Capítulo 1

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Louis

Eu olhei para o carrinho de compras lotado a minha frente. Fui ao mercado apenas para comprar leite, maldição. Eu sabia quem era o responsável por isso. "Leonardo Tomlinson, traga o seu traseiro até aqui." Uma velhinha arfou com a minha grosseria. "Desculpe."

Uma pequena pessoa com cabelos castanho claro veio virando o corredor com quantas caixas de cereal seus pequenos braços podiam carregar. Esse era o meu amado de sete anos. Ele, de algum jeito, encontrou espaço no carrinho para as caixas e deu um sorriso largo para mim. "Já peguei tudo da minha lista. Podemos ir agora."

"Deixe-me ver essa lista." Eu respondi, estendendo uma mão enquanto coloquei a outra no quadril.

"Pai." Ele bateu de leve em sua têmpora com o dedo indicador. "Está tudo aqui".

"Espertinho." Eu resmunguei.

Ele esticou a mão, mexendo seus dedos. Eu bufei e tirei uma nota de um dólar do meu bolso e entreguei logo. Nós tínhamos uma regra de não praguejar que estava fazendo uma fortuna pra ele. "Valeu, pai." Ele disse feliz.

"Sim, sim." Eu respondi. O som estridente de uma criança chorando preencheu o ar. "Hora de ir." Anunciei, empurrando o carrinho em direção ao caixa. Nós tínhamos acabado de chegar ao final do corredor quando alguém bateu seu carrinho no meu.

"Você poderia olhar por onde anda?" A cadela vociferou alto o suficiente para ser ouvida por cima dos gritos da menininha em seu carrinho.

"Olhar por onde..." Eu fingi uma cara chocada. "Oh meu Deus, é uma ideia brilhante! Obrigado!" Sem praguejar, ser sarcástico não me custava nada. "Vamos, Leo."

"Como é que é?" A mulher respondeu, claramente ofendida. Ela começou a discursar em um tom tão alto que eu duvido que até os cães pudessem ouvi-la.

Eu revirei meus olhos e comecei a me afastar, mas o meu pequeno parecia ter outros planos. Ele andou até o carrinho da mulher e ofereceu à criança chorando um pirulito. Ele sempre tinha um ou dois na mão. "Por favor, não chore."

Ela parou, apenas fungando um pouco enquanto pegava o doce. Meu filho tinha superpoderes.

"Vamos, Leo." Eu disse suavemente. Dessa vez ele me seguiu. "Você é um garoto muito legal, sabia?" Eu afaguei seus cabelos macios. "Agora, ajude-me a descarregar toda essa porcaria."

Nós fizemos um trabalho rápido descarregando o carrinho e, com uma passada do meu cartão de crédito, estávamos fora dali. Eu levantei a capa da traseira da minha picape monstro e Leo me ajudou a colocar todas as porcarias desnecessárias lá. Então olhei-o de perto enquanto ele colocava o carrinho no lugar certo.

"Pelo amor de Deus, daria pra você calar a boca?" Ah, maravilha. A bruxa e a coitadinha da menina chorando estavam saindo.

"Não fale com ela desse jeito!" Um menino quase do mesmo tamanho de Leo gritou com ela.

A fera virou-se para o menino com fogo em seus olhos. Ela cravou suas garras em seus pequenos braços. "Você. Não. Grite. Comigo."

"Me solta." Ele choramingou. "Você está me machucando!"

Leo voltou e ficou atrás de mim, seus olhos preocupados enquanto assistia à cena. "Pai?"

"Eu não estou nem aí! Eu quero que você e essa pirralha calem a boca e entrem no carro." Ela praticamente gritou com ele.

"Entre na picape." Eu disse para o meu filho. Ele hesitou, mas fez o que mandei.

"Você não pode me dizer o que fazer. Você não é a minha mãe!" O outro garoto gritou para a mulher desafiadoramente.

Louis Tomlinson: KidnapperOnde histórias criam vida. Descubra agora