Prólogo - Cath

30 4 0
                                    


Em sua cama, Cath ajeitou uma mecha de cabelo que escapou de seu rabo de cavalo atrás da orelha e pincelou o laranja no desenho. O caderno apoiado em suas coxas tinha muitas páginas desenhadas, mas aquela em especial, imaginava, se era a com maior significado submisso, que provavelmente ninguém entenderia senão ela.

O céu começava a se tornar aquela rotineira e exótica mistura de laranja e roxo que em breve se completaria por azul. As pequenas fases que muitos pareciam ignorar até que a noite se tornasse a escura e conhecida noite. O machucado e sofrido e interminável laranja, o roxo que que se mesclava, o roxo que parecia curar o céu, e então o azul que se iluminava e nos iluminava. Havia apenas o dia e a noite, pois ninguém ligava para o intermediário. Mas Cath via aquela aquarela. E botava toda sua esperança nela.

AquarelaOnde histórias criam vida. Descubra agora