Ele é quente como o inferno....
Um homem íntegro que adora estar dentro da lei.
Ama o que faz, e o que é, odeia a desonestidade e a injustiça.
Ele tem sede de vingança.
E não tem medo de nada, então baby não fique na frente pois ele passa por cima...
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Hoje era o dia de me despedir da Ella. Constatar que minha melhor amiga iria realmente se mudar para outro país me deixou mais que chateada. Não era justo com Ella. Não era justo comigo que a perderia. Tento concentrar minha mente em todo o falatório ao meu redor, mas só o que consigo sentir é raiva.
Tio Jordan é um idiota.. que tipo de pai manda a filha grávida para o outro lado do mundo? Essa é provavelmente a atitude mais escrota e odiosa que alguém poderia tomar. Pobre Ella. Bom pelo menos ela conseguiu transar antes do exílio no meu caso seria muito pior. Eu sei, eu sei. Isso é uma merda de se pensar em uma situação como essa, mas ocorre que eu sou louca e papai é sem dúvidas pior que o tio-escroto-Jordan.
Suspirei baixinho resignada olhando para o prato perfeitamente bem posto a minha frente. Eu ainda estava em greve. É uma maldita atitude infantil.. mas, eu não me importo um puto com isso. Tão certo como o céu é azul e infinito eu prometi não comer e não falar com meu pai até a raiva que eu estou sentindo passar completamente. O que me lembra o meu castigo estúpido e sem sentido. Eu estudei moda. Todo meu conhecimento é voltado para a área da alta costura. Meu objetivo era trabalhar como personal stylist, ajudando pessoas a comprar e combinar roupas ou ingressar em outras áreas além da consultoria como: design, produção, modelagem, gerenciamento entre outras coisas. Todas voltadas ao mundo da moda. Todas voltadas ao que eu amo fazer. E apenas por um descuido, um mísero e pequeno deslize vou ser obrigada a trabalhar no cassino. Não, não pense que é o fato de trabalhar que me assusta. E sim o local. Sei que o trabalho do meu pai é importante para a família e tudo mais, acredite respeito isso. Mas, não é o que eu planejei para meu futuro. Não é o que eu quero para mim.
Isso não chega nem perto.
— Nath? Nath? Nathália?
Senti um cutucão no meu braço e olhei para o meu pai.
— O quê? — falei mal abrindo a boca para que o som pudesse sair.
— Você está bem?
— Perfeita. — E não estou falando com o senhor! Completei, mas obviamente não falei em voz alta. Não quero ter minha pena aumentada.
— Não tocou na comida. Aconteceu alguma coisa? — mamãe perguntou com demasiada preocupação me encarando.
Sim, aconteceu! E você sabe disso senhora Evans! A encaro de volta e só com meu olhar ela percebe do que se trata e faz um pequeno gesto em negativo com a cabeça.
Sempre foi assim eu faço isso, minha mãe contrariada me apoia e logo eu amoleço o coração do meu pai. Porém dessa vez está demorando mais que o normal. Já foram dois dias!
— Não, apenas não estou com vontade de comer! — falo voltando minha atenção para o prato. O cheiro do robalo me atinge e sinto meu estômago dar o primeiro sinal de vida. Mas, estou determinada em minha missão.
