Capítulo nove

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Acordo com meu corpo abraçado ao de Arthur. Seus braços entrelaçavam minha cintura, e nossas pernas formavam um nó. Nó esse que eu queria que nunca fosse desfeito. As últimas noites haviam sido intensas, e meu corpo pedia por descanso. Arthur ainda dormia e eu continuei observando-o. Não demora muito e Arthur acorda, seu olhos vermelhos e encolhidos por causa do sono, seu cabelo desgrenhado pareciam deixa-lo ainda mais charmoso de alguma maneira.

- Bom dia, môzi. - diz Arthur, me dando um selinho de bom dia e me puxando pra seu peito.

- Bom dia, flor do dia. Eu amo esses apelidos que você arranja.

- Gostou né?

- Gosto de tudo em você. - respondo.

- Não fala assim, você me deixa com tesão fazendo essa carinha de safado.

- Mas eu nem fiz cara nenhuma. - digo, apertando seu pau duro que formava uma barraca na cueca. - MEU DEUS, VOCÊ É INSACIÁVEL.

- É o que você faz comigo, quero foder você todo dia, o dia todo.

- Hoje você vai ter que aguentar môzi, você acabou comigo nesses dois últimos dias. - digo.

- Claro, Fê. Eu te machuquei? - responde Arthur, preocupado. Eu queria apertar a cara dele e encher de beijo, porque não era normal um homem daquele.

- Não machucou não, é que... Como eu vou dizer isso... Você é um tanto quanto GRANDE, mas o sexo é incrível amor.

- Fala de novo? - pede Arthur.

- Falar o quê?

- Você me chamou de amor.

- CHAMEI?

- Chamou, chama de novo. - fala Arthur, me deixando constrangido. Não tinha prestado atenção quando o chamei de amor. 

- Para, Arthur. - digo, com meu rosto queimando de vergonha.

- Não precisa ficar com vergonha, AMOR. O que acha de um banho, antes da gente tomar café? - sugere ele.

Tomamos nosso banho no chuveiro, e da janela do banheiro tínhamos uma linda vista. Terminamos o banho, vestimos roupa e fomos tomar nosso café da manhã. Fomos comer em uma varandinha, que dava de frente pra uma enorme serra. Ficamos boa parte da manhã ali conversando, mas entramos pois estávamos quase congelando de frio. Colocamos nossos casacos e fomos dar uma volta pela propriedade, volta em meia nós nos agarrávamos. Depois de andarmos muito, sentamos em um banco que ficava em uma espécie de cabana onde se guardava materiais de cavalgada. 

- Eu estou amando estar aqui com você, sério. Só nós dois, sem trabalho, sem aquela correria. - diz Arthur.

- Eu também estou, môzi. Vamos tentar fazer isso sempre que conseguirmos.

- Eu realmente me imagino vindo aqui daqui há uns cinco anos. Casado, com uma criança, ou duas, sei lá. - Diz ele. Não pude deixar de notar um certo brilho em seus olhos enquanto ele falava.

- É um ótimo plano. - respondo.

- Mas só quero isso, se for com você. - diz Arthur se virando para olhar em meus olhos. Por um momento perdi o ritmo da minha respiração. Nunca havia me imaginado casado ou com filhos, mas Arthur cativava esse desejo em mim. Ele parecia esperar por uma resposta, então apenas selei nossos lábios para um beijo calmo mas com muito significado. Ficamos abraçados por mais um tempo, apenas sentindo o cheiro um do outro.

- Já andou a cavalo, Fê? - pergunta Arthur.

- Já, mas há muito tempo atrás.

- VAMOS ANDAR? - sugere Arthur, parecendo uma criança de tão animado.

Fomos pedir o caseiro que preparassem os cavalos enquanto trocávamos de roupa. Descemos, recebemos as instruções básicas e saímos com os cavalos. Cavalgamos pela propriedade. Estava amando aquela sensação. Arthur logo me deixou pra trás aumentando a velocidade, e só o alcancei quando chegamos perto da casa.

- Assim não vale, você roubou. - digo, fingindo estar bravo.

- Não roubei não, môzi. Como eu venci, eu tenho direito de escolher alguma coisa como prêmio, certo?

- Depende do que você for pedir.

- Vou pensar. Vamos fazer nosso almoço? Eu estou morrendo de fome. - sugere Arthur.

Almoçamos, e ficamos na cama grande parte da tarde. Decidimos fazer uma caminhada antes que anoitecesse. Arthur nos guiou até a beira de um lago, cercado por árvores e um banquinho que quando sentados nele, dava visão ao pôr do sol. Cada vez ficava com mais frio, o que também era uma desculpa para que eu me aninhasse no corpo de Arthur. Ficamos ali trocando carícias e conversando sob o o sol do fim de tarde.

- Fê? O que acha de conhecer meus pais? - diz Arthur.

- Hum, é o que você quer? 

- Sim, Fê. Nós estamos ficando há mais de um mês, e eu estou levando isso à sério. Eu adoro você. Mas é só se você quiser.

- Por mim tudo bem, môzi.

- Você é demais, Felipe. - diz Arthur me apertando e me tirando do chão em um abraço.

Já estava escurecendo quando voltamos para a casa. Arrumamos nossas malas, já que nosso feriado havia acabado e teríamos que voltar pra casa no dia seguinte. Jantamos o que a esposa do caseiro havia preparado e fomos dormir - entrelaçados, é claro.

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⏰ Last updated: May 10, 2019 ⏰

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INCONSTANTE (ROMANCE GAY)Where stories live. Discover now