My Baby Sister

UM

Cecile tinha um zelo excessivo pela sua filha mais nova. Ser mãe depois de tanto tempo mexeu muito com ela. Principalmente durante o primeiro ano de idade de Daniela, mesmo com todas as propostas feitas por Iris para cuidar da menina, ela nunca deixava a sua filha para trás, quando precisava sair da cidade.

Mas as coisas mudaram naquela ocasião.

Ela e Joe acabavam de se casar e mesmo amando a filha mais nova tanto quanto sua atenciosa mãe. Joe disse a Cecile que a Lua de Mel era um momento deles. Tentou não soar egoísta, porque realmente não estava sendo. Daniela tinha pouco mais de um ano e nunca passara mais do que algumas horas com Iris e Barry, por causa da insegurança de Cecile. E algo que ele sempre admirou foi: a união entre seus filhos. Gostava de como Barry e Iris se colocavam a disposição para cuidar da menina.

Era certo que Iris tinha muito carinho pela sua irmã e que era correspondido. Daniela era uma criança fácil de apaixonar e se apaixonar.

Mas como a bebê de Joe saberia a diferença de um amigo que vem visitá-los de vez em quando para Iris e Barry? Que eram sua irmã e seu irmão adotivo se não tivessem desde cedo uma proximidade de irmãos?

– Você venceu – Cecile disse já cansada de ouvir os argumentos do marido – Vamos deixar ela com os seus filhos.

Arrependeu-se no segundo em que a ultima palavra saiu da sua boca.

– Ótimo – Joe comentou percebendo sinais de que ela mudaria de ideia e não esperou nem ela abrir a boca, já foi logo avisando – Vou ligar para Iris.

Quando o casal foi buscar a menina, assim que Barry abriu a porta, Daniela praticamente pulou dos braços da mãe para correr toda desengonçada em suas pernas gordinhas na direção dos dois.

Iris pegou a pequena no colo e ela toda alegre abraçou a irmã enquanto dizia com a sua vozinha fofa:

– Ais! Bear! – Mal tinha terminado de cumprimentar sua irmã mais velha já foi pulando nos braços de Barry.

– Tô tão feliz que você finalmente vai deixar a Dani passar uns dias com a gente.

– Eu também – Dizia Joe descendo as escadas com a ultima mala do casal.

– Bom... – Cecile estava séria. Tentava não demonstrar sua preocupação, mas não teve muito sucesso.

– Olha – Iris pegou as mãos de Cecile – Vai pra sua lua de mel, se diverte, não se preocupe com nada. Dani não poderia estar em mãos melhores.

A mulher mais velha olhou para Dani que ria alto das coisas que Barry dizia para ela, ou melhor, do som que ele fazia ao falar. De certeza que ele estava fazendo suas cordas vocais vibrarem deixando sua voz diferente, meio robótica.

– Eu sei – A admissão saiu de sua boca num tom contraditório.

Mais tarde, depois de uma longa despedida e de volta aos braços de Barry, Dani repetia o aceno que ele e a irmã faziam para seus pais enquanto o carro de Joe ia embora

– Vamos pra casa, Dani? – Perguntou tirando a pequena dos braços do seu marido.

– Vou colocar a cadeirinha dela no carro.

Barry usou a velocidade, mas Daniela começou a chorar, assustada com aquela movimentação dele.

– Tinha esquecido que a supervelocidade assusta ela – Barry olhou preocupado para a menina.