5th

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Severo retirou sua capa, e foi deitar-se. Estava confuso, tinha muito com o que se preocupar. Voldemort estava agindo, o ministério conspirava contra Dumbledore e pela primeira vez em muito tempo ele parecia ter uma amiga. Snape nunca fora muito sociável, não sabia como lidar com aquilo. Porém era bom ter alguém para conversar, que não fosse sobre obrigações. Ele não queria perder aquilo, não teve muitas amizades, e se lembrava a dor que causa perder uma, mas tinha que manter seu foco no que realmente importava. E após rolar na cama por algumas horas, finalmente conseguiu pegar no sono.
A noite foi difícil para Morgana também, que só conseguia pensar em como poderia se resolver com sua irmã, que era a única família que ela tinha. Quando finalmente adormeceu, Morgana teve o mesmo pesadelo que andava tendo por noites seguidas, pareciam flashbacks, flashbacks horríveis de uma memória que tentava constantemente esquecer. Após a noite conturbada, levantou- se mais cedo que todos e foi direto para a sala de aula. Havia preparado uma aula especial para o dia, tentou focar no trabalho para esquecer seus problemas pessoais.
Os professores e alunos sentiram sua falta durante o café da manhã. Dumbledore então perguntou a Snape.
- Severo, sabe como está a srta. Trelawney?
- Não sou a babá da nova professora, Alvo.
- Achei que estivessem se tornando amigos...
- Eu não tenho tempo para essas besteiras, você sabe mais do que ninguém.
Dumbledore compreendeu e parou de questiona-lo. Contudo apesar de dizer que não, Snape imaginava se algo havia acontecido.
Morgana estava em sua sala, esperando pelos alunos que logo chegaram. Todos chegaram muito descontraídos a porta achando que a sala estaria vazia, mas silenciaram-se imediatamente ao ver a professora. Embora Trelawney fosse uma professora amável ela impunha muito respeito.
Ela se levantou e falou sobre a aula que havia preparado com muito entusiasmo aos alunos. Que pareciam igualmente empolgados com a matéria. Sem dúvida fora uma aula divertida. A professora pôde ouvir alguns alunos comentara qur havia sido a melhor aula de defesa contra as artes das trevas que eles ja tiveram. Ao soar o sinal, os alunos deixaram a sala sorridentes e parecendo muito satisfeitos. Um aluno distraído levou um susto ao esbarrar com o professor de poções no corredor, o sorriso sumiu de seu rosto instantâneamente, assim como de todos os alunos da Lufa-lufa. Que seguiram mais rápido pelo corredor.
Snape foi até a sala onde Morgana estava, ela estava a sua escrivaninha, escrevia em um pergaminho e não o viu. Severo bateu na porta para chamar a atenção da bruxa. Morgana o olhou num susto.
- Me perdoe, não queria assusta-la.
- Não tem problema, pelo menos agora estou acordada. Estava praticamente dormindo sobre os pergaminhos.- disse sorrindo a Snape.
- Dumbledore pediu para que visse se a srta. estava bem, já que não foi tomar café da manhã.
- Diga a Dumbledore...- disse Morgana com um tom de ironia, supondo que quem quisesse saber se ela estava bem era o próprio Severo - ...que estou bem, tive apenas uma noite difícil.
Snape a olhou com bondade, a professora nunca tinha visto o bruxo olhar ninguém daquela forma, como se ele se preocupasse. Morgana gostava de Snape, mas não tinha intenção de compartilhar com ele seus problemas pessoais.
- Mais alguma coisa professor?
- Não...
E deixou a sala.

Logo chegou a hora do almoço, mas Morgana novamente não foi ao salão principal. Começou caminhar pelo castelo, pensando em Sibila, e pensou que ela deveria tentar conversar com a irmã novamente. Mas decidiu que seria melhor dar a ela um tempo. Enquanto andava então, encontrou Dumbledore.
- Bom dia professora Trelawney!
- Bom dia diretor!
- Dizem que não é nada bom pular as refeições minha cara...
- Apenas não estou com fome, quero dar uma olhada no castelo. Não me recordo muito bem de como é Hogwarts...
- Se quer dar um passeio, sugiro que vá até a cabana de nosso guarda- caças, terão bastante o que conversar imagino...Agora com licença, estou faminto!- disse sorrindo.
Morgana não entendeu o motivo do porque Dumbledore achava que ela e o guarda-caças teriam muito o que conversar. Ela sabia que era um meio-gigante chamado Hagrid, porque no ano anterior ele cuidou muito bem dos cavalos que trouxeram a carruagem de Beauxbatons até Hogwarts. Todavia resolveu aceitar a sugestão do diretor e ir até a tal cabana. Ao passar pela estufa, pode ver a professora Sprout que estava tendo um pouco de dificuldade reinvasando algumas mandragoras. Ela acenou para ela e saiu em direção a cabana de onde saia uma fumaça. Ela chegou até a porta e antes de bater pensou no que diria, afinal não tinha nenhum motivo válido para estar ali. E se ele se zangasse? Saira no Profeta diário do ano passado que Hagrid era violento. E se achasse que ela estava bisbilhotando? Antes que Morgana pudesse pensar mais no assunto ouviu um latido alto que a fez dar um passo pra trás. Em seguida uma voz bastante grossa.
- Quem está ai? - Morgana não disse nada.
- Quem está ai?! - A voz pareceu se zangar por não obter uma resposta. Morgana então com a voz baixa e um pouco rouca, respondeu.
- Olá, sou a professora Trelawney! Ensino defesa contra a arte das trevas esse ano...
Ouviu- se barulho de trancas, e então a porta se abriu. Morgana ergueu a cabeça, viu um homem extremamente alto, talvez tivesse bem uns 3 metros. Tinha o cabelo comprido, e bagunçado que se misturava a sua barba. E embora seu tamanho pudesse ser amedrontador, Morgana jamais vira olhos tão amáveis. Pareciam dois besouros negros, extremamente brilhantes. Ela então sorriu.
- Olá professora, eu sou Rúbeo Hagrid, professor de Trato com as Criaturas Mágicas e guardião das chaves de Hogwarts.
- É um prazer finalmente conhece-lo Hagrid!
- Ao que devo a visita professora?
- Boa pergunta, eu estava andando pela escola e o professor Dumbledore sugeriu qur eu lhe fizesse uma visita, disse que teríamos muito o que conversar.
- Não imagino o porquê, mas em todo caso entre por favor.
Morgana entrou na grande bagunçada cabana, que era estranhamente aconchegante.
- Sente- se - disse Hagrid enquanto puxava uma cadeira.
A professora de sentou e então um grande cachorro preto subiu encima dela e começou a tentar lamber seu rosto.
- Canino! Saia dai!
- Está tudo bem, é um cachorro trouxa? - disse Morgana acariciando Canino que pareceu simpatizar muito com a bruxa.
- Sim, sim, mas Canino tem a expectativa de vida de um ser humano. Foi enfeitiçado quando filhote, pelo bruxo que o vendeu.
- Eu adoro cachorros! Meu marido me deu uma fêmea de presente uma vez, era tão dócil...
- São ótimos companheiros, mas difícil de conseguir no mundo bruxo se não trabalha no ramo...
- Meu marido era zoomagicista, era facinado por todo tipo de criatura, mágica e não mágica. Graças a ele eu sei muito sobre o assunto.
- A sra. disse "era", ele não é mais um zoomagicista?
Os olhos de Morgana vagaram perdidos enquanto enchiam - se de lágrimas. Ela engoliu em seco, e voltou a olhar para Hagrid.
- Ele faleceu no ano passado... - disse deixando uma lágrima escapar.
- Me desculpe professora, eu não deveria ter perguntado. - Hagrid estava extremamente desconfortável e envergonhado.
- Não tem problema, você não tinha como saber. É que faz tempo que não falo nisso, dizem até que é bom falar. Assim você se acostuma cada vez mais com o ocorrido.- disse enxugando as lágrimas, e tentando sorrir para fazer Hagrid sentir melhor.
- Sabe, se eu tivesse concluído meus estudos em Hogwarts com certeza gostaria de ter sido um zoomagicista. É uma profissão incrível.
- É sim. Adrien era muito bom, com que fazia e acima de tudo amava sua profissão. O que faz ainda mais tráfico que a mesma tenha causado seu fim. - disse enquanto seu olhar de perdia na janela suja da cabana.
- Ele foi atacado por alguma criatura? É preciso ter muito cuidado...
- Sim, - virou seu olhar para Hagrid novamente - foi atacado pela mais vil das criaturas. Comensais da Morte.
Hagrid arregalou os olhos surpreso, ele acabara de conhecer a professora e não sabia se estaria invadindo muito sua privacidade se continuasse a fazer perguntas. Decidiu então ficar calado. Fez-se alguns segundos de silêncio.
- Me perdoe, por favor. Eu mal te conheço e ja estou despejando meus lamentos. Eu sinto muito, muito mesmo.
Hagrid se recompôs e disse.
- Sem problemas, vamos esqucer disso. Você arhm... - começou a coçar a garganta para disfarçar que não sabia o que dizer.- gosta de criaturas mágicas então?
- Sim! Adoro criaturas mágicas!
- Então acho que foi esse o motivo de Dumbledore ter dito que teríamos muito o que conversar - disse Hagrid sorrindo.
O clima de tensão rapidamente desapareceu. E o assunto começou a fluir.
- Acho que o animal mais bonito que já pude ver foi o Occami, são criaturas fantásticas.
- São criaturas lindas de fato, mas os animais que mais admiro são os dragões. Criaturas magníficas e incompreendidas. Sabe, uma vez eu tive um, seu nome era Norberto. Mas ficamos juntos por pouco tempo e tive que manda- lo para Romênia. Um dia tenho esperança de vê-lo denovo.
A conversa durou um bom tempo. Morgana se sentiu muito feliz em poder falar com Hagrid, sentia como se tivesse agora um amigo em Hogwarts. Ela falava com Snape eventualmente, mas os dois só trocavam grosserias, e apesar de achar que eram só brincadeiras, Morgana não tinha lá muita certeza se Snape gostava de sua presença. Hagrid parecia- se muito mais com o tipo de amigo que ela estava acostumada a ter, alguém para desabafar e conversar sobre assuntos em comum. Os dois estavam muito empolgados com a conversa, quando para seus lamentos ouviram as batidas do relógio. Que significava que ambos tinham aulas para ministrar. Morgana se levantou apressada.
- Tenho que ir, obrigada por tudo Hagrid. Foi um enorme prazer te conhecer.
- Não há de que, o prazer foi meu professora Trelawney. Espero que me faça mais visitas.
- Com certeza farei. - disse dando um sorriso que Hagrid retribuiu.
Trelawney saiu andando depressa, tinha que chegar até sua sala logo. Estava no corredor onde sua sala ficava, quando foi surpreendida por Umbrigde que impediu sua passagem.
- Atrasada! - Disse Umbrigde com um sorriso no rosto, enquanto anotava algo em um pergaminho.
- Eu estava falando com Hagrid e acabei perdendo a noção do tempo.
- Ora então suas fofocas são mais importantes qur suas obrigações? O Ministério não ficará nada feliz ao saber o nível de descomprometimento dos professores dessa escola!
- Se me dá licença, eu não tenho tempo para bobagens! Como disse estou atrasada, e você só está mr atrasando mais! - Disse Morgana contornando a pequena mulher de rosa e seguindo seu caminho até a sala.
Morgana entrou na sala, que estava um caos. O que fez ficar com mais raiva ainda, pois Dolores estava certa, ela não deveria ter se atrasado. Ela tentou pedir para que a sala fizesse silêncio, e embora alguns tivessem atendido ao pedido. A maioria dos alunos de Sonserina continuavam a lançar feitiços no ar e gargalhar. Ela apontou a varinha para seu pescoço.
- Sonorus - e então sua voz ficou assustadoramente alta, como se ela usasse un microfine - Silêncio!
E a sala toda se quedou. Só se ouvia agora o barulho irritante que parecia ser de um salto andando rapidamente. Umbrigde então apareceu na porta da sala.
- Agora que controlou seus alunos. Mal posso esperar para avaliar sua aula.- Disse enquanto entrava na sala e tomava um lugar no fundo.
Como disse?- Sua voz novamente soou tão alto que os alunos tamparam seus ouvidos.
Ela havia se esquecido de desfazer o feitiço.
- Quietus
- Ora srta. Trelawney imagino que saiba que sou a enviada do Ministério, para controlar o ensino de Hogwarts. E hoje, avaliarei sua aula.  Fique a vontade para começa- la.
Morgana ferveu de raiva, teria que aturar aquela mulher insuportável dando palpites em sua aula. Embora estivesse borbulhando de raiva, fez um sorriso claramente forçado.
- Mas é claro srta. Umbrigde. Hoje turma, teremos outra aula prática.
- Me desculpe professora, acho que eu não ouvi direito. Você disse aulas práticas?
- Sim srta. Umbrigde, algum problema ?
- O Ministério acha que aulas da disciplina de Defesa contra arte das trevas, devem ser unicamente teóricas!
- Eu não vejo razão para isso? Os alunos precisam aprender a se defender! - disse deixando transparecer sua indignação.
Os alunos olhavam Umbrigde com a mesma impressão incrédula.
- Não vejo porquê os alunos precisariam se defender de algo professora.
Morgana não sabia o que dizer. Não podia acreditar no que estava ouvindo. Então Harry Potter se virou para Umbrigde, vermelho.
- Precisamos nos defender de Voldemort! Todos sabem que ele está devolta!
- Isso são apenas boatos! O Ministério já deixou claro que Aquele-que-não-deve-ser-nomeado não retornou!
- Eu o vi! Ele tentou matar a mim! Não são boatos!
- Sr. Potter, se controle! Seu tom não me agrada, teremos uma conversinha em meu escritório mais tarde.
 Harry se calou e tornou a virar para frente, embora parecesse furioso. Morgana então começou tentando acalmar os ânimos.
- srta. Umbrigde, essa foi a aula que preparei para hoje, o conteúdo prático. Vou ministra-la e para as próximas aulas prepararei o conteúdo teórico somente. Está bem?
- Receio que não. Não poderei permitir.
- Então peço que se retire da minha sala de aula agora mesmo!
- Como disse? Eu sou os olhos do Ministério em Hogwarts! Não pode me expulsar!
- Eu não estou te expulsando, estou pedindo que se retire. Se a srta. se recusar, ai sim terei de expulsa-la.
- Ora como ousa! - disse Umbrigde se levantando e indo em direção a professora.
Morgana então ergueu sua varinha e a apontou para a mulher furiosa. Logo em seguida parecia que uma mão invisível  a arrastava para fora da sala, até que a retirou e bateu a porta. Os alunos caíram na risada, todos sem exceção.
- Isso vai me custar caro, mas não suporto qur interfiram na minha aula. Bom, sem mais distrações vamos começar!
A aula foi uma das mais proveitosas que tiveram. Quando estavam quase no fim da aula Harry perguntou a professora.
- Então essa é a última aula prática que teremos?
- Receio que sim Harry. Portanto a aproveite.
A professora mal terminara de falar e o sinal soou.









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⏰ Última atualização: Feb 21, 2018 ⏰

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Severo Snape e a Misteriosa MorganaOnde histórias criam vida. Descubra agora