The 100 Survivors

15

—Está pronta. — entreguei a Clarke uma faca aquecida e a mesma a colocou no local em que Raven levou o tiro fazendo a gritar.
—Isso deve estancar o sangramento interno. — ela explicou pro Finn.
—Não entendo. — Finn aparentou confusão. — Como Murphy conseguiu uma arma?
—Longa história. — Bellamy respondeu.
—Tivemos sorte. — Raven gruniu por conta da dor. — Se ele acertasse o combustível, estaríamos mortos.
—Tem combustível de foguete lá? — Clarke perguntou.
—O suficiente para 100 bombas. — Raven respondeu.
—Se ainda tivéssemos alguma pólvora eu cuidaria disso. — avisei.
—Vamos atrás dos ceifadores. — disse Bellamy. — Talvez nos ajude. O inimigo do meu inimigo é meu amigo, certo?
—Não eles,, nós os vimos. — Clarke disse. — Confie em mi, não são uma opção.
—Não temos tempo para isso. — disse Finn. — Ela pode ou não andar?
—Temos que carrega-la. — Clarke respondeu.
—Tem o caralho. — Raven se sentou. — Estou pronta parar ir.
—Escuta, a bala está alojada aí dentro.  — Clarke alertou. — Se por milagre não houver hemorragia interna, pode aguentar até chegar no local seguro. Mas você não vai andar, ficou claro?
—Ficou.
—Pegarei a maca. — Finn se afastou.
—Não pode deixar de não querer fugir não é? — Bellamy perguntou. — Muito corajoso.
—Morrer não podendo vencer não é coragem, é burrice. —Finn respondeu de longe.
—Falou como todo covarde que já fugiu. — Bellamy retrucou.
—Bellamy não. — pedi
—Vamos logo. — Clarke acelerou.
—E se não seguirem? — Bellamy perguntou — São 194 km até o mar.
—Estamos perdendo tempo. — Finn se irritou. — Se ele quiser ficar, pode ficar. — disse a Clarke.
—Não ele não pode. — ela respondeu antes que Finn saísse do módulo.
—Não podemos fazer isso sem você Bellamy. — Clarke disse próxima a ele.
—O que quer que eu diga Clarke?
—Quero que diga que nos apoia. — ela pediu. — Esses garotos te ouvem.
—Estão se arrumando para ir, ouvem mais você.
—Dei a eles uma escolha fácil, mas a 5 minutos eles lutariam e morreriam por você. — antes de sair do módulo ela se virou para ele. — Você os inspira.
Ele respirou fundo e me olhou.
—Tudo bem, vou deixar vocês conversarem. — me levantei. — Vocês devem ter muita coisa para resolver não é?
—Amberly... — Raven me chamou.
—Tudo bem, eu já sabia de vocês dois. —respondi sem encara-la. — Vou arrumar minhas coisas.
Saí do módulo e fui a minha tenda, me sentei no chão e respirei fundo. Eu não queria começar a chorar por conta do caso de Raven e Bellamy, não daria certo entre nós mesmo, que diferença faz?
Peguei meu casaco e uma mochila e saí.
°°^°°
Estávamos caminhando na floresta a um tempo, eu estava totalmente entediada.
—Que acha de surfar? — Steve me perguntou. — Vai ser bom ficar longe dessas árvores malditas.
—É, deve que vai ser bom. — murmurei.
Octávia parou o grupo, olhei para ela confusa e quando percebo, Steve que estava do meu lado estava morto com um tipo de lâmina em sua face.
Ouvi gritos e vi pessoas correndo, só pude sentir O me puxando pelo braço me fazendo correr.
°°^°°
Nosso acampamento parecia um formigueiro por conta de toda a agitação, me sentei em um tronco peguei uma garrafa da bebida do Monty e passei a beber.
—A decisão está com você Princesa. — ouvi a voz de Black. — Vamos fugir ou revidar?
—Parece que conseguiu sua luta. — Clarke respondeu.
Me afastei entrei na minha tenda e me deitei, uns vinte minutos depois ouço alguém entrando.
—Amberly precisamos de você. — disse Finn.
—Se não se importa, prefiro morrer aqui.
—Não vamos morrer, Raven teve uma ideia.
—Ótimo, o que a escrava aqui tem que fazer? — perguntei bebendo mais um gole da bebida do Monty.
—Primeiro, me dá isso. — ele pegou a garrafa da minha mão. — Agora levanta, você vai fazer churrasco de terrestres.
°°^°°
Eu estava na parte de baixo da nave quando vi Raven adiantando o serviço.
—Sério? — perguntei mal humorada.
—Me desculpa pelo que aconteceu mas no momento precisamos trabalhar juntas.
—To ligada. — falei descendo ao subsolo da nave.
Vi Clarke e Finn descendo para me ajudarem.
—Ela disse parar mexer na ignição. — Clarke disse.
—Tudo bem.
—Eu não sinto minhas pernas. — Raven avisou.
Eles me olharam.
—Vão lá, eu dou um jeito aqui.
—Finn foi buscar coagulante. — Clarke me avisou.
—Mas isso não é o Lincon que tem? — perguntei.
—Sim, ele vai lá fora.
—Merda. — murmurei.
°°^°°
—Não os vejo, são rápidos demais. — ouvi alguém pelo rádio.
—Vocês acharam? — Raven perguntou.
—Não ainda, está muito bagunçado. — respondi.
—É laranja!
—Okay. — disse Clarke.
—Ache o fio que conecta a sobreposição manual com a eletrônica.
—Nós sabemos! — retruquei.
—Não é ciência avançada. — Raven gritou.
—Na verdade é sim. — Clarke respondeu.
—Achei algo em que você não é boa, costumava ser a escolhida para todas assinadas coisas. — Raven disse. — Habilidades terrestres, curso de mecânica em gravidade zero. Era sempre a primeira escolha.
—Raven? — Clark a chamou. — Eu te escolheria primeiro.
—Claro que escolheria, sou incrível.
—Achei o fio laranja. — alertei para acabar com o climao.
—Siga o até o painel.
—Ele está cortado. — Clarke avisou.
—Emenda o fio.
—Tudo bem. — falei. — Eu consigo, só preciso de uma isolante.
—Jasper tem uma. — Raven avisou.
—Eu o chamo.
5 minutos depois.
—O fio está pronto. — avisei.
—O que vem agora Raven? — Jasper perguntou. — Raven?
Clarke foi ao nível de cima.
—Ela desmaiou.
—Merda. — chutei a máquina.
—Você não tem ideia do que fazer? — Jasper perguntou quando Clarke saiu.
—Eu funciono com ela, se ela começa com algo em mente eu termino a ideia. Eu nem sei como ela pretende fazer isso, se eu fazer algo pode estragar. Porque pode ser que eu faça algo totalmente diferente do que ela estava pensando.
—Vamos Amberly, você consegue. — Jasper insistiu.
—Okay, vai pro painel manual.
15 minutos depois.
—É isso? — Jasper perguntou.
—Espero que sim.
—Clarke derrubaram o portão. — alguem gritou.
—Espero não ter feito merda.
—Deu certo? — Finn perguntou quando Jasper subiu.
—Esperamos que sim.
—Vou fechar aquela porta.
—Ainda tem dos nossos lá fora. — Clarke disse.
—Bellamy ainda não voltou? — perguntei subindo e Clarke correu para fora. — Vou procurar ele. — avisei a seguindo para fora da nave.
—ENTREM AGORA!  — Clarke gritou e passei correndo por ela.
—BELLAMY? — o chamei. — ALGUÉM VIU O BELLAMY?
—ESTAVA LÁ FORA. — Harper respondeu.
Vi os terrestres entrando e percebi que não conseguiria passar.
—Mas que droga! — eu estava com os olhos marejados. — BELLAMY?!
—Amberly vem. — senti alguém me arrastando e percebi ser o Finn.
—Ele não está aqui. — alertei olhando em volta e acabei o vendo sendo erguido por um terrestre. — BELLAMY! — gritei tentando me soltar. — FINN ELE VAI MORRER ME SOLTA!!
—Leva ela pra dentro. — ele disse ao Miller que começou a me arrastar.
—ME SOLTA!
Vi Finn correndo em direção ao Bellamy com uma arma e dando um tiro.
—FINN?! MILLER ME SOLTA! — eu já estava chorando. — POR FAVOR MILLER!
—Não posso. — ele respondeu me puxando.
Ele me colocou dentro da nave e Clarke entrou em seguida.
—Por favor. — implorei a ela. — Não faz isso.
Mas ela fechou a porta, e enquanto a porta se erguia uma terrestre entrou.
—Jasper, agora. — Clarke pediu, ele mexeu no controle manual mas não aconteceu nada.
—Amberly. — ele disse me olhando.
—Eu sei. — sequei os olhos
—Anya, você não pode vencer. — Clarke alertou.
—Raven disse que a corrente passa pelo imã. — Jasper disse.
—Precisamos de uma corrente. — completei. — A lanterna deve servir.
Ele a pegou e retirou a bateria enquanto eu descascava o fio.
—Pronto?— ele perguntou.
—Agora.
E a explosão começou.
Algumas horas depois.
A porta foi aberta nos mostrando dezenas de ossadas, me abaixei e tapei o rosto não acreditando o que aconteceu quando começaram a jogar algumas fumaças em nossa direção e vi vários de nós caindo no chão.