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Valentina

Eu e JP já estávamos no castelo aparentemente tudo calmo todos dormindo menos nós ele me olhou me envolvendo com seu abraço maravilhoso.

- tem certeza que é isso o que queres fazer?

- sim eu preciso tirar essa dúvida de mim do meu ser. Preciso muito saber se o meu pai ainda esta vivo. - Ele fez um sinal para que eu o seguisse, assim o fiz.

Seguimos por um corredor estranho iluminado apenas por uma tocha que ele carregava consigo, descemos uma escada que nos levou a um lugar cheio de cômodos. De certo tínhamos chegado, os cômodos eram iluminados por algumas tochas acesas uma em cada parede, o vigia parecia estar dormindo sobre um colchão estirado ao chão.

- não faça barulho valentina.

- claro, mas precisamos ver os presos e falar com eles.

- mas há essa altura eles já devem estar dormindo.

- mas vamos ver mesmo assim. - Ele fez um sinal positivo com a cabeça e fomos passando de cela em cela olhando cada rosto iluminando com a tocha, e mesmo que estivessem dormindo se eu o visse saberia. O mais estranho e que dessa vez minha conexão com o fogo parecia nula e sem ânimo só exercia a função de clarear o caminho.

Não senti mais nada além da ansiedade de encontrar o meu pai. E como tinha cômodos aquele calabouço, passamos por cada um olhando os mínimos detalhes alguns cômodos estavam vazios alguns com muitas e poucas pessoas, pessoas de todos os jeitos tatuados com emblemas, símbolos que eu as vezes conhecia por ver em livros. Outros eu nem sequer imaginava que existissem, fora os visuais que pareciam sombrios e fora da realidade capas pretas, brancas era uma mistura bem variada de pessoas talvez até inocentes não sei, quem sou eu para julgar. Se o louco namorado da minha irmã soubesse da força que as chamas exercem sobre mim, de certo eu estaria presa aqui com eles.

E nenhuma era ele.

- ele não está aqui. - Chorei um pouco. JP me abraçou e plantou um beijo em minha testa.

- calma ele ainda pode estar vivo pode até mesmo ter conseguido escapar. - Ele sabia muito bem como me acalmar, mas e se não estivesse bem? E se estivesse vivo porque se esconder assim?

Saímos daquele lugar sujo e ríspido eles deviam tratar melhor as pessoas. Saímos e ele me levou para ver as estrelas em um lago próximo do castelo.

Uma noite de lua bem linda que refletia toda a sua beleza naquele lago nos sentamos no pier de madeira que havia alí, ele abraçado a mim que não me contive e chorei um pouco eu estava bem frustrada com toda aquela situação...

JP Johnson

A minha pequena parecia tão frustrada, a cobri de esperanças mas não me contive quando ela chorou, senti meu coração se estremecer confesso que chorei junto com ela.

E vendo ela alí em meus braços tão frágil em meio a todo aquele luar, lembrei de um detalhe que ainda não havia mencionado. Meu irmão tem outro lugar cujo qual ele manda as pessoas mais perigosas, o pai dela pode ter ido por engano junto com elas. Mas eu não disse para ela não se frustrar em uma situação assim.

- queres ir para sua casa eu te levo até lá? – Ela olhou em meus olhos.

- quero ficar aqui mais um pouco com você. - Ela parecia tão triste só abraçei e a beijei.

Imagino o que ela pode estar sentido, o nosso pai foi assassinado bem na nossa frente mas JK foi o que presenciou crime aquelas pessoas agiam de um jeito estranho estavam encapuzados  de branco e preto usavam símbolos estranhos nas mãos, talvez por isso meu irmão seja tão incompreendido com as pessoas que aparentam ser feiticeiros.

Todos esses sentimentos só nós levam a acumular ódio por tais coisas, mas eu não sou assim. Nunca fiz mau a ninguém só seguia o meu irmão porque gosto dele e pra me certificar que não maltratasse ninguém inocente.

Ela cochilou um pouco em meus braços e eu acabei por acorda-lá e levando para sua casa afinal não podia dormir alí a beira do lago frio e gélido.

- obrigado por tudo meu amor. - Disse enquanto me beijava.

- sempre estarei ao seu lado. - Ela me abraçou e entrou. Fui em direção ao castelo notei alguns olhares curiosos do povo do vilarejo, mas segui o meu caminho.

Chegando em casa eu só pensava em tudo o que tinha acontecido comigo com ela e no dia em que nos vimos pela primeira vez, em como pude me apaixonar tão rápido por essa mulher, minha mulher que agora quero sempre perto de mim.

Entro no castelo subi as escadas e perto do quarto de JK ouvi uma voz de mulher, era parecida com a voz de Emma. Bem devias mesmo de ser já que não havia visto hoje. Passei e fui em direção ao meu quarto deitei na minha cama e refleti mais um pouco sobre o que eu devia ou não fazer.

Continua...

A feiticeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora