Nouveau Départ

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Olá gente! Meu nome é Anna Luiza, mas me chamem de Nalu, e eu resolvi escrever uma fanfic, não tenho muito habilidade, mas resolvi me empenhar e gostaria que lessem. Agradeço desde já!

Luz.

Abro meus olhos calmamente, sentindo o calor emitido pelo sol enquanto sua grandiosa luz ecoava pelo quarto. A janela estava aberta, o tempo parecia calmo, e haviam muitas pessoas abaixo aquele hostel no qual eu me encontrava. Dali, era possível observar e conhecer um pouquinho de cada indivíduo em apenas um reparar, desde a senhora da floricultura que vivia regando suas margaridas até o senhor que entregava mensagens de amor, todas elas, contemplando e enfeitando Paris, a cidade iluminada.

- Eu acho tão engraçado, como algumas pessoas não percebem a diferença que fazem na vida de outras. - Tori fala com as mãos sobre os olhos para proteger-se do sol- Robert  entrega lindas mensagens que despertam incríveis sentimentos em quem as lê - aponta de cima da escada para o velho que usava um chapéu francês, uma calça com suspensório e sapatos desgastados - Bethany, oferece a oportunidade de muitas estórias de amor acontecerem com um simples gesto de vender a flor a alguém. Embora muitas vezes suas intenções sejas outras, elas acabam ajudando pessoas, um simples gesto muda a realidade de muitas vidas. Um simples 'bom dia' por exemplo, faz pessoas esquecidas se sentirem especias. - completa com um sorriso espontâneo juntamente com o som de trem e fumaça que ecoava na estação.

Victoria era minha melhor amiga desde a adolescência, nós nos conhecemos na Califórnia, na época de ensino médio. Sem dúvida, a mesma era uma das pessoas mais importantes na minha vida. Tori me ajudou a enfrentar cada momento ruim no colegial, um dos ápices mais difíceis da minha vida. A adolescência não foi benevolente, tive que lidar com os meus próprios monstros e enfrentá-los sozinha, mas quando Tori entrou na minha vida, senti pela primeira vez que não estava só.

- Tori, eu amo tanto suas filosofias de vida! Não quero me livrar delas nunca mais. - faço bico em um tom chorão. - Eu não quero que vá embora, não conseguirei viver sem minha irmã! - falo aflita.

- Camilinha, você é uma menina crescida, não vai precisar da sua amiga babá pelo resto da vida! Aliás você vai pra faculdade agora, é uma adulta responsável, você vai conseguir. - fala convicta.

- Eu te amo! - falo a abraçando - Vou sentir saudades.

Tori havia passado um mês ao meu lado em Paris, agora a menina que tanto me passava confiança, voltava para Califórnia, suas aulas estavam prestes a começar, com os olhos marejados, a mesma, que crescera tão rápido e estava tão graciosa, havia de partir. Tudo seria novo agora, mais do que nunca, eu sentia que esse seria o meu ano, e realmente eu faria ser.

Observo o frenético ritmo dos trens de Paris em plena manhã, a dualidade deles me acalmava. Novamente, havia tido um daqueles sonhos estranhos, não lembrava mais a última vez que eu adormecera sem tê-los durante a madrugada. Todos eles eram iguais e quando mudavam eram apenas pequenos detalhes como roupa das mesmas pessoas que apareciam, ou o corte de cabelo. O sonhos sempre se passavam em uma estação de trem, e eu acordava me recordando apenas disso, mas era como se eu os tivesse vivido enquanto dormia. Até tinha visitado uma médium semanas atrás e ela confirmara que eram lembranças e não apenas sonhos, mas eu não acreditava muito em coisas como aquelas.

Cansada de abraços, vejo a loira de cabelos encaracolados descer a escada, era a hora de partir. Tori iria até o aeroporto e de lá seguiria para a Califórnia.

Segunda- feira, 15 de fevereiro.

6:30 am

O relógio despertava em um suprassumo tom, era segunda-feira, o primeiro dia na faculdade de Paris. Eu estava ansiosa e muito extasiada, meu estômago era dominado por uma série de embrulhos. Sinto algo incomodar e corro rapidamente, encostando-me em frente ao vaso sanitário. Sinto tudo que havia de mal dentro de mim, sair por um instante em um ato biológico do corpo de expulsar o que não lhe faz bem. Eu definitivamente odiava vomitar, mas nessa manhã seria necessário.

The Last Train To Paris Onde histórias criam vida. Descubra agora