Carinho de uma família

Capitulo 15-De novo não

Narradora

-Papai -diz abarçando ele com mais força e chorando em medo

Adrien respira fundo, tentando afastar a tristeza, preocupação, o medo e as lágrimas para confortar a filha

-Está tudo bem Emma. Vai ficar tudo bem-fala apertando o corpo da filha contra o seu

A ambulância chega e os paramédicos fazem o procedimento necessário.

Adrien vai com Emma ainda no colo até o estacionamento e coloca-a no banco de trás antes de dirigir até o hospital.

Ele pega a filha no colo novamente assim que chega em seu destino e vai até a sala de espera

-Com licença-diz indo até a recepção - vim saber sobre Marinette Dupain-Cheng
-É da família? Só familiares podem visitar-diz a recepcionista
-Pai....-murmura Emma com mais lágrimas nos olhos e voz embargada
-Sou marido e ela é nossa filha.-fala o loiro sem ter o que dizer
-Ela está em cirugia. Aguarde na sala de visitas-fala a mulher apontando o local indicado

Adrien on

A frase daquela recepcionista não parava de ecoar em minha cabeça. Cirurgia.... tudo se repete... de novo não! De novo não.... eu não podia ficar preocupado só com a Mari uma vez que Emma está inquieta e ainda com lágrimas nos olhos.

Se Marinette estivesse aqui ela com certeza acalmaria Emma e a deixaria tranquila.... o que ela faria?

-Princesa?
-Hum-diz olhando em meus olhos fazendo-me dar um sorriso triste.

Os olhos de Emma eram idênticos aos de Marinette e isso me faz lembrar como as coisas eram antes de tudo isso acontecer. Como os olhos dela se encontravam com os meus. O azul no verde e verde no azul era poético

-Por que sorriu?-pergunta enxugando as lágrimas com as costas das mãos
-Você me lembra muito sua mãe sabia?
-Pai o que isso tem a ver com a Mari?!-indaga com raiva

Não pude deixar de olhá-la com extrema surpresa estampado no rostoz. Emma nunca "ignorou" o assunto da mãe, não importava a situação, ela parava tudo só para ouvir mais da mulher que lhe deu vida, mas quando o assunto era Marinette ela nem sequer ligou para minha fala.

O que não é tão estranho já que Mari é a mãe dela... mas de todo modo Emma não sabia disso

-Estou com medo papai-confessa como se não quisesse dizer aquilo em voz alta
-Eu sei exatamente o que você está sentindo sabia?
-Como você sabe?
-Já aconteceu antes né? Ela era minha esposa lembra?-suspira- e agora de novo
-Ela tem de ser forte... ela precisa-diz com lágrimas nos olhos- eu me importo com ela pai. Me importo muito. Me importo tanto que até dói aqui -diz colocando a mão no coração e a abraço com força

Ficamos mais um tempo naquela posição tentando nos confortar com todo aquele drama e tristeza quando a médica chega

-São a família da Marinette?
-Sim.-respondo revezando olhares entre Emma e a profissional que, como se entendesse o recado, vai comigo até um lugar mais afastado
-Senhor,-começa e eu apenas faço sinal para que ela prossiga ao me assegurar que Emma não estava ouvindo nada- ela tem sorte de estar viva a esse ponto.... a paciente está bem machucada e não poderá ir para casa dela. A mesma tem de ficar na casa de alguém que esteja lá. Como são casados acho que não será problema.
-Ok, como ela está?-pergunto ansioso
-Marinette descansando. Está fraca ainda mas não está inconsciente-afirma fazendo-me suspirar tirando um grande peso do peito
-Como isso aconteceu?-indaga a médica deixando-se vencer pela curiosidade
-Nossa filha-começo olhando para Emma- e ela estavam atravessando a rua. O carro veio em direção a Emma, e Mari a pegou no colo e jogou-a nos meus braços antes que fosse ferida.
-Bom, ela a salvou. Se tivesse sido aquela pequena ali não teria nem sobrevivido até chegar no hospital.-diz a mulher fazendo um arrepio correr pela minha espinha- Marinette deve ter uma boa motivação para viver. Ela lutou até a hora da cirurgia e até onde pôde estava segurando isso-constata me entregando uma foto- não soltou nem um minuto até que na hora da anestesia caiu no chão. Melhor eu ir agora-diz ao ouvir seu nome ser chamado pelo alto-falante- Podem ir vê-la depois-afirma antes de se despedir