto, tivera a ideia que Killua para melhorar seu humor ampliasse seu cardapio. De ínicio todos não entenderam a ideia, mas logo explicara. Fariam comidas com flores, chás das pétalas entre algumas sobremesas. A ideia quando posta há prova parecia ótima, mas no final falhara terrivelmente. A questão todos os alimentos tinham mais que flores (Farinha suco carnes) e como antes Killua sentira a irritação no estômago e expeliu tudo. Agradeceu a tentativa no final.

Killua se encontrava meio desconfortável com toda atenção que recebia. Todos perguntando se estavam bem e muitas vezes lhe dando bebidas e comidas que fossem consideradas 'rémedios'. O pior eram quando questionavam que se havia lhe contado tudo, doía dizer que tudo que sabia já havia dito. Ele apagara tudo que se ligasse a Gon. Seus sonhos, pensamentos, declaração e que tudo havia começado depois dele. Sabia que se notassem que Gon se conectava com sua doença, seria caçado.

Depois de uma breve fuga de seus parentes chegou ao jardim. Como sempre se sentira incrivelmente melhor com sua estadia ali. Suspirou com o fato irritante. Caminhou até uma cama que haviam feito para ele. Algumas folhas gigantes consideradas macias por Milluki posta de modo para que o mesmo possa se deitar. Se sentou ali e deixou seu olhar cair no livro que havia achado na biblioteca. Encontrou ele no fim do último ano e até esse ponto não havia nem o aberto.

Sem pressa começara a ler. Estranhara como os fatos se conectavam tão bem. Sentiu seu peito aperta a cada página lida. Aquilo poderia ser apenas loucura. Nas próprias páginas dizia que aquilo era apenas literatura, não havia ligação com a vida real. Começara a entrar em pânico. O livro não era tão longo, mas conseguia descrever o que ele passava. Na última página viu que alguém tinha rasgados elas já que terminara de forma indecisa e com o resto da mesma faltando. Virou o livro vendo a sua contracapa. Sentiu o ar de seus pulmões saírem por seus lábios entreabertos. Jazia um mapa. No seu centro se encontrava uma pequena flor marcando o local. Aquele era o local.

Depois daquela descoberta de forma insana, Killua correra para seu destino. Aquela era sua única pista do que estava a ocorrer consigo. Sabia que a viagem poderia demorar ainda sendo a pé, mas não se importava. Sabia que as flores que se encontrava em qualquer ponto poderiam recuperar sua energia.

O local que encontrara depois de uma viagem de sete horas, usando sua velocidade anormal por causa de sua aura, era uma casa caída aos pedaços, duvidaria se alguém dissese a ele que morava ali. Sem muitas escolhas me mão bateu na porta. Esperou por um tempo e ninguém lhe responde. Abriu com certo medo e entrou.

Tão como fora o local dentro era bagunçado e sujo. Depois de varrer o local com o olhar, percebeu que jazia uma pessoa sentada em uma cadeira ao fundo. Caminhou até a pessoa e forçou o olhar para tentar ver quem era. Recuou um passo percebendo ser Palm.

A outra sorria para ele. Ela tentou conversa com o outro, mas Killua desviou todo o assunto do porquê de sua moradia ali e se poderia ajuda lo. Ambas as respostas foram tão simples que o outro estranhou. "Claro com um preço" foi o que disse quando terminou de explicar sua situação. Ela lhe entregou um papel mostrando a quantia que deveria lhe entregar.

Saio do local boquiaberto com os números da folha. Havia grande parte, mas ainda faltava certa cota. Sabia que não poderia pedir ajuda a sua família. Sentia que já havia os envolvidos demais. Sabia que Leorio estaria usando seu dinheiro com uma prioridade maior do que seus problemas. Kurapika sumira, e seria horrível apenas encontra-lo para dizer que precisava de dinheiro. A agencia com certeza o ajudaria! Fora decidido ao local.

Fracasso. O xingaram de louco dizendo que apenas um insano alegaria estar com uma doença literária. Mesmo depois mostrando que o sangue e pétalas de sua boca, disseram que seria melhor se fosse honesto com o caso. Respirou fundo quando se viu chutado do local.

Sabia que só lhe restava uma pessoa. Se odiou por dentro. Passou uma semana tentando aceitar a ideia de pedir ajuda a ele. E cada dia mais decidido vendo sua família se tornando cada vez mais presente de forma desagradável. Por fim, pegou o telefone principal da casa e discou o número tanto temido por ele.

"Oi Gon"   

Heart Of Flowers. terminado.Onde histórias criam vida. Descubra agora