III - O Triste Fim

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  A gritaria e a alegria foi grande, e o carro estava literalmente pulando com o nós oito dentro. Foi o crime perfeito, não deixamos nenhum rastro, só um monte de palha e sabugo de milho na estrada, e uns três pés que arrancamos se querem quando puxamos o milho e a planta veio junto.

 Rimos dos acontecimentos, do vergão vermelho que ficou nas costas da Tarsi causada pelo milho voador, por respondermos coisas diferentes para a mesma pergunta  e todo o resto. E o caminho da volta foi só risos. Os carros ultrapassavam o nosso, e nem se davam conta de que o estava lotado, então nem nos preocupávamos quando vimos faróis pelo retrovisor, até o carro ultrapassar a gente, e foi ai que o riso parou e um suspiro geral de susto foi feito, no carro estava escrito bem grande: polícia, com brasão e tudo.

Começamos todos o famoso rindo de desespero, era totalmente improvável ter um carro da polícia ali aquela hora, mas para nossa sorte, os policiais não viram e seguiram em frente.

Na chácara pegamos os milhos, descascamos e limpamos tudo, eram todos grandes e amarelinhos, mostramos para nossas tias mais velhas, e elas nem ficaram bravas, já pensando no monte de receita que iriam fazer logo em seguida. Estava tudo perfeito, até elas pegarem o milho:

- Gente, mas esse milho está duro, já passou do tempo. - E pegou outro - Esse aqui também! - E depois outro - Todos eles estão, não dá para comer e nem fazer nada com eles!!!

Meu pai disse:

- Aquela plantação é para fazer ração, o milho não é para comer.

   Todos soltamos um grande suspiro de decepção. Voltamos para a fogueira e no outro dia demos o milho para as vacas comerem. 



                                                                                                                         FIM

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