Capítulo 2

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Louis

"Pai." Gemi e me enterrei mais fundo no travesseiro. "Papai?" Se eu não me mexesse, ele iria embora. "Papaaai." Ele cantou. O menino é muito insistente. "Padre." Ele sabia espanhol agora? "Pai? Papai? Paizinho?" Coloquei um travesseiro sobre a minha cabeça tentando bloquear o barulho. O monstrinho montou em mim. "PAI!"

"O QUE?" Eu finalmente gritei de volta.

"Ah bom, você está acordado." Leo sorriu.

"Por que seu pequeno-" Agarrei-o pela cintura e joguei-o contra a cama antes de fazer cosquinhas nele impiedosamente. Suas súplicas desesperadas chegavam a ouvidos surdos. Eu iria deixá-lo ir, eventualmente, mas isso era o que ele ganhava por me acordar.

A campainha tocou, fazendo-me congelar e cobrir a boca de Leo com a minha mão. Coloquei um dedo sobre meus lábios, indicando para que ele ficasse em silêncio. Quando ele assentiu, fui na ponta dos pés até a janela. Não havia carros lá fora, o que significava uma coisa. Vizinhos. Eu só havia conhecido algumas pessoas na vizinhança, ninguém com quem eu me importava para passar mais tempo do que o necessário.

"Leo." Sussurrei. "Vá se vestir. Nós vamos fugir."

Na casa da direita viviam Paul e Sandy. A princípio, eles pareciam como um casal americano normal, mas a minha doente necessidade de salvar pessoas me mostrou outra coisa. Como eu saberia que Sandy gostava de sexo bruto? Felizmente Paul também, então ele não prestou queixas quando bati nele com o taco de baseball do Leo. Pelo contrário, ele me convidou para me juntar a eles. Não consegui encará-los desde então.

Exatamente à frente, atravessando a rua, vivia Alison, a única mulher solteira no quarteirão. No pouco tempo em que moro aqui, mais homens tem estado em sua cada do que eu jamais conheci. Ok, talvez eu tenha exagerado um pouco, mas ela definitivamente se beneficiaria se tivesse uma porta giratória. Eu a conheci quando ela veio marcar um encontro com o instalador da minha TV a cabo. Graças a ela, agora eu tinha alguns canais grátis, então, acho que ela não era tão ruim.

Vesti-me o mais rápido possível, colocando um shorts e uma camiseta das Tartarugas Ninjas. O vizinho misterioso tinha desistido da campainha e estava batendo na porta alegremente. Sentei-me para colocar meus sapatos quando Leo entrou. Ele sorriu quando viu minha camiseta. Minha mãe, Jay, ficou horrorizada quando dei o nome ao meu filho por causa de uma Tartaruga Ninja, mas Leo achava isso incrível.

"Pronto pra ir?" Perguntei, pegando minha mochila.

Ele assentiu. "Eu usei a câmera de segurança. É a senhora Newton."

Ah. Tyler e Jessie Newton viviam mais abaixo com sua perfeita filha, Tara. Jessie era a rainha da fofoca da vizinhança. Eu sabia que se eu abrisse a porta ficaria preso por horas tendo que escutar seus exagerados contos sobre a vida das outras pessoas. Eu tinha acabado de acordar. Não podia lidar com aquilo.

Leo e eu nos movemos silenciosamente pela casa e saímos facilmente pela porta dos fundos. Nós fomos engatinhando pelo quintal dos fundos até a cerca que separava meu quintal e o do meu vizinho. Observei Leo enquanto ele subia. Felizmente, a distância até o chão não era tão grande e ele foi capaz de pular sozinho. Eu rapidamente subi e pulei caindo ao lado dele do outro lado, aterrissando na suave grama verde.

"Eu deveria incluir invasão à sua ficha agora?"

Dei um pulo e me virei. O policial da Styles Construções estava parado no quintal dos fundos vestindo apenas um par de tênis e um shorts de ginástica, com uma garrafa de água nas mãos. "É... Oi. Desculpe, eu não sabia que alguém morava aqui. Só estávamos passando."

Ele pôs uma camiseta branca regata sobre a sua cabeça antes de se dirigir a nós. "Wow," disse Leo olhando para ele. "Você é forte!"

Ele riu em resposta. "Louis e Leo, é um prazer oficialmente conhecê-los. Eu sou Zayn Malik. Sintam-se à vontade para fugir pelo meu jardim quando quiserem."

Louis Tomlinson: KidnapperOnde histórias criam vida. Descubra agora