11°

1.9K 111 14
                                    

Estávamos procurando sobreviventes nos destroços da Nave Êxodo, mas tudo o que tinha era pedaços da nave e corpos queimados.
Eu olhava em volta procurando pelo meu pai ou melhor os restos dele, mas era impossível de identificar.
—Fiquem atentos, prontos para a retalhação do que aconteceu naquela ponte. — alertou Bellamy. — Não importa quantos.
—Está culpando eles? — perguntou Finn.
—Não, eu culpo você.
—Se não levasse as armas eles...
—Se não levassemos as armas estaríamos mortos. — respondeu Raven.
—Por que estão vindo não importa mais, vamos ficar prontos para quando acontecer. — disse Bellamy.
Me abaixei para olhar embaixo de um destroço e tudo o que eu vi foi um esqueleto queimado, só de imaginar que podia ser meu pai me dava vontade de chorar, sacudi a cabeça e me levantei.
—Clarke para! — gritou Raven correndo até a mesma.
Fui atrás dela preocupada e vi uma coisa vazando de um dos destroços, provavelmente o tanque.
—É inflamável? — perguntou Clarke.
—É hidrazina, muito instável na forma primária. — Raven se abaixou. — E se isso pegar fogo é bom estar bem longe. — ela incostou uma pedra na hidrazina e se levantou. — Explosão eminente! — alertou e jogou a pedra fazendo um pequena explosão. — Nós temos que sair daqui.
—Tudo bem, formação de defesa. — alertou Bellamy. — Não toquem no que está quente, vamos voltar antes de escurecer.
°°^°°
—Cadê ele?! — disse Bellamy entrando no módulo com a arma.
Me apressei para não deixar ele fazer alguma merda e vi Murphy totalmente machucado, acho que ele voltaria melhor se tivesse ido para uma das guerras mundiais.
—Todos menos o Connor e o Derick fora. — alertou Bellamy. — Agora.
—Ele disse que foram os terrestres. — explicou Derick.
—Ele tava tentando invadir o campo. — acrescentou Connor.
—Não tava invadindo, tava tentando fugir dos terrestres. — explicou Murphy tremendo.
—Alguém viu terrestres? — perguntou Bellamy e Connor negou. — Então nesse caso.
Ele apontou a arma para Murphy e Finn a abaixou.
—Qual o seu problema?! — ele perguntou com raiva.
—Ele foi expulso daqui e depois voltou. — explicou Bellamy apontando novamente a arma a Murphy.
—Bellamy para. — entrei na frente do Murphy. — Olha o estado dele!
—Com os terrestres ele soube de coisas, ele pode ajudar. — disse Finn.
—Ajudar? Nós jugamos ele, banimos eles e agora eu vou matá-lo. — disse Bellamy. — Sai logo dai Amberly.
—Eu sei que está bravo, mas... — encarei Bellamy segurando a arma, mas o mesmo nem se moveu. — Bellamy.
—Não, eles estão certos. — disse Clarke.
—Não tá não! Clarke, Amberly pensem na Charlotte! — insistiu Bellamy.
—Ela disse que não queria que ninguém morresse por ela, Bellamy. — expliquei.
—O que ouve com a Charlotte foi mais nossa culpa do que dele. — disse Clarke se aproximando de Murphy. — Não está mentindo, as unhas dele foram arrancadas, torturaram ele.
—Eles sabem que estamos em guerra. — disse Bellamy. — O que falou de nós para eles?
—Eu não ganho nada? — perguntou Murphy.
Olhei para Bellamy como se estivesse pedindo para poder ficar com um cachorrinho de rua e ele suspirou.
—Quando ele melhorar ele vai embora daqui. — disse Clarke se afastando.
—E se ele insistir em ficar? — ele perguntou. — Que é que nós vamos fazer?
—Vamos matá-lo. — ela respondeu se afastando.
—Eu vou ajuda-lo. — avisei eles e fui pegar um pano e água.
Eles sairam da nave, mas ouvi Bellamy me chamar.
—Qualquer coisa atira. — disse Bellamy me entregando a arma.
—Não vou precisar disso. — recusei e me voltei para Murphy.
Me abaixei e comecei a limpar seus ferimentos.
—Fizeram um belo estrago. — murmurei.
—Obrigado. — ele disse.
—Só estou pagando uma divida, não gosto de ficar devendo. — respondi e senti algo quente escorrer no meu nariz.
—Você está bem? — ele peguntou.
Coloquei a mão no nariz e vi sangue.
—Estou, daqui a pouco passa. — respondi me levantando e pegando outro pano. — Já volto.
Coloquei o pano no nariz e sai da nave, vi algumas pessoas passando mal também e fui atrás da Clarke.
Assim que sai do módulo vi algumas pessoas passando mau também, voltei para dentro do módulo e Murphy vomitou sangue.
—Murphy... — murmurei assustada e Clarke entrou no módulo indo em direção a ele.
—Murphy, ei. — ela disse se abaixando do lado dele. — Olha para mim! Eu quero que diga exatamente como escapou dos terrestres.
—Eu não sei.
—O que aconteceu?! — insistiu ela.
—Eu tinha acordado, esqueceram de fechar a minha cela...eu aproveitei e fugi.
—Deixaram você vir. — Clarke murmurou.
—Você não acha que... — comecei a falar e meu nariz voltou a sangrar fazendo com que eu coloca-se o pano nele.
Bellamy entrou no módulo e nos me encarou assustado.
—Fica longe. — falei ainda com o pano no nariz.
—Ele fez alguma coisa com você?! — ele perguntou.
—Não por que quis. — respondi.
—O que é isso Clarke? — ele perguntou.
—É uma guerra biológica. — explicou. — Esperava que os terrestres da ponte retalha-sem, aqui está. O Murphy é a arma.
Voltei a ajudar Murphy a se limpar de todo aquele sangue e ouvi Bellamy andar de um lado para o outro.
—É sua vingança? Ajudar os terrestres a nos torturar?! — Bellamy perguntou irritado.
—Eu não sabia disso. — respondeu Murphy. — Eu juro.
—Para de mentir! — gritou Bellamy.
—Bellamy, pode ser verdade. — falei. — Mesmo que não seja, vamos morrer mesmo. Então não importa muito.
—Não temos certeza. — rebateu Clarke.
Eles me encararam surpresos e eu dei de ombros, Bellamy respirou fundo e encarou Murphy.
—Quando eles vem?!
—Murphy pensa. — disse Clarke. — O que pode nos dizer que seja útil? O que você ouviu?
—São selvagens, cruéis.
—Você quer ver selvageria?! — perguntou Bellamy se aproximando furioso.
—Para. — disse Clarke. — Seja lá o que for isso se espalha pelo contato.
—Clarke! — Finn apareceu correndo.
—Finn você não pode ficar aqui. — disse Clarke. — Ninguém pode.
—Você tá doente. — começou Finn e Clarke suspirou. —Clarke, o que está acontecendo?
—Eu não sei, é algum tipo de febre emoragica. Nós precisamos impedir que out...
Eu garoto começou a se debater dentro do módulo e Clarke correu para ajuda-lo, Finn incostou nela e a mesma se virou para ele.
—Não me toque! Vai ficar doente também.
Ele começou a vomitar e gritar depois caiu no chão.
—Ele... — começou Bellamy.
Clarke foi medir a pulsação dele e confirmou que o garoto morreu.
—Acho que agora temos certeza. — comentei indo a porta do modulo. — Vou tomar um ar.
—Amberly, vamos ficar de quarentena. — disse Clarke.
—Sério? — perguntei fazendo uma careta. — Adeus liberdade. — falei encostando na parede do módulo.
—Juntem todos que tiveram contato com Murphy. — disse Clarke. — Connor quem se aproximou do Murphy? Quem carregou ele ?
—Quem chegou primeiro foi a Octávia. — disse Connor num estado pior que o meu e Bellamy correu para fora do módulo.
°°^°°
Eu estava ajudando alguns dos que pegaram a doença quando vi Clark examinando a Octávia e Bellamy ao lado dela.
—Como você está? — perguntei me aproximando deles.
—Ao que parece bem. — respondeu Octávia.
—Ela vai ter que ficar aqui. — disse Clarke que estava pálida  e com a voz fraca.
—Sem chance. — respondeu Bellamy. — Olha esse lugar, você adoece por estar aqui.
—Quer impedir o alastramento ou não? — perguntou Clarke.
Bellamy abaixou a cabeça indeciso e eu suspirei.
—Ela pode ficar no terceiro nível, onde não tem pessoas com sintomas. — sugeri.
—Amberly, você não parece estar doente. —  comentou Octávia. — Está se sentindo bem?
—Pra ser sincera , eu estou ótima.
—Amberly eu te examinou depois. — disse Clarke. — E Bellamy veja isso como uma forma de impedir que ela saia de novo. — insistiu Clarke.
—Vai se ferrar Clarke! — disse Octávia.
—Eu aviso se as condições dela mudarem. — disse Clarke e Bellamy saiu.
Octávia ia descer para o terceiro nível quando Clarke se virou para ela.
—Octavia espera. — disse Clarke. — Eu preciso que saia de novo.
°°^°°
Já haviam morrido três pessoas até agora, tinham tantos doentes que nem deu para Clarke me examinar, eu estava cuidando do Connor quando ouvi pessoas gritarem, peguei uma arma e sai do módulo vendo um apontando a arma para o outro, bufei e atirei para cima chamando a atenção deles.
—Será que podem para com essa palhaçada?! Daqui a pouco todos vão estar doentes! — gritei.
—Cala a boca! — gritou um garoto apontando a arma para mim. — Volta pro módulo agora ou eu...
Ele não terminou de dizer por que Bellamy o desarmou e nisso ele levou um soco.
—Amberly, você melhorou. — disse Clarke com a voz fraca. — Octávia já deve estar chegando com a cura.
—Não a cura. — disse Octávia aparecendo.
—O que eu te disse sobre ir atrás do terrestre?! — disse Bellamy.
—Eu tenho um aviso. — disse Octávia. — A doença não foi enviada para nos matar.
—Diz isso para eles! — exclamou Bellamy apontando para os mortos.
—Eles vão atacar ao amanhecer. — ela completou espantando a todos.
Me virei para ver Clarke e a mesma quase caiu, Finn a pegou no colo.
—Não toca nela Finn! — alertou Raven.
—Vamos levar ela para a nave. — avisei.
—Nós vamos combater. — ouvi Bellamy dizer antes de entrarmos na nave.
—Precisamos de uma rede. — disse Finn.
Murphy saiu da rede dele e Finn a deitou na mesma.
—Obrigada. — murmurei para ele.
—Ela pode melhorar, pode ser imune como eu e a Amberly, que só teve um sangramento no nariz. — disse Octávia.
—O que mais ele falou? — perguntou Finn.
—O virus não dura muito. — ela respondeu.
—É verdade. — disse Murphy. — Eu to bem melhor.
—Eles precisam ser hidratados. — disse Clarke.
—Todo mundo precisa. — disse Finn e Octávia estendeu um copo de água a ela.
—E agora os outros. — disse Clarke depois que bebeu.
—Tá bom, eu faço isso pra você. — disse Octávia. — Descanse.
—Eu te ajudo. — disse Murphy.
—Eles vão atacar quando souberem que há poucos guardas dispostos a defender. — disse Murphy.
—Esse é o objetivo. — disse Octávia.
—Vamos retarda-los. — disse Finn me puxando para fora da nave.
—Eu não tenho nenhuma ideia. — me adiantei em dizer.
—Mas tem que ter alguma coisa que possamos fazer.
—Eles só podem chegar aqui pela ponte? — perguntei já tendo uma ideia.
Ele me olhou sorrindo e concordou com a cabeça.
—Vamos economizar o máximo de balas possível. — disse Raven quando entramos na tenda de reuniões.
—Não vai adiantar se não pudermos enxergar no que atira. — disse Finn. — Do que precisa para fazer uma bomba?
—Depende, o que você vai explodir? — perguntou Raven.
—Que tal uma ponte? — eu respondi olhando Finn.
—Tão falando de que? — perguntou Bellamy.
—O Murphy falou que o caminho para o campo dos terrestres fica além da ponte, ta entendo? — respondi.
—To idaí?! — perguntou Bellamy e eu girei os olhos.
—Explodir a ponte não vai impedir o ataque mas, se pudermos retarda-los mais gente vai poder lutar. — explicou Finn.
—E se estiverem certos, é um grande "se". — disse Bellamy. — Aquela ponte sobreviveu a a uma guerra nuclear e tem quase cem anos.
—Mas, temos uma pequena vantagem. — insisti e eles me encararam confusos, até mesmo Finn. — Temos uma grande quantidade de hidrazina instável e temos a Raven.
—Não vai sobreviver a mim. — disse Raven e eu concordei.
°°^°°
Voltamos para o local onde a nave êxodo havia caido e Raven vestia sua roupa de astronauta, ela se aproximou do canto onde estava vazando a hidrazina e começou a coletar um uma garrafa de metal.
Assim que terminamos de coletar voltamos ao acampamento Raven foi passar a hidrazina para uma garrafa mais frágil e assim que terminou entramos, Bellamy se aproximou do pote de hidrazina, Raven me encarou e nos aproximamos dele devagar.
—BUM! — exclamamis fazendo ele se assustar.
—Idiotas. — ele reclamou.
—Esse é o acelerante. — ela disse levantando um pote.
—Pólvora. — completei o que ela disse.
Peguei um pote de papelão e entreguei a ela.
—Temos hidrazina. — ela disse colocando a mesma no pote. — A pólvora sobre a hidrazina. — ela despejou a mesma no pote e tampo. — O alvo e a explosão.
—Toda a nossa pólvora, e não temos mais balas. — reclamou Bellamy.
—Deixa as balas para amanhã. — disse Finn.
—Se fizermos isso e não funcionar, estaremos mortos amanhã. — ele reclamou.
—Temos que arriscar. — falei. — Além disso, podemos explodir quando estiverem na ponte, e nisso vamos matar alguns deles.
—Vamos garantir que funcione. — disse Raven.
—Tudo bem então, cem metros da bomba. — disse Bellamy. — Quem leva?
Ficamos um tempo em silêncio e eu olhei para eles.
—Eu levo. — falei.
—Não, você vai ficar. — disse Bellamy. — Na nossa última fuga dos terrestres você teve um araque de asma!
—E daí? — reclamei. — Eu posso muito bem fazer isso.
—Claro e se não funcionar ou você tem um ataque de asma ou eles te matam. — ele insistiu.
Eu fechei os punhos pronta para começar a xingar o Bellamy quando Finn fez um barulho com a boca.
—Eu levo. — ele disse.
—Não pega em armas, mas para explodir pessoas tudo bem né? — continuou Bellamy.
—Vamos explodir uma ponte, não vai ter ninguém nela. — explicou Finn.
—Nós só temos uma bomba. — disse Bellamy. — Temos que usa-la para matar o máximo possível, como Amberly disse.
—Não sabem que temos só uma bomba. — insistiu Bellamy. — Se tivéssemos, por que desperdiçar na ponte? Precisamos de Paz.
—Um homem constrói a bomba para matar e ter a paz. — disse Bellamy. — Como é isso com eles?
O nariz dele começou a sangrar e eu dei um passo para trás.
—Bellamy, você... — eu perdi a fala.
—Não toca em nada. — disse Raven.
Ele colocou a mão no nariz limpando o sangue.
—Você tem que se hidratar. — falou Finn.
—Obrigado pela preocupação. — ele ironizou. — Saiam com a bomba em caminho da ponte em dez minutos.
—Ahmmm, eu já volto. — murmurei olhando para a porta. — Vou ver se ele precisa de ajuda.
Eu fui atrás, ele estava mancando e gemendo, ele chamou Jasper conversou com ele e depois se afastou, ele caiu em uma barraca e eu corri até ele com um aperto no coração.
—Fica longe. — ele disse.
—Para de frescura. — reclamei. — Eu nem pego a doença, no máximo meu nariz volta a sangrar.
Me abaixei e ajudei ele a se levantar.
—Você é mais pesado do que eu pensei. — reclamei quando ele se apoiou em mim, ele tentou se afastar mas eu segurei.
—Nem pensa, eu aguento. — falei levando ele para o módulo.
Craig se aproximou e segurou ele do outro lado me ajudando a leva-lo mais rápido, assim que chegamos deitei Bellamy e segurei sua mão.
—Vai ficar tudo bem. — sorri tentando transmitir segurança.
Mas para ser sincera eu estava assustada e com o coração quase espremido de tão apertado.
Assim que Octávia nos viu correu para ele e o mesmo começou a vomitar sangue.
—Eu to com muito medo. — ele disse.
—Eu não vou deixar nada acontecer com você. — disse ela limpando a boca dele que estava suja de sangue. — Eu prometo.
Foi nesse momento que me afastei sabendo que eles precisavam conversar e fui na direção de  Craig.
—Obrigada, por ter ajudado ele. — falei.
—Ta tudo bem. — ele disse se afastando. — Mas não fiz isso por ele.
—Certo, obrigada... Acho melhor você se ir para um lugar mais isolado do módulo até termos certeza de que não adquiriu a doença.
—Okay.
Ele se afastou e ouvi uma garota gemer e me aproximei dela, que começou a vomitar.
—Ei, vai ficar tudo bem. — falei para a garota que chorava. — Você não vai morrer.
—Mais dói.
—Vai dar tudo certo.
Depois de um tempo Clarke já havia melhorado e examinado Craig, que não estava doente e vi Murphy entregar um copo de água a Bellamy que tinha acabado acordar e o mesmo empurrou o copo.
Peguei um copo d'água e me aproximei deles.
—Deixa que eu cuido dele. — falei me aproximando, entreguei o copo para ele e o mesmo pegou. — Você me assustou.
Ele me encarou sem dizer nada e eu suspirei.
—Se você ficar assim de novo acho que vou ficar muito mau, eu quase entrei em desespero.
—Eu estou melhor...
—Eu sei.
—As vezes eu não te entendo.
—Isso é recíproco, embora eu ache que entenda mais você do que eu.
—Você pegou a doença? — ele perguntou.
—Não, eu te avisei que não iria pegar.
—Isso é bom. — ele disse com a voz fraca. — Você viu a Octávia?
—Ela não dormiu para ajudar as pessoas, o Murphy deu um tempo para ela.
—Não vai falar que confia nele.
—Confiar não é bem a palavra, mas ele está se esforçando, merece outra chance.
—É quase de manhã. — ele disse fraco. — É melhor todos entrarem nas barracas e se esconderem, vão pensar que fomos embora.
—Nem todos estão doentes.
—Doente é melhor que morto.
—Não acredita que eles vão conseguir?
—E você?
—Tenho fé neles, um pouco, mas tenho.
—Você tem esperança demais.
—Isso não é tão ruim.
—Pode não ser, mas você pode acabar se decepcionado.
—Quer que eu mande se esconderem?
—Vou com você.
Saímos para mandar eles se esconderem junto a Bellamy e quando estavam entrando vimos uma explosão.
—E você ainda duvidava. — comentei sorrindo.
°°^°°
Aos poucos todos começaram a melhorar, já havia pessoas o suficiente para defender o campo e isso me deixou ainda mais animada, eu estava conversando com Miller quando ouço Harper gritar: — Eles chegaram! Abram o portão!
—Wou! Lindos! — gritei quando Monty e Jasper passaram pelo portão e corri até eles. — Será que podem me dar um autógrafo? Sou muito fan de vocês! — falei segurando o riso.
Eles me olhoram rindo e Monty passou o braço pelo meu pescoço.
—Agora somos lendas. — ele comentou.
—Pois é, percebi. — me rivei para Jasper. — Será que o herói me desculpa por antes de ontem?
—Talvez, vou pensar.
—Ah, nossa. — coloquei a mão no coração fingindo sentir dor.
—Claro que te desculpo, você faz parte do nosso grupo de idiotas. — ele disse sorrindo.
—Me sinto lisonjeada por isso. — dramatizei e me afastei deles assim que vi Finn carregando a Raven.
Ele levou ela para o módulo e eu fui atrás junto com a Clarke.
—Ela está reagindo. — disse Clarke depois de ter examinado ela.
Sai do módulo e fui pega de surpresa por Bellamy.
—Deu tudo certo. — comentei com ele.
—É, você acha que eles vão voltar hoje?
—Provavelmente não, acho que vão ficar de luto.
—O que faremos quando chegarem? Não temos mais pólvora.
—Pensamos nisso amanhã. — falei me afastando. — Vou falar com os garotos.
Fui para a tenda do Jasper e encontrei ele e o Monty rindo.
—Pelo menos alguém está feliz. — comentei me jogando do lado de Jasper.
—Bellamy. — os dois falaram em uníssono e giraram os olhos.
—O que foi agora? — perguntou Monty.
—Ele é tão.... Grhh... Ele só pensa em matar terrestres!
—E isso é ruim? — perguntou Jasper.
—Tivemos uma vitória hoje e estão todos comemorando, por que ele não pode fazer o mesmo?
—Talvez por que ele seja o líder e tem que fazer o possível para sobrevivermos? — ironizou Monty.
—Na última vez ele comemorou, ele nem tocou no assunto terrestres. — falei me jogando na cama. — Mudando de assunto, a Harper ta afim de você Jasper.
—Eu sei. — ele disse.
—E você não foi falar com ela? Jasper! Ela praticamente se joga em cima de você, por que não foi falar com ela?
—Ele está afim de outra. — disse Monty.
—Me fala que não é a O.
—É ela. — respondeu Monty.
—Vão me criticar? — ele disse se alterando.
—Não até por que não tenho moral para isso. — falei.
—Amberly, você não tem mais onde dormir né?! — disse Monty.
—É, eu tinha me esquecido.
—Pode ficar aqui por um tempo se quiser. — disse Jasper.
—É por isso que vocês são meus melhores amigos.
°°^°°
Demorou mais postei! Vou tentar postar pelo menos um por mês, espero que perdoem a demora.

The 100   SurvivorsOnde histórias criam vida. Descubra agora