Nos meus sonhos infantis nunca imaginei a jornada que percorreria até me tornar adulta, apenas almejava a parte romantizada dessa fase: a independência e a liberdade de poder alçar voos mais altos do que sequer pensei. Meu coração não imaginava o tanto de dor e sofrimento podia suportar, o quanto o processo de crescer também significa morrer, deixar ir várias versões suas que já cumpriram a missão de te mostrar o quanto você continua em constante desenvolvimento. E que a morte e a vida são antíteses que se complementam e são necessárias para a nossa sobrevivência, pois, de certa forma, trazem leveza e equilíbrio. A semente precisa morrer antes de germinar, de gerar vida nova. Nesses 23 anos de vida, reflito sobre o que preciso deixar morrer para que a Emily de 24 anos em diante continue seguindo sempre em frente, para que a minha criança interior sempre tenha orgulho da pessoa que estou me tornando. Quero poder me olhar no espelho e realmente enxergar além do que os meus olhos veem, mas me pergunto: quem eu sou? Será que um dia vou descobrir? Espero que cada dia você viva novas descobertas e aceite verdadeiramente que você é constituída de luzes e sombras, pois no dia que você se aceitar por completo, verás que não precisas caber em lugares pequenos para ser aceita. Obrigada por ter me acompanhado até aqui, pelas lágrimas e risos que compartilhamos. Te agradeço por todos os momentos que me fez perceber o quanto de vida pode ter aqui. Somos fênix e como tal, sempre iremos renascer das cinzas. Então, queria te agradecer por nunca ter desistido de mim.
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Palavras ditas!
PoesíaAaah, as palavras... com ela expressamos o que há no mais profundo do nosso ser...