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Todos foram se deitar para dormir na nave, mas eu, Clarke e Monty ficamos com Jasper.
—Ele está melhorando? — perguntei aflita depois que ele deu um gemido de dor mais alto.
—A pressão dele está caindo. — respondeu Clarke.
—Alguém manda ele cala a boca? — gritaram na parte de baixo.
—Não liga, você vai ficar bem Jasper. — disse Clarke — Eu prometo.
—Dá pra ele morrer logo? — gritou um garoto.
—Idiotas. — murmurei — Eu vou falar com eles!
—Não vale a pena Amberly. — disse Monty.
—Você pode buscar água, comigo? — perguntou Clarke.
—Posso. — falei descendo.
Quando saímos da nave Jasper gritou, eu ia voltar mas Clarke me segurou.
—Ele vai ficar bem.
Concordei com a cabeça e ouvimos um grito, nos aproximamos e vimos uma garotinha, tendo um pesadelo.
—Ei, acorda. — falei me aproximando da garota, que acordou assustada. — Tudo bem, foi só um pesadelo. Qual seu nome?
—É....Charlotte. — ela disse nervosa.
—Olha Charlotte, não tem problema ter medo, todos temos medo de algo. Quer falar sobre isso?
—Os...meus pais — ela disse baixinho. — foram flutuados e eu vejo isso nos sonhos e aí.....
—Eu entendo, — disse Clarke. — meu pai também foi flutuado.
—Como veio parar aqui? — perguntei já que as duas ficaram em silêncio.
—Bom... estavam levando as coisas dos meus pais pro centro de redistribuição e...ouve um problema, disseram que eu ataquei um guarda.
—Bem, eu não posso criticar você...nem dizer que isso foi errado.... — falei de cabeça baixa.
—Ta vendo aquela estrela? — perguntou Clarke. — É a Ark, orbitando sobre nós. Eu acho que o que aconteceu lá em cima, sabe a nossa dor, talvez agora a gente consiga superar. Talvez estar em Terra seja a nossa segunda chance.
—Vocês acreditam nisso? — Charlotte perguntou.
—Sim, é no que temos esperança. — falei e ela se apoiou em mim.
°°^°°
Jasper não parava mais de gritar me virei para Clarke sem saber o que falar.
—Os terrestres calterizaram o ferimento. — disse ela. — Salvaram a vida dele.
—Salvaram para poder pendurar ele como isca viva. — disse Finn entrando. — Isso não é o jardim do Eden.
—Tá infeccionado, ele ta em choque. — disse Clarke. — Algum progresso no uso da pulseira para contatar a Ark?
—Com certeza não.
Me aproximei de Monty e olhei ele mexer na pulseira.
—Do que você precisa? — perguntei.
—De uma pulseira que ainda funcione.
—E se você desmontar a minha no meu braço? — perguntei. — Quando você tira ela para de funcionar então...
—Posso tentar...
Estiquei o braço e ele ficou olhando para ela por todo o local.
—Então? — perguntei ansiosa.
—Não da para desmonta-lá, sem quebrar.
—Quer ajudar Wells? Segura ele.
Ele segurou Jasper junto com Finn e Clarke foi aquecer uma faca.
—Acho que eu não vou gostar disso, vou? — perguntou Monty.
Me virei para o outro lado e Jasper começou a gritar.
—Segurem ele firme! — disse Clarke. — Eu tenho que cortar as áreas infeccionadas.
—Para! Vai matar ele! — disse Octavia entrando.
—Isso é para salva-lo. — explicou Finn
—Não pode. — disse Bellamy.
E Wells se levantou.
—Para trás.
—Não arrastamos ele por quilômetros para deixar ele morrer. — Falei.
—Ele é fraco, se não vê isso está iludida. Está enlouquecendo as pessoas! — explicou Bellamy.
—Desculpa se o Jasper é um peso para você, não estamos mais na Ark aqui cada vida é importante! — rebateu Clarke
—Olhe para ele, é uma causa perdida. — insistiu Bellamy.
—Octavia podemos ajudar. — insistui Clarke.
