Carta para o Cristo

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Obrigado por estes amigos,

Que com dureza ou carinho

Alertam-me, afastam os perigos,

Brumas da alma no caminho.


Pelas diáfanas conexões

Que formam a grande família.

Noúres celestes para suas lições

De luta, em terna melancolia.


Pelo símbolo da manjedoura,

Que faz de tudo irmãos de criação,

Anunciando nova era vindoura

Que dá vida à mensagem do Sermão.


Com os exemplos da vida em beleza

Relembrar com o coração Sua ternura

Na verde-mãe, que se doa em gentileza,

Cantando o bem em silêncio e candura.


Essa virtude ampla e sempre acolhedora

Registra para sempre paz imorredoura

Onde o Espírito constrói a divina fortaleza

Assentada em saber, amor e nobreza.


Hoje sou como peco passarinho,

Vencendo o temor da vida madura.

Adestrado na aspereza do ninho

Busca no céu o azul da brandura.


Inspira-me nesta nova lida,

Em todos os ciclos, em cada emoção,

A viajar nos caminhos da vida

Cantando ao Pai em eterna gratidão.    

Versos EspíritasOnde histórias criam vida. Descubra agora