Deauville.

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Oii anjos! Mais um capítulo pra vocês! Qualquer dúvida sabem que só é me chamar, e até se quiserem uma amizade nova!

A música deste Capítulo é Amour Plastique da dupla francesa VideoClub, eles são muito bons, e quem não os conhece, recomendo que dê uma checada no YouTube. E quem gostar de música francesa e se interessar, pode falar comigo que eu passo minha playlist com umas músicas que eu gosto. Mais uma coisinha, vou recomendar um filme aqui também pra vocês verem! Acho que isso vai ajudar nesse tempo de crise. Filme: Universo no Olhar. Enfim gente, tem a mesma vibe da fanfic e fala sobre espiritualidade de uma maneira massa!

Lauren Pov.

Assim que saímos do metrô, sentia que apenas meu corpo estava fora daquele trem, mas eu não estava sã o suficiente para raciocinar no momento. Era como se eu tivesse usado a maior dose da melhor droga que o ser humano teria a capacidade de criar, mesmo assim, artificialmente, sentia a briza gelada em meu corpo, o sereno branco batendo sobre as luzes dos postes, e a música. Minha alma ainda estava lá dentro, lembrando de cada toque, de cada sensação que foi ter Camila perto de mim, com sua pele na minha, com seus lábios levemente rosados nos meus. Meu corpo andava em sintonia a música que eu imaginava tocar, era como se minha vida fosse um filme e no momento estivesse tocando a trilha sonora.

Eu estava de mãos dadas com Camila, agora não por medo ou porque eu estava tremendo de ansiedade, mas porque eu tinha certeza que ela gostava de mim, que queria minha companhia. E assim fizemos nossa rota até fora daquele local, ela olhava pra mim com um lindo sorriso no rosto e eu correspondia seu sorriso com toda a felicidade que sentia. Eu nunca tinha visitado aquele lugar, nem Camila, então estávamos confusas de onde estávamos. Abri meu celular no Maps e cacei aonde nosso hotel ficaria, mas estava com a cabeça tão longe que não estava conseguindo a localização, mas logo Camila me ajudou e então entramos no primeiro táxi que apareceu em frente à estação e de lá fizemos o percurso para onde dormiríamos.

Camila, deitada no meu ombro, e suas delicadas mãos não soltavam as minhas de jeito nenhum, em nenhum momento que fosse. Dessa vez, eu encostava minha cabeça sobre a sua em sinal de conforto, e as vezes nós entreolhávamos com o canto dos olhos. Ela parecia estar feliz ali, do meu lado.  Logo chegamos e ajudei a mulher com suas bagagens que não eram muitas, ela havia trazido apenas uma pequena mochila com suas roupas e outra com os equipamentos de fotografia que usaríamos.

O lugar era muito bonito, porém simples. Havia um pequeno jardim do lado de fora, com rosas e margaridas que enfeitavam o ambiente, dando um ar de formosura, juntamente da porta de entrada que havia uma placa grande de led com o nome do local escrito. Estávamos em Deauville, uma pequena cidade francesa fundada em 1860. Lá tinha muitas histórias para contar, cheia de palácios e cassinos de jogos, e belas praias, mas no entanto, obtinha aproximadamente 4000 habitantes. Era a cidade no qual Coco Chanel saíra por aí com suas roupas exóticas e até consideradas "masculinas" na época, mas que depois se tornaram um ícone em todo o mundo, era realmente uma cidade inovadora da moda. Entramos naquele mini hotel e já conversamos com a recepcionista que nos atendeu muito bem e tinha o melhor sotaque que eu já ouvira em Paris.

- Então, aqui na reserva consta que vocês reservaram um quarto com duas camas de solteiro. - concordamos assim que a moça com roupa rosa choque e uma pequena boina combinando falou, demorou alguns minutos enquanto não desviava o olhar de seu computador. - Mas infelizmente, ocorreu um erro por conta do festival de moda que chega todo ano aqui na cidade. - Fitei a moça em minha frente sem entender sobre o que ela estava falando. - Acabaram confundindo os pedidos, e só percebemos agora, peço mil desculpas! - colocou a mão na testa em consolo e eu e Camila a olhamos com uma expressão leve fazendo a moça não se preocupar com o erro cometido. -Teríamos que organizar o quarto agora, o hóspede que estava nele acabou de sair, mas isso vai demorar por volta de uma hora! Caso sintam que não tenha necessidade, temos um quarto com apenas uma cama para casal que já está pronto. - falou com um tom de culpa e com um sotaque bem acentuado. - Se tiver algum problema para vocês, vamos consertar logo, só é aguardar uns minutinhos para que nossos assistentes possam arrumar outro quarto. - sorriu gentil com os olhos envergonhados sobre o ocorrido.

The Last Train To Paris Onde histórias criam vida. Descubra agora