—Não é questão de ajudar e sim de ter coragem, vocês não tem coragem para tomar decisões difíceis. Eu mesmo mato ele. — disse Bellamy.
—Você vai matar a pessoa que salvou a vida da sua irmã? — falei chamado a atenção dele para mim. — Se não fosse por ele, ela estaria morta. Você ao menos deve dar a ele uma chance de melhorar!
Ele me olhou e depois olhou para Octavia.
—Octavia, vamos!
—Eu fico aqui.
Ele olhou para mim mais uma vez e desceu.
—Maldito idiota, só se preocupa com ele mesmo! — disse Monty e olhou para Octavia. — Sem ofensa.
—O Bellamy é assim mesmo, mas desta vez ele está certo. — disse Finn e eu olhei para ele indignada.
Eu me afastei deles, sai da nave e me afastei o suficiente para poder pensar, mas eu não consegui pensar em nada por mais que eu quisesse era impossível, então comecei a chorar.
—Amberly? — ouvi uma pessoa me chamar, sequei as minhas lágrimas rapidamente e me virei.
—Oi Charlotte, tudo bem?
—Você estava chorando? Você está bem?
—Eu não estava chorando.
—Você estava sim, é por causa do garoto que está morrendo?
Eu não respondi então ela se afastou e foi andando floresta a dentro.
—Onde você vai? — perguntei seguindo ela, que começou a correr. — Charlotte, espera!
Comecei a correr atrás dela e ouvi vozes.
—Não sou garotinha.
—Tudo bem, mais ninguém caça sem uma arma. — ouvi a voz de Bellamy.
Parei de correr e vi ele entregar uma faca à Charlotte.
—Charlotte? — chamei ela.
—Amberly, vem! Vamos caçar. — ela disse com a faca na mão.
Olhei para Bellamy e me virei para Ethan que deu de ombros.
—Já matou alguma coisa? — ele perguntou para Charlotte e depois olhou para mim, Charlotte negou com a cabeça e eu não disse nada. — Quem sabe?  Você pode ser boa! — ele disse à Charlotte e eu dei um meio sorriso e me aproximei da mesma e ela segurou na minha mão e seguimos eles.
Quando me virei para trás vi um tipo de fumaça se aproximar rapidamente.
—Corre! — gritei correndo puxando a Charlotte.
—Rápido! Tem cavernas no caminho! — disse Bellamy correndo, ele segurou no meu braço e me puxou para corrermos mais rápido.
—Cadê o Ethan? — perguntei olhando pro lado.
—Vamos logo! — ele me apressou e começou a ir mais rápido.
Ele nos empurrou para uma caverna, soltei Charlotte mas acabei tropeçando em um pedra dentro da caverna e caí em cima do Bellamy.
Ficamos nos encarando por um tempo até Charlotte limpar a garganta.
—Tudo bem? — ela perguntou.
—Ahn, tudo. — falei saindo de cima do Bellamy — Me desculpe.
—Não foi nada. — ele se levantou. — Vocês estão bem?
Olhei para Charlotte que confirmou com a cabeça.
—Vamos descansar, não sabemos quando o ácido vai sumir... — disse Bellamy.
Concordei com a cabeça, Charlotte arrumou uma cama improvisada na caverna enquanto eu e Bellamy nos deitamos no chão, depois de um tempo em silêncio ele me chamou.
—Amberly?
Me virei e dei de cara com ele me olhando.
—Você está bem? Charlotte disse que viu você chorando. — ele sussurrou.
—Estou bem, só um pouco preocupada.
Ele soltou um suspiro.
—Com Jasper?
—Também, na verdade eu não sei o que fazer. Tem terrestres que provavelmente vão nos caçar para nos usar como iscas vivas ou fazer algo pior, se ficarmos doentes não teremos remédios e não sabemos o que vamos poder usar ou não, não temos armas, não sabemos lutar, tem névoa ácida e...eu....eu não sei nem se vamos sobreviver aqui por muito tempo. — desabafei deixando uma lágrima escorrer.
—Vamos dar um jeito. — ele disse secando a minha lágrima e eu o olhei confusa. — O que foi?
—Você é bipolar? — ele me olhou confuso. — Primeiro você discute comigo, depois você me chama de irresponsável, quase me deixa morrer e agora você está sendo.....simpático.
—Eu não ia te deixar morrer.
—Foi o que pareceu.
Ele me olhou e ficou quieto, olhei para Charlotte e depois para ele.
—Você acha o os outros estão bem? E o Ethan?
—Eles tem que estar....
—NÃO! — gritou Charlotte e nos levantamos assustados.
—Charlotte, acorda... — ele disse se aproximando dela.
—Desculpa...
—Tá tudo bem... — falei sorrindo fraco.
—Isso acontece sempre? — ele perguntou e ela não respondeu. — Tem medo de que? — ela também não respondeu. — Quer saber? Não importa. O que importa é o que se faz a respeito disso. — ele disse e eu comecei a prestar atenção nele.
—Mais eu estou dormindo. — ela disse e eu sorri.
—Medos são medos, se enfrentar eles quando está acordada, eles não vão mais estar aí.
—Sim, mais como?
—Você não pode ser fraca, aqui em baixo fraqueza é morte, medo é morte....Cadê aquela faca que eu te dei?
Ela mexeu no bolso e pegou.
—Quando você tiver medo segure firme essa faca e diga:" que se dane, eu não tenho medo."
—Que se dane, eu não tenho medo. — ela repetiu segurando a faca e Ballamy sorriu. — Que se dane eu não tenho medo!
—Encare os seus medos, aí vai conseguir dormir. — ele disse se deitando novamente.
Depois de um tempinho, ela dormiu e eu me virei para o Bellamy.
—Eu, eu gostei de você ter ajudado ela. — sussurei, e ele olhou para mim. — Você disse uma coisa que, serve para mim.
—Não acho que precise enfrentar seus medos, você é uma das poucas pessoas que me confronta  aqui e nunca te vi com medo, só assustada.
—Não é isso, se bem que também serve. O que você disse sobre fraqueza, eu tenho que ser mais forte...eu preciso.
—As vezes não tem problema querer salvar todo mundo, você só precisa saber quando a pessoa pode ser salva.
—Você está falando de Jasper...mas eu ainda tenho esperança, ele vai melhorar.
—Eu gosto disso em você, você tem esperança, e isso é bom. Isso é uma das coisas que te faz diferente.
—Todos tem...
—Mas nem todos assumem, nem todos tem coragem.
—Você poderia ser assim sempre. — falei olhando para ele.
—Se eu disse assim sempre não me respeitariam.
—Eu te respeitaria, até por que eu gosto de você assim, simpatico e fofo.
—Então você me acha fofo? — perguntou brincalham.
—Talvez, é talvez um pouco nesse momento. — respondi sorrindo.
Ele ficou quieto me encarando e eu pisquei varias vezes sonolenta.
—Boa noite Bellamy. — dei um bocejo fraco, fechei os olhos e me entreguei ao sono.
°°^°°
—Amberly, acorda.
—Mais quinze minutos Bellamy. — me virei pro outro lado.
—Vamos, temos que voltar pra nave.
—Como você é chato, me deixa dormir.
—Vamos Amberly, levanta. — ele começou a me virar para ele.
—Vai acordar a Charlotte. — reclamei tentando virar para o outro lado mas Bellamy não deixava.
—Já estou acordada. — respondeu Charlotte.
Bufei de raiva e me sentei  coçando os olhos.
—Você parece uma criança acordando. — ele disse sorrindo.
—E você um chato que gosta de acordar os outros.
—Então você não gosta que te acordem, certo. Agora levanta.
—Ótimo. — me levantei e prendi o cabelo com um coque, enquanto Bellamy saía.
—Está tudo limpo. — ele disse quando eu me aproximei. — Tem alguém por perto? — ele gritou. — Jones?
—Aqui!
Seguimos a voz dele e encontramos duas pessoas com ele.
—Perdi vocês na névoa, onde estavam? — perguntou Bellamy.
—Numa caverna, alí em baixo. Que foi aquilo?
—Eu sei lá. Cadê o Ethan?
O garoto negou com a cabeça e fomos procurar ele, Charlotte se afastou um pouco de nós e gritou, corri para ver o que tinha acontecido e vi Ethan no chão totalmente machucado.
—Charlotte, calma. — eu disse enquanto me aproximava dele.
—Eu não acredito. — disse Bellamy se aproximando também.
—Você... vamos te ajudar... — eu disse nervosa me agachando ao lado dele, ele estava cego.
Bellamy ficou do outro lado dele e o olhava com curiosidade.
—Me mata... — ele dizia com dificuldade.
Charlotte se aproximou e entregou a faca ao Bellamy.
—Não fica com medo. — ela disse.
—Voltem pro campo. — disse Bellamy. — Charlotte, você também.
—Bellamy, por favor. — disse Ethan — Me mata.
Olhei pro Bellamy e vi Clarke atrás dele.
—Podemos ajudá-lo? — perguntei quando ela se aproximou.
—Eu ouvi gritos. — ela disse.
—A Charlotte encontrou ele, mandei ela voltar. — explicou Bellamy.
—Me mata.
—Okay, eu vou te ajudar. Tá bom? — disse Clarke e enfiou a faca no pescoço dele.
—Clarke...— chamei ela totalmente pasma com o que vi.
—Amberly, não podíamos ajudar. — ela disse quando eu comecei a me afastar.
—Podíamos ter pelo menos tentado. — falei com raiva.
Me levantei, voltei ao acampamento e fui ver Jasper.
—Ele melhorou? — perguntei a Octavia que cuidava dele.
—Não, o que aconteceu? Por que a Clarke ainda não voltou?
—Ela está vindo. — falei me sentando.
Ouvi gritos, eles tinham voltado Octavia desceu correndo e eu fui atrás, quando cheguei já era tarde, ela estava vendo o corpo do Ethan.
—Octavia... — murmurei meio incerta do que estava fazendo.
—Você sabia?! Por que você não me contou?! — eu não sabia o que responder, então fiquei quieta — Eu confiava em você!
—Octavia, não podíamos fazer nada. — disse Bellamy.
Ela se afastou de nós o mais rápido que pode e eu não sabia o que fazer.
—E o Jasper? — perguntou Bellamy ao Murphy.
—Respirando mal, eu tentei acabar com ele mas a louca da sua irmã...
Bellamy puxou Murphy pela camisa e bateu nele.
—Minha o que? — ele perguntou bravo ainda segurando a camisa de Murphy.
—A sua irmãzinha. — ele respondeu se soltando.
—É isso aí, minha irmãzinha. — ele disse quase matando Murphy com o olhar — Mais algum comentário sobre ela?
—Mais nada. Desculpa. — disse Murphy.
—Tirem ele daqui. — Bellamy disse apontando para Ethan e se afastando.
Me afastei também, eu precisava ficar sozinha, não para pensar, eu apenas queria ficar sozinha.
Me sentei e apoiei as costas em uma árvore, peguei um graveto e comecei a desenhar, coisas sem sentido, coisas bobas, coisas que não passavam de riscos.
Passei um bom tempo assim até ouvir Clarke gritar.
—Amberly? Preciso falar com você! Onde você está? Amberly?!
Suspirei me levantei e acenei para ela que veio correndo em minha direção.
—O que foi?
—Você lembra o que aconteceu com o meu pai? — ela perguntou.
—Óbvio, você até me contou sobre a falha que ele descobriu e que ele iria contra o conselho e contaria o que estava acontecendo ao povo.
—Mas e a denúncia?
—Você me disse que foi o Wells, por isso você tem raiva dele.
—Você não contou para ninguém, certo?!
—Sério Clarke?! Você aparece na pior hora do dia pra me culpar sobre o que aconteceu com o seu pai? Você sabe que eu não disse nada, mas quer saber? Pense o que quiser! Se quer me culpar, culpe! Vá em frente despeje toda a sua raiva em mim, eu mereço.
—Do que você está falando?
—Eu não consigo salvar ninguém, eu não sirvo pra nada. Eu sou apenas mais um peso morto no mundo...
—Amberly, não podíamos ajudar o Ethan, você viu o estado dele....
—Eu não consegui nem ajudar uma família, eu não sei nem se ainda estão vivos.
—Você passou duas semanas ajudando eles, Amberly. Você fez tudo o que pode.
—Eu poderia ter feito mais. — falei me afastando dela.
Fui para a nave ver Jasper e vi Octavia e ela olhou para mim.
—Eu já vou. — falei indo embora.
—Espera — eu me virei para ela — me desculpa, eu sei que você não poderia ter feito nada.
—Não tem problema, no seu lugar eu ficaria pior.
—Você já está mau, o que aconteceu? — perguntou Monty.
—Além de não conseguir salvar ninguém e não servir para fazer nada? — perguntei ironica.
—Como assim você não serve pra nada? — perguntou Finn. — Você salvou a Clarke, você quase morreu por ela.
—Você ajudou uma família que nem conhecia, e fez isso mesmo sabendo que poderia morrer. — disse Octavia.
—Você foi atrás do Jasper. — disse Monty.
—Parece que você serve para alguma coisa Salvadora. — disse Finn sorrindo.
—Finn seus apelidos só pioram. — falei fazendo ele rirem.
Monty pegou uma garrafa com algo, bebeu e passou para Octavia.
—Erh, nojento — ela disse — gostei.
Finn bebeu e passou para mim.
O gosto era estranho, queimava a garganta mais era bom.
—O que é isso? — perguntei curiosa.
—Whisky, tem mais de 100 anos eu acho. — disse Monty.
—Posso experimentar? — perguntou uma voz atrás de mim, corremos e vimos Jasper. Ele havia acordado.
—Jasper! — falei feliz.
—Por enquanto você só vai beber coisas leves. — disse Finn pegando uma garrafa com água e dando para ele.
—Vejo que está melhor! — disse Clarke aparecendo.
—Aí está a minha heroína. — disse Jasper feliz.
Olhei para Clarke seria e voltei a minha atenção ao Jasper.
—Bem, agora que você está melhor podemos fazer a maior bagunça amanhã! O que acha? — tentando animá-lo. — Ou podemos fazer de você uma lenda:" O garoto primeiro garoto à sobreviver a um terrestre." O que acha? — perguntei piscando para ele que riu.
—As garotas vão te amar. — disse Octavia entrando na brincadeira.
—Acho melhor deixarmos ele descansar um pouco. — disse Clarke. – Já está tarde.
Nos despedimos de Jasper e fomos para a parte de baixo da nave.
—Bem, eu não estou com sono. — comentei.
—Nem eu. — disse Octavia.
Nós nos olhamos e dissemos em uníssono:"—Vamos caminhar." E saímos da nave.
—A quanto tempo não conversamos? — perguntei.
—Desde que você foi para a solitária.
—Então temos assuntos para ficarem em dia.
—Onde você estava quando vejo aquela...névoa?
—Com o Bellamy e a Charlotte.
— Ela me olhou com uma sobrancelha erguida. — Charlotte saiu correndo para a mata e eu a segui com medo de que ela se machuca-se, quando ela parou estava com Bellamy, ela me chamou para ir caçar com ele, aí veio a névoa e ficamos em uma caverna esperando ela passar.
—Deixa eu advinhar, você discutiu a noite toda com Bellamy.
—Na verdade não, não discutimos nenhuma vez...nós até nos demos bem. — falei confusa.
—Que estranho, sempre que eu via vocês estavam discutindo.
—Pois é, nunca pensei que iria me dar bem com ele. Na verdade eu o achava eu idiota, mandão, cretino, egoísta e metido.
—Achava?
—Eu ainda acho! — me apressei em falar. — Só que...um pouco menos. — falei confusa e ela riu.
—Não acredito, daqui a pouco vocês vão estar andando de mãos dadas por aqui.
—Idiota! — falei fuzilado ela com os olhos e ela riu mais ainda.
—Melhor irmos dormir. — ela disse passando o braço em volta do meu pescoço ainda com divertimento na voz.
Girei os olhos e voltamos para a nave.

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