Acordo com o som da TV e levanto-me lentamente para ir tomar o pequeno-almoço. Eram oito horas certas e precisava estar na universidade às nove e ponto. Consigo me vestir em cinco minutos mas tenho receio de não conseguir apanhar o autocarro...não seria a primeira vez que já tinha acontecido chegar atrasada por causa disso.
O cheiro da manhã sempre refrescante, o movimento acelerado das pessoas a caminho do trabalho, era algo que nunca mudava em Seul. Oiço cuidadosamente o som da música à minha volta...a sensação de estar perto de tanta arte junta é algo que me deixa feliz, por poder vê-la e ouvi-la todos os dias.
Acordo dos meus pensamentos com o som da buzina do autocarro.
Faltava aproximadamente cinco minutos para a minha paragem. Encosto-me à janela e fecho os olhos para sentir o calor do sol. De repente deixo de sentir o sol por breves segundos...como se alguém estivesse a pôr a mão à frente dos meus olhos. Abro os olhos e fico perplexa com o rapaz ao meu lado, tinha ainda a mão levantada e os seus olhos estavam fechados. Em vez de dizer alguma coisa, decido ficar calada para não haver constrangimentos.
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The Bridge of Infinity
Mystery / ThrillerWilliam Gibson, uma vez disse "When you want to know how things really work, study them when they're coming apart". Esta frase sempre me lembro de a ouvir da minha tia Anne, quando ainda vivia em Inglaterra. Mas nunca entendi o que ela queria dizer...