Los Angeles, Califórnia
Enquanto o desconhecido dirige pelas ruas adormecidas de Los Angeles, eu ouço o ronco baixinho da Ella que está esparramada ao meu lado no banco traseiro, e penso nas inúmeras formas que eu poderia mata-la e fazer realmente valer minha estadia na prisão. Era sempre assim íamos a balada e depois eu era castigada por semanas. Meus pais ainda me tratavam como uma maldita criança. O fato de ter vinte e dois anos não significava absolutamente nada. Entretanto dessa vez eu estava realmente encrencada. Descobri quando meu celular tocou pela milésima vez antes da minha agora adormecida prima arremessa-lo dentro do copo de vodka. Sim, Ella e eu somos da mesma família, porém tio Jordan é muito mais divertido e flexível que meu adorado pai e menos protetor, bem menos. Talvez Ella tenha herdado o jeito divertido do pai. Passei horas esperando ela se agarrar com o barman antes de finalmente sairmos de dentro daquela boate. A balada em si não foi das melhores minha noite foi péssima tirando a parte que subimos no palco e fomos ovacionadas, mais uma vez eu não consegui encontrar alguém que realmente valesse a pena para me distrair. Resultado, não compensou todo o trabalho que tive para fugir, pois papai decidiu me castigar novamente nessa semana.
Eu sentia minha cabeça pesando, talvez resultado dos inúmeros drinks que ganhamos por cortesia do galã e agora motorista da noite. Eu não tenho certeza se deveríamos realmente aceitar a carona do cara que fez questão de nós embebedar a noite toda, mas considerando que eu não tenho um mísero centavo não tenho celular assim como Ella e chances nulas de conseguir se locomover sem arrebentar a cara no asfalto. Ele é a única opção. É bom o fato de ser impossível conseguir um táxi tão facilmente as quatro da madrugada.
Respirei fundo pela quarta vez na tentativa de organizar meus pensamentos bagunçados. Talvez se eu jogasse Ella do carro iríamos parar em um hospital e nossa travessura da noite seria perdoada. Como que ouvindo meus pensamentos Ella se remexe e comprime os lábios, mas não presto atenção nas mudanças em suas feições adormecidas já que estou concentrada traçando planos de vingança contra a cadela. Cacete, Ella tinha mesmo que acabar com meu smartphone, poxa esse era o terceiro iPhone ou quarto eu realmente não faço idéia!
Suspirei pesadamente, soltando o ombro movo o olhar num gesto rápido para frente... e quase engulo a língua.
Meu coração parou no peito.
Minha respiração engatando presa na garganta.
Oh, Deus! Estou ferrada, a irritação é rapidamente substituída pelo espanto num piscar de olhos. Expiro devagar e tão lentamente que faço um barulhinho, talvez um grunhido, não posso dizer com certeza. Ella permanece imóvel, a medida que o carro para na confusão de homens engravatados em frente, barro os olhos sentindo o efeito do álcool dissipar completamente ante a figura conhecida parada altiva e com uma expressão mortal. Exatamente como eu me lembro!
O barman pede um minuto antes de sair para perguntar o porquê do bloqueio na rua, mas eu já sei o motivo. John Evans. Essa não era a primeira vez dele a me rastrear. Abaixo os olhos pesadamente para meu colo enquanto escuto os gritos nervosos do meu pai. Grunhi, tudo que eu queria era ir para casa e sucessivamente para minha cama de preferência sem bronca. Contudo, era de se esperar que algo assim acontecesse.
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Meu Policial
RomanceEle é quente como o inferno.... Um homem íntegro que adora estar dentro da lei. Ama o que faz, e o que é, odeia a desonestidade e a injustiça. Ele tem sede de vingança. E não tem medo de nada, então baby não fique na frente pois ele passa por cima...