"No puedes comprar uma sonria sin algo que no es real."
"Não se pode comprar um sorriso com algo que não nos é real."
Millie Bobby Brown, britânica de apenas 14 anos, não é o tipo de garota melosa com qualquer pessoa ou daquelas que se preocupam com o que vão pensar de si. Talvez um pouco ignorante ao ser contrariada, mas isso era, com toda certeza, uma característica na qual ela tivesse seus motivos para reagir de tal forma. Claro, todos têm.
Seu pai é um produtor musical, trabalha com diversos famosos em composições de músicas, gravações de clipe e outros. Atento e bem presente? Não, definitivamente não, até ele mesmo achava que fosse essa falta de participação na vida da filha que a afetava em suas relações sociais. A garota odiava a raça humana, achava que a criação da humanidade era uma perda de tempo e que, se dependesse dela, todos estariam na forma do pó.
Millie cresceu de uma forma diferente das demais garotas de sua idade; sem mãe e, praticamente, sem pai também. A mãe era modelo requisitada de passarela em Los Angeles. Por toda a sua vida sofria com mudanças para outros estados e até, algumas vezes, de país. A pequena foi obrigada a aprender espanhol em menos de seis meses porque sua mãe estaria à participar de um programa de produção para modelos. Estaria.
Kelly Brown faleceu num acidente de carro quando estava no caminho de sua primeira audição para a convocação de modelos na Espanha. Kelly fumava, talvez fosse um refúgio para toda aquela pressão do padrão de beleza americano, bebia também. Nunca esteve em bons tempos com Robert, então usava Millie como desculpa caso o mesmo ameaçasse assinar um divórcio com a mãe da garota. Foi uns dos piores dias da vida de Millie, perguntava à Deus o porquê daquilo tudo, por que justo com ela? Poderia ser com qualquer uma, mas o destino sabe o que faz e com quem faz.
A menina não conseguia pisar na escola em que estudava, todos tiravam sarro da situação emocional de Millie, quase desenvolveu uma depressão precoce. Uma criança de apenas seis anos de idade com depressão? Por mais que o pai não estivesse muito presente, fez de tudo para que ela não piorasse, foram quatro anos de psicólogo até que pudesse diminuir os sintomas e para que ela pudesse voltar a estudar "normalmente".
Robert pensou que tirar férias do trabalho e levar a menina para longe da cidade, para longe do inferno em que a garota vivia seria bom para a saúde mental dos dois. Um lugar quieto, com poucas pessoas, nada de poluição visual, que ao olhos de Millie, era o ser humano.
Como uma garota de 14 anos pode ter uma opinião tão concreta dessa forma?
Pela primeira vez, Millie pôde escolher o lugar no qual queria passar seus preciosos dias os quais não poderiam ser estragados por ninguém.
Finn Wolfhard, garoto simples e de pais humildes sempre teve em sua cabeça a ideia de que o destino resolveria seus problemas, um menino muito calmo. Detestava pessoas mesquinhas e encrenqueiras, sua paciência era admirável tanto quanto sua persistência. Ele poderia ser o garoto manso e maleável possível, mas só quando quisesse, conseguiria ser também totalmente o oposto de sereno e pacífico.
A obstinação para conseguir aquilo o que desejava era tão forte que era capaz de provocar crises de ansiedade no garoto. Não tão constantes, porém quando vinha assombrá-lo, era como se fosse uma nuvem densa e tempestuosa que insistia em permanecer em cima de sua cabeça. Crises persistentes.
Mary e Eric Wolfhard, os pais do menino, são donos do restaurante The Peppery, no centro de Sonora. Possuindo uma ótima e fiel clientela, sendo a maioria moradores da cidade ou turistas que visitavam aquela pequena cidade da Califórnia. Finn trabalha como "garçom" no estabelecimento, não que eles não tivessem funcionários, mas de fato ele gostava de estar no meio das pessoas.
O mesmo não era o tipo de garoto que possuía muitas amizades, na verdade, andava com um grupo de adolescentes, os mesmos de sempre. Os quais sempre sabiam de seus segredos, pois eram de extrema confiança. Iris era a mais íntima, não que os outros cinco não fossem, mas o nível de amizade sempre foi mais forte do que com o resto, talvez porque estudaram a vida inteira juntos e aturavam um ao outro desde o jardim de infância. Eles não eram crianças bagunceiras, pelo contrário, eram extremamente quietos.
Já Jaeden e Lilia, diferente deles, eram problemáticos, e Finn os nomeava desde modo por serem o típico casal "iô-iô". Era engraçado porque todos do grupo sabiam da situação dos dois e a dupla teve de se acostumar com os apelidos que ganhavam do grupo.
Em uma sexta-feira, comum como todas as outras e que poderia ter sido a mais monótona da face da terra, a personificação da grosseria resolveu realizar a refeição mais importante do dia no restaurante The Peppery. Millie Bobby Brown estava em Sonora.
.
.
.
Olá leitores! Tenho uns avisos que influenciam bastante:
Os capítulos vão ser narrados em Ponto de vista - narrador e Ponto de vista-personagem. Sempre vou colocar no começo.
Achei interessante colocar músicas para vocês escutarem enquanto lêem, então deixarei o link do vídeo no capítulo da fanfic.
As músicas inspirações para eu estar escrevendo essa fanfic foram "Blossom – Milky Chance" e "Sonora – Spendtime Palace". Ouçam Milky Chance, é a melhor banda de música indie que já escutei na minha vida.
Pretendo postar um capítulo por semana.
Temos a conta oficial de Sonora no Twitter (@/sonorafanfic) onde vou postar informações da fanfic.
Obrigada por tudo, vocês são incríveis! ♥
VOCÊ ESTÁ LENDO
SONORA - Fillie | HIATUS
FanfictionMillie Bobby Brown deveria saber que o destino não iria cooperar ao seu favor. Conhecida por ser forte e irresoluta, não imaginava que veria seu caminho, perfeitamente planejado, se cruzar com o de Finn Wolfhard, um garoto com atitudes incertas, tor...