Capítulo 8

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- NOTAS DA TRADUTORA - 

Eu resolvi não traduzir as notas iniciais da autora porque ela basicamente repete tudo que já foi dito nos outros capítulos.

Então, eu achava que só iria poder postar esse capítulo depois do carnaval, mas, pela primeira vez, isso foi antecipado. Esse é continuação do 6, é o que acontece depois do Victor aparecer na porta do Yuuri, caso vocês tenham se esquecido e tenham preguiça de reler. Espero que gostem. Obrigada por todos que comentam e votam, salvam em suas listas de leitura ou só leem mesmo <3 (e muito obrigada pelos que me seguem hahaha, já me incentiva a postar meus originais).

AH, LEIAM AS NOTAS FINAIS, TENHO UMA COISA TRISTE E IMPORTANTE PRA DIZER. (Você quer programas de tv que deixam a reportagem mais legal por último só pra fazer o telespectador assisitir tudo? [mas é sério mesmo, gente])

VALEU, 

!!! AVISO DE TRIGGER: DESCRIÇÃO DE ATAQUE DE PÂNICO - Caso você não lide muito bem com esse tipo de assunto, recomendo que pare de ler a partir de 'Yuuri suspira, observando seu filho fingir uma respiração profunda e regular.' e volte a ler a partir de 'Garoto dos hamsters' !!!

***

"Victor, você precisa ir embora." A voz de Yuuri soou trêmula e vacilante, como alguém tentando se equilibrar em uma corda bamba. Palavras saindo de modo lento e cauteloso ao redor do nó formado em sua garganta, ele nunca imaginou que algo assim pudesse acontecer. Yuuri Katsuki, Rei da Especulação, nunca havia nem mesmo considerado a possibilidade de Victor aparecer completamente bêbado em sua porta. Victor apenas grunhiu em resposta.

"Vic-"

"Por favor." Victor esmurra novamente a madeira da porta. "Apen-Apenas cinc- Eu só quero... Só deixe ele ficar comigo."

Deixe ele ficar comigo.

Uma sensação de pânico toma conta de Yuuri, apertando seu peito..

"Vá embora!" ele grita. O terror que surgiu em seu estômago saiu rasgando o seu peito como as lavas de um vulcão. "Vá embora! Ou eu ligo para a merda da polícia, eu juro por Deus! Dê o fora daqui!"

"Papai?!" Yuuri ouve seu filho gritar e tudo que ele quer no momento é se trancar com Yuri no quarto deles e fugir para a Terra do Nunca.

"Fique onde está!" ele ordena ao filho em vez disso. "Victor, eu vou contar até 10 para você sair daqui de uma maldita vez!"

"Eu n-"

De repente ele escuta um baque e então um pesado tump tump de passos se espalha pelo corredor. Yuuri agarra o cabo da frigideira com mais força ainda.

"Vamos lá, seu garoto idiota!" alguém rosna. Yakov?

"Yak- não, eu não quer-" Victor protesta com uma voz trêmula, suas queixas soando cada vez mais baixas.

"Ande logo!" Yakov o interrompe de forma ríspida. Mais discussões, um choramingo de dor, passos titubeantes e então apenas o silêncio da noite.

Yuuri espreita sob a porta. Não há ninguém lá. Seus dedos agarram o metal frio da fechadura. Ele deveria ir lá fora e checar a situação?

"Papai?"

Yuuri vira-se em direção a voz e vê um rostinho pálido e amarrotado no fim do corredor. Ele corre e cai de joelhos em frente a Yuri, que rapidamente lança seu corpo trêmulo nos braços do pai.

"Acabou, raio de sol, está tudo bem agora." Ele murmura em seu ouvido, fazendo cafuné em seu cabelo molhado de suor. "Eu vou ligar para o tio Phichit, nós vamos ficar lá na casa dele por um tempinho."

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⏰ Última atualização: Feb 11, 2018 ⏰

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