Domingo, tinha marcado de passar o dia com meus pais. Victor havia passado a noite na minha casa, mas foi embora pra se arrumar, pois iria comigo. Aproveitei e liguei para Érick para contar a novidade.
- EU SABIA QUE VOCÊ AINDA GOSTA DELE, FÊ! Ele merece mais uma chance, amigo. - diz Érick.
- Realmente, mas essa é a última oportunidade que dou a ele, estou cansado disso. - respondo.
Desliguei e fui me aprontar. Ainda quando eu tomava banho, escutei o interfone tocar. Rapidamente me enrolo na toalha e vou atender. Seu João pedia permissão para que deixasse Arthur subir.Deixei que subisse. Mas o que ele estava fazendo aqui?
- Arthur? - digo, abrindo a porta.
Foi só com os olhares de Arthur que me dei conta que estava apenas de toalha, corei na hora.
- Oi Felipe. Posso entrar?
- Claro, vou só vestir uma roupa e já volto.
- Ok. - responde Arthur.
Visto a primeira coisa que vi no guarda roupa, e voltei para sala onde Arthur me esperava.
- Então, Arthur, o que faz aqui? - pergunto, curioso.
- Ontem não tive tempo, então decidi vir hoje. Você esqueceu sua carteira no meu carro, vim te entregar.
- Meu Deus, nem me dei conta de que havia perdido, obrigado Arthur.
- Por nada, Fê. - responde Arthur.
É estranho ver ele me chamando de "Fê", já que não temos intimidade. Um estranho silêncio se forma entre nós.
- Aceita alguma coisa Arthur? - digo, quebrando o silêncio.
- Eu aceito uma água.
- Vamos na cozinha, então.
Entrego a água à Arthur que me observava o tempo todo.
- Tá quente hoje né? - diz Arthur
- Nossa, demais. - respondo.
- Bem, vou indo então.
- Já?
- Sim, tenho compromisso hoje.
- Ah, então obrigado de novo.
- Por nada, a gente se vê. - diz Arthur me abraçando o que me deixa sem reação.
Após Arthur ir embora, vou terminar de me arrumar, e ir para casa dos meus pais. Iria esperar Victor lá. Coloco algumas roupas numa bolsa e saio de casa.
Chego em casa, e dessa vez quem me recebe é minha mãe.
- Filho, que saudade, como você está? Você está mais magro, o que aconteceu? - diz minha mãe toda preocupada. Mau de mãe super protetora.
- Oi mãe, também estou com saudades. Estou bem. Vocês estão prontos?
- Sim, só vou ao quarto calçar meu sapatos e vamos. Cadê o Victor? - pergunta minha mãe.
- Está chegando, ele acabou de mandar mensagem.
- Ah sim. Vai no quarto do seu irmão e desce com ele, enquanto eu termino e o Victor não chega, por favor.
- Tá bom, mãe.
Subo, e abro a porta do quarto do meu irmão, e o vejo cochilando em sua cama.
- Dudu, acorda. - digo, o balançando para que ele acordasse.
Meu irmãozinho abre seus pequenos olhinhos e faz uma cara de emburrado.
- Fê, eu tô com fome.
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INCONSTANTE (ROMANCE GAY)
RomanceFragmentos de amores vividos, idealizados e incompreendidos